Em 10/10/2012 às 00h02 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Fernando Moura e Ary Dias lançam, em Cataguases, o CD ¨CosmeDamião¨

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O pianista Fernando Moura e o baterista e percussionista Ary Dias decidiram unir seus talentos pelo único e exclusivo prazer de fazer a música deles. E com décadas de estrada os dois já sabiam o que fazer. Entraram no estúdio e aí surgiram as treze faixas do CD¨ CosmeDamião¨, repletas de suingue, improviso e divisões arriscadas, daquelas que deleitam quem toca e quem ouve. E nesta quinta-feira, 11 de outubro, será a vez de Cataguases conhecer as criações desses dois talentosos artistas. Com o apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e Energisa, o show acontece a partir das 21h, no Anfiteatro Ivan Muller Botelho. Os ingressos custam R$10,00 e podem ser encontrados no Museu Energisa e no Restaurante Café do Museu (ambos na Av. Astolfo Dutra, 41).

Moura é carioca. Instrumentista de formação erudita, foi seduzido pela música popular e multiplicou-se. Já acompanhou inúmeros colegas ilustres, de Moraes Moreira a Marisa Monte, passando por lendas do porte do guitarrista americano Chuck “o pai do rock” Berry e do produtor inglês George “o quinto beatle” Martin, ambos em históricas apresentações no Brasil. No estúdio, é um requisitado criador de temas, vinhetas e trilhas para TV e cinema.

Ary é baiano. Tornou-se mais conhecido como o responsável pela percussão risonha e franca do grupo A Cor do Som, estouro do pop nacional na virada dos anos 70 para os 80. Também emprestou seu virtuosismo a bandas alheias, como as de Gilberto Gil, Jorge Benjor e Rita Lee. Antes disso tudo, em sua terra natal, foi um dos fundadores do Conjunto de Música Contemporânea da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também integrou a Orquestra Sinfônica da Bahia e trabalhou com o suíço Walter Smetak (1913-1984), revolucionário inventor de sons e instrumentos que influenciou os tropicalistas.

De acordo com o jornalista Pedro Tinoco, as músicas Amizade, Sumatra e Pedra do Leme nasceram originalmente das teclas brancas e pretas e dos recursos de computador. Agora, o aparato digital dá lugar ao calor de instrumentos como cajón, calimba, cuíca, tamborim, triângulo e prato, além do “caixambor”, usados de forma original por Ary Dias.

Segundo Tinoco, a farra se estende por clássicos do jazz (Armando’s Rhumba, de Chick Corea) e da música brasileira (Água de Beber, de Tom Jobim), antes de desaguar em composições próprias. Estão lá também a primeira parceria da dupla, a faixa-título CosmeDamião, e 44 do Segundo, ideia de um empolgado Moura surgida nos últimos momentos de gravação. Dias comparece com a singela Atenção e, em momento único do CD, solta a voz na arrepiante Afro Bebe, inspirada em ponto de candomblé que ouvia na infância. De tão bonita, a canção volta no final do disco em versão bônus, com arranjo de cordas.

 

Texto: Fernanda  Brasileiro - Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho

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