Em 24/04/2012 às 10h36 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Seminário Memória e Patrimônio Cultural começa discutindo a preservação dos imóveis tombados em Cataguases


Teve início na noite desta segunda-feira, 23, no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases, o Seminário "Memória e Patrimônio Cultural de Cataguases", promovido pelo Instituto Cidade de Cataguases e Fábrica do Futuro. O evento faz parte de projeto de mesmo nome e retoma as reflexões e realizações ocorridas no final da década de 1980, em Cataguases, sobre a preservação do patrimônio cultural da cidade, quando uma série de entrevistas foi feita com moradores que contribuiram para fazer a história da cidade. Os depoimentos deram origem à edição de um livro com quatro volumes com as entrevistas e reprodução de fotos que ilustram os fatos narrados. A obra é entregue a cada um dos participantes inscritos no Seminário.

Na primeira  noite do evento foi abresentado o trabalho "A construção de um patrimônio cultural: o tombamento federal de Cataguases", de autoria do arquiteto Paulo Henrique Alonso. Seu trabalho investiga o tombamento federal da cidade, abordando os conceitos que o embasaram, a escolha de algumas áreas e bens imóveis que foram tombados e outros que não foram protegidos e demais questões presentes no processo do tombamento. O texto abrange o período dos primeiros contatos entre a cidade e o IPHAN, em 1987, passando pela notificação de tombamento, em 1994, pela inscrição nos livros do tombo, em 2003, até 2009, quando centra nas questões relativas à gestão daquele patrimônio.

Após a apresentação do trabalho, o professor doutor da UFJF, Marcos Olender, arquiteto e urbanista, promoveu uma discussão acerca da preservação do acervo cultural da cidade. Um dos temas mais debatidos foi o Plano Diretor do município que "deveria ter sido revisado em 2011", como lembrou o professor José Augusto Titonelli. Ele, à época da elaboração do Plano, era presidente do Legislativo Municipal, contou que a sociedade civil "praticamente não participou daquelas reuniões e isto não deveria ter sido assim porque os setores que se estiveram presentes fizeram valer seus interesses o que não significa serem os mesmos do conjunto da população", comentou. Ele chamou a atenção para a "necessidade urgente" de se fazer a revisão desta lei.
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