Em 09/11/2011 às 09h52 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Cataguases começa hoje a respirar literatura com o Felica

Começa nesta quarta-feira, 9, a terceira edição do FELICA – Festival Literário de Cataguases – com o tema “A poesia da vida” que privilegiará temas do nosso cotidiano. A abertura acontece às 14 horas na Biblioteca Ascânio Lopes, na Chácara Dona Catarina, que vai receber a escritora Maria Vargas num encontro com as crianças. No dia seguinte, a programação ganha o período noturno, mas às 14 horas, também na mesma biblioteca é a vez da escritora Roseana Murray encontrar-se com as crianças. À noite, na Casa de Cultura Simão, às 19 horas, a atriz e poetisa Elisa Lucinda fará uma palestra com o tema “Parem de falar mal da rotina”.
Ela reúne histórias vividas e ouvidas ao longo de sua vida como observadora do cotidiano, além dos poemas selecionados dos seus livros “O semelhante”, “Eu teamo e suas estreias” e “A Fúria da beleza”. O resultado são dezenas de personagens que Elisa interpreta para questionar nosso conceito de rotina, ajudando-nos a perceber que “a rotina” é um personagem fictício que criamos, e que na verdade nós temos o poder da mudança, nós somos os diretores, atores, produtores e, principalmente, roteiristas das nossas próprias vidas. “Parem de falar mal da rotina” surpreende porque a plateia identifica-se, emociona e ri de si mesma diante das situações colocadas.
No dia 11, continua, às 14 horas a programação infantil, desta vez com o escritor Otávio Júnior. Às 18:20 horas, na Casa de Cultura Simão, haverá uma mesa redonda com os convidados Miklós Palluch e José Geraldo Gouvêa que vão tratar do tema “A embriaguez como inspiração artística ainda se justifica? A pergunta origina-se no poeta francês Baudelaire que afirmou que para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão. É preciso estar sempre embriagado. Durante muito tempo artistas de uma maneira geral buscavam em substâncias alucinógenas ou anestésicas uma fonte de inspiração mais profunda. Miklós Palluch e José Geraldo Gouvêa debaterão se o artista de hoje ainda pode tomar a embriaguez como inspiração poética.
Logo depois, às 20 horas, será realizada a segunda mesa redonda da noite com os convidados Chacal (foto ao lado), Ondjaki e Marcelo Benini. O tema é “Um poeta não se faz (só) com versos”. Os poetas Ondjaki e Marcelo Benini, herdeiros do livre arbítrio de produzir uma poesia simples, leve, sem complexidade e hermetismo, vão dialogar com um dos grandes representantes da Poesia Marginal e da Geração Mimeógrafo, o poeta Chacal. Além da poesia, do que é feito um poeta?, será a pergunta central deste encontro.

O último dia do Felica começa às 14 horas com mais um encontro com as crianças, que terá como convidado o escritor Luciano Sheikk. A partir das 18:20 horas começa mais uma mesa redonda na Casa de Cultura Simão com a presença de Ana Paula Maia e Elias Fajardo. Eles vão debater o tema “Criar, recriar ou retratar: os artífices da ficção atual”.
A capacidade de criação do prosador é surpreendente e infinita, mas também não é difícil se deparar diante de um texto que remeta a outra. A jovem romancista Ana Paula Maia e o escritor tebano, Elias Fajardo, falarão sobre recursos intertextuais e releituras de clássicos em suas obras e as influências desses textos em seus livros.
Na sequência, às 20 horas terá inicio a segunda Mesa com os escritores Bartolomeu Campos de Queirós e Sabrina Abreu que vão discutir “Como a leitura pode mudar a vida de um leitor?” A literatura está na agenda cultural do país. A média de livros lidos no Brasil ainda é pequeno, mas crescente, e, isto é maravilhoso! Quanto mais se fala do assunto, mais ele se torna conhecido, comum. A literatura tem estado mais perto das pessoas, porém a formação de novos leitores parte principalmente da vontade individual, de cada um querer ler, é o mote deste debate.
Geraldo Filho, curador do Felica está ansioso e feliz com a terceira edição do festival que agora se insere definitivamente no cenário cultural da cidade. “Foi uma vitória o festival ter sido agraciado pela Lei Ascânio Lopes e, por conta disso, teremos um evento melhor a cada ano, como Cataguases merece”, disse.
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