Em 27/01/2014 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Major anuncia saída de Cataguases e revela redução nos índices de criminalidade

Comandante da Polícia Militar está sendo transferido para Leopoldina e seu substituto toma posse na próxima semana

Após um ano em Cataguases, Major muda-se para Leopoldina

Após um ano em Cataguases, Major muda-se para Leopoldina

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O comandante da 146ª Companhia de Policia Militar Especial de Cataguases, Major Antônio Carlos de Freitas concedeu uma entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes na tarde desta segunda-feira, 27 de janeiro, para fazer uma avaliação do trabalho desenvolvido ao longo de 2013 por sua equipe. A surpresa, ele deixou para o final, ao revelar, em primeira mão, que está deixando Cataguases para assumir um cargo "de maior responsabilidade", quando será o segundo na hierarquia, abaixo apenas do Tenente Coronel Ranieri, em Leopoldina. Ele assumiu o comando da 146ª Companhia de Polícia em Cataguases no dia 28 de janeiro, em cerimônia realizada no Centro Cultural Humberto Mauro conforme divulgou este site (veja matéria clicando aqui). Em seu lugar assumirá o atual Capitão Miranda, que será promovido Major e hoje trabalha em Juiz de Fora. A data da posse do novo comandante ainda não foi definida, mas será na próxima semana, afirmou Major Antônio Carlos.

No início deste mês de janeiro a PM divulgou o resultado de seu trabalho em números. A 146ª Companhia de Polícia Militar Especial é responsável pela segurança das cidades de Cataguases, Astolfo Dutra, Dona Euzébia, Itamarati de Minas e Santana de Cataguases e o índice de criminalidade e de violência ficou menor do que o verificado em 2012, o que foi comemorado pelo Major Antônio Carlos e todo o comando da PM na região. "Cataguases é, de longe, a cidade mais tranquila da Zona da Mata", disse. Esta realidade é até paradoxal já que a PM conta com um efetivo reduzido, de 58 policiais na ativa e apenas três veículos em funcionamento para o atendimento da comunidade quando deveria ter oito, "sem contar as viaturas que trabalham nas patrulhas Rural e Escolar", destacou. "Hoje - completa o Major - precisamos de trinta mil reais para consertar as viaturas e colocá-las em operação. Este dinheiro, inclusive, já pedimos ao Estado".

No item "crimes violentos", Cataguases registrou em 2012 três homicídios consumados e oito tentativas de homicídio. No ano passado foram quatro homicídios e duas tentativas. Segundo o Major, o índice de homicídio aceitável "varia de doze a quinze para cada cem mil habitantes. Aqui em Cataguases, registramos quatro. Se formos fazer uma proporção aí para a nossa população, veremos que estamos abaixo da média preconizada mundialmente", disse. Também os números referentes a estupro consumado ou tentado, em 2012 Cataguases registrou três consumados e duas tentativas. Já ano passado, informou o Major, foi registrado apenas uma tentativa e cinco estupros consumados. Segundo ele, o aumento deve-se à mudança da legislação que considera estupro de incapaz apenas o fato de a menor ser tocada. "Não há mais a figura do atentado ao pudor e tudo se tornou estupro", explicou. Portanto, conclui o comandante da PM, "estes cinco casos de estupro registrados ano passado não significam ter havido conjunção carnal, mas, sim, a existência de um ato libidinoso contra uma menor de idade". No total, em 2012 foram registrados 55 crimes violentos em Cataguases contra 42 em 2013, de acordo com os números fornecidos pela própria PM. Já o número de roubos, caiu de 39 em 2012 para 30 em 2013 nas cidades assistidas pela 146ª Cia PM Especial.

imageO número de furtos a residências, que é considerado alto em Cataguases, apesar de ser bem menor do que o registrado nas cidades da região, em 2013 também foi menor do que em 2012: 258 contra 202. Major Antônio Carlos diz que este número seria ainda menos expressivo não fossem duas quadrilhas que agiram pontualmente na cidade ao longo de 2013. "A primeira, formada pelo rapaz que matou outro no Posto Primavera e, hoje,  apenas ele está foragido, e a segunda, por um jovem que morava no bairro Ana Carrara e foi preso após assaltar um sítio", contou. Ele também revelou o perfil dos autores destes furtos. "São pessoas que roubam algum tipo de eletrodoméstico fácil de ser carregado e posteriormente vendido, porque a maioria dos ladrões aqui em Cataguases rouba para poder comprar droga", acrescentou. Em todas as cidades sob sua responsabilidade foram registrados 280 furtos a residências no ano de 2012 contra 237 em 2013. "Mesmo assim, colocamos três modalidades específicas de policiamento voltadas para reduzir este tipo de crime, que são o GPMOR, formado por três motos que caminham juntas e dá uma mobilidade maior ao trabalho da Pólícia; a Rede de Vizinhos Protegidos, que já chegou em três bairros e agora vamos instalar no bairro Pampulha e, por último, conseguimos a Unidade Comunitária Móvel, que vem dando apoio à Rede de Vizinhos", completou o comandante que quer reduzir ainda mais estes números.

Com relação ao tráfico de drogas em Cataguases, Major Antônio Carlos conta ter crescido o número de apreensões em 2013 se comparado ao ano anterior. "Foram 82 prisões ano passado contra 63 em 2012. E este aumento deve-se ao fato de que ampliamos as ações de combate ao tráfico com um trabalho de inteligência apurado e a implantação de rondas ostensivas", explicou. Ele também assegurou que "aqui nós não temos um grande traficante. Há vários varejistas que compram pequenas quantidades da droga para revendê-la. Por isso não temos grandes apreensões de drogas. A maioria destes revendedores, segundo informações, compra droga em Ubá, o maior fornecedor de Cataguases", informou. O Major disse ainda que a realidade do tráfico na cidade é a existência de uma rede de pequenos varejistas sendo que cada um deles atua com pouca quantidade de droga. Ele também disse ter informações sobre a existência de pessoas que agem apenas financiando estes pequenos traficantes, salientando que eles jamais foram presos com drogas. (Foto acima: reprodução da internet)
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Tags: Major Antônio Carlos, Polícia Militar, criminalidade





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