Uma das maiores confecções de Minas Gerais em roupas masculinas e femininas, a Bora Bora, situada em São João Nepomuceno recebeu a reportagem do Site do Marcelo Lopes para falar sobre este momento de crise na economia nacional e as ações que adotou para superar as dificuldades e manter sua produção. A gerente da empresa, Luciana Ribeiro, explicou em detalhes a situação vivida pelo setor "já há alguns anos com a forte concorrência chinesa e agravada agora em virtude das medidas adotadas pelo governo federal", explicou. Ela justificou ajustes na produção como sendo "necessária até a adequação à atual situação econômica nacional". 

De acordo com Luciana, "o que acontece na Bora Bora é uma redução temporária de funcionários que não foram demitidos, mas sim, colocados em férias sendo que nossa intenção é reintegrá-los à medida que o mercado volte a responder positivamente com uma demanda como a verificada antes da crise" explicou. Sobre demissões, a gerente da empresa assegurou que "foram mínimas e não chegam em hipótese alguma aos números divulgados anteriormente pelos órgãos competentes".

Luciana lembra que diante de um momento difícil como este, associado ao início do ano e ao começo de um novo mandato no governo federal, "o ajuste que fizemos foi necessário e inadiável. Também precisamos levar em consideração que estamos diante de uma nova tendência de mercado, que precisa ser muito bem avaliada para evitar um problema maior no futuro", analisa ela, completando que com medidas deste porte também fizemos "cortes em algumas despesas consideradas desnecessárias para a atual realidade", acrescentou.

Com relação às vendas Luciana é enfática ao dizer que "estão dentro da normalidade para esta época do ano", destacando esperar melhoria do quadro para o setor "a partir do próximo mês de junho, e na retomada do crescimento no segundo semestre", previu. As palavras de Luciana são confirmadas durante um rápido passeio pelos galpões da empresa onde se vê um grupo de profissionais trabalhando normalmente nos setores de corte e modelagem. Em outro galpão, Luciana apresentou o investimento mais recente da empresa: o setor de sublimação, onde são feitas as estampas exclusivas da grife por meio de máquinas de última geração. 

Apesar do momento difícil da economia nacional, que Luciana prefere chamar de "instabilidade", ela se revela otimista e com boas perspectivas para o futuro. Animada, mostra vários "books" (catálogos com as fotografias e informações sobre as roupas que a empresa produz) da mais recente coleção produzida pela Bora Bora. A marca está espalhada em diversos pontos de venda de todo o país atendendo assim, a demanda de sua clientela fiel acostumada a usar uma roupa com a qualidade da Bora Bora, destacou a gerente da empresa. 

Luciana, que reconhece o quanto é difícil trabalhar no setor de confecções no Brasil, não desanima. "É preciso ter muita força de vontade. E nós aqui temos", garante. Por isso, tem se esforçado ainda mais para mostrar que apesar das dificuldades de mercado atuais, "nós da Bora Bora estamos usando toda a nossa habilidade, competência e muito trabalho para contornar este momento de instabilidade na economia e, também, mostrando o jeito Bora Bora de sucesso", completou. Trocando em miúdos, a empresa continua operando normalmente, mesmo diante de todo o arrocho da economia nacional, sua marca é competitiva e mantém-se em destaque nacionalmente, garante Luciana Ribeiro.