A Casa Mattos, tradicional rede de materiais de construção da Zona da Mata, irá investir R$ 1,5 milhão este ano. Parte do investimento é destinada à cidade de Juiz de Fora com as reformas das lojas localizadas no Bairro São Pedro e no Condomínio Edifício Pavan Casa Shopping, na Avenida Brasil. Esta última unidade já está em processo de ampliação. A matriz situada em Cataguases também será reestruturada. Para os projetos de 2019, a rede mantém o foco na área digital de modo a fornecer mais canais de comunicação com o consumidor. A possibilidade de abertura de novas lojas e de entrada em novos mercados da região não são descartadas. Atualmente, a Casa Mattos está presente também nos municípios de Leopoldina, Muriaé e Além Paraíba, e possui 13 lojas que somam 328 funcionários.

O projeto de investimento está relacionado à expectativa de crescimento dos resultados. Embora 2018 não tenha sido um ano fácil para o comércio, a rede conseguiu avançar em relação ao ano anterior e, para 2019, espera um cenário ainda mais positivo. "Sempre trabalhamos com o pé no chão, com uma política interna que permite suportar os momentos de oscilação da economia. Estamos há muito tempo no mercado e nosso principal objetivo é entender o consumidor. Sabemos que obras e reformas são processos desgastantes e nossa ideia é minimizar este desgaste", diz o diretor geral Marcelo Toaiari de Mattos (foto ao lado).

Para ele, o mercado ainda não se recuperou, mas a retomada é aguardada. "De concreto, ainda nada aconteceu. Vemos mais otimismo do que um sinal real de melhora, mas isto também é importante, pois as pessoas só compram quando têm segurança", pontua. "O comércio em geral depende do emprego e da renda. O nível de desemprego ainda é grande, e isso causa insegurança nas pessoas. Quando esta situação começar a melhorar, isto irá trazer mais confiança para as pessoas gastarem e colocarem em prática os planos de reformar ou construir. A medida que o desemprego cair, o nosso setor irá reagir como um todo."

A Casa Mattos foi fundada em 1960 pelo avô de Marcelo em Cataguases. Na tentativa de aumentar o volume de vendas de forma a poder negociar preços mais acessíveis ao consumidor, os empreendedores viram a oportunidade de ganhar o mercado juiz-forano no ano 2000. "Nós atuávamos em cidades de porte menor e ainda não tínhamos essa capacidade de negociação. Estar em Juiz de Fora, polo da Zona da Mata, era realmente importante para nós."A oportunidade da abertura da primeira loja veio com a aquisição de um ponto no Bairro São Pedro.

A rede se prepara para futuramente a quarta geração da família assumir os negócios. "Manter uma empresa familiar é mais difícil hoje do que no passado. Pelo nível de competitividade e crescimento, é preciso profissionais cada vez mais qualificados e dedicados. Essa obrigação de encontrar alguém na família para dar continuidade é complicado", destaca. "Nós estamos caminhando para a quarta geração, porque até agora funcionou de haver este interesse dentro da própria família. Nós vamos buscar fazer essa transição da melhor maneira possível, mesclando também pessoas de fora."