Em 20/08/2014 às 11h48 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Milhares de pessoas assistem na Praça Rui Barbosa ao filme O Menino no Espelho

Pré-estreia em Cataguases contou com a presença do ator Mateus Solano

Uma multidão esteve na Praça para assistir ao filme que foi rodado em Cataguases

Uma multidão esteve na Praça para assistir ao filme que foi rodado em Cataguases

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A Praça Rui Barbosa ficou lotada com a sessão popular de pré-estreia do filme O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza. Mais de mil pessoas estiveram presentes para ver a obra rodada na cidade e, também, o ator Mateus Solano, que falou para o público. A exibição ocorreu na noite dessa terça-feira, 19 agosto, em dois locais distintos: a praça e o Centro Cultural Humberto Mauro, para convidados.
 
Baseado na obra de Fernando Sabino, o longa-metragem foi rodado em Cataguases, entre maio e agosto de 2012. Antes da pré-estreia, a equipe do filme concedeu uma entrevista coletiva à imprensa local. Estavam presentes o ator Mateus Solano, o diretor Guilherme Fiúza, o produtor André Carreira, o diretor de Arte Oswaldo Lioi, a produtora de arte Adriane Stael e o jovem ator cataguasense Murilo Quirino.

image"Este filme foi uma surpresa para mim, porque cheguei aqui para fazer mais um trabalho e acabei encontrando o real motivo de fazer o que faço. O clima era de muito respeito à infância e os meninos estavam muito felizes, me vi criança através deles. Isso me emocionou e com certeza contribuiu para a composição de meu personagem, que é um pai severo, mas que também compreende o universo infantil. Achei o máximo a cidade e acredito que o cinema aqui só tem a crescer. Tudo é encantador, a arquitetura, as pessoas, o barulho do trem", disse Mateus Solano.

Quem estava com muita ansiedade e entusiasmado era o cataguasense Murilo Quirino, ele foi o personagem Pedro e se destacou no longa. "Lançar o filme aqui gera uma grande expectativa. É muito diferente sair de casa, ir ao cinema e assistir você mesmo. Estou muito feliz, quero muito ver a reação das pessoas. É uma pena não termos o Cine Edgard funcionando, a cidade merecia um cinema", disse o ator. 

imageEle conta que a oportunidade de participar do filme ocorreu de uma forma inusitada. "Os produtores estavam procurando locações na cidade e gostaram da casa de meu avô, quando foram conhecer a parte interna da casa eu estava lá e assim que me viram convidaram para os testes de elenco. Depois de muitas etapas, tanto em Cataguases como em Belo Horizonte, consegui o papel", comentou Murilo.

O diretor Guilherme Fiúza não poupou elogios ao jovem ator. "Foram mais de quatro mil crianças entrevistadas para selecionarmos apenas sete e o Murilo foi um dos escolhidos. Foi um feliz encontro e o mérito é exclusivamente dele. Todas as crianças que trabalharam no filme tiveram muita boa vontade, percebi que estavam felizes porque mesmo nos momentos tensos ou de repreensão estavam com o sorriso no rosto", disse.

Fiúza também afirmou estar há, aproximadamente, seis anos acompanhando o processo de formação do polo audiovisual da Zona da Mata. Ele defende que o cinema "se vive na prática" e está "muito satisfeito de ver tudo se concretizando".

imageA equipe enfatizou as características peculiares da cidade que favoreceram a produção. "O filme se passa na década de 30 e Cataguases foi um cenário extremamente genuíno. Os detalhes da arquitetura, das ruas, calçamento, casas, árvores, praças, tudo conspirou a favor. As pessoas daqui têm um olhar sensível e cuidadoso em relação ao patrimônio histórico e sua conservação, colaboraram de diversas formas", explicou o diretor de arte Oswaldo Lioi. 

O produtor André Carreira, ao ser perguntado o porquê da escolha de Cataguases para realizar o longa, concluiu: "Às vezes as pessoas daqui ficam tão acostumadas com a cidade que não percebem no dia a dia a sua beleza e seus potenciais. Espero que o filme ajude as pessoas valorizarem ainda mais o patrimônio. Esta exibição na praça para toda a população é muito especial, estamos aqui para agradecer por tudo que fizeram pelo filme", falou André.
  
Após a sessão o público aplaudiu e elogiou a iniciativa. "As pessoas compareceram, isso mostra que sentimos falta de cinema, poderia acontecer pelo menos uma vez por mês. É uma pena não ter sido exibido em nosso Cine Edgard", disse Fátima Souza, professora aposentada.

imageA jornalista Luciana Mendonça também opinou. "Me emocionei muito com o filme, como cataguasense o olhar é ainda mais especial. Li este livro do Fernando Sabino para minhas filhas durante dois meses, todas as noites, vê-lo adaptado para o cinema foi maravilhoso. O diretor conseguiu traduzir muito bem a obra", afirmou.

Esta ação é uma iniciativa da Energisa e da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, juntamente com parceiros estratégicos como a Fábrica do Futuro, o Sebrae e um Consórcio Intermunicipal de Cultura com as prefeituras de Cataguases, Itamarati de Minas e Muriaé, se uniram para tornar a Zona da Mata de Minas Gerais um polo audiovisual. (Fotos: Márcia do Vale Machado)

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Autor: Márcia do Vale Machado

Tags: filme, praça, espelho, menino, Energisa, polo





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