Em 03/09/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Prefeitura de Além Paraíba demitiu pessoas ligadas aos vereadores que integram CPI

A enfermeira Fernanda Moura, filha do vereador 'Bi

A enfermeira Fernanda Moura, filha do vereador 'Bi

Download Na última reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Além Paraíba, realizada na manhã da última quinta-feira, 30 de agosto, quando foi entregue o relatório final conclusivo à presidência daquela Casa, o relator da CPI que ficou popularizada como “CPI da Roubalheira”, vereador Gélson Luiz de Moura, o “Bi”, fez um pequeno desabafo, lembrando que a sua participação custou-lhe o emprego de sua filha, a enfermeira Fernanda Moura, demitida do PSF da Jaqueira pelo governo Wolney Freitas, “por perseguição política”. — Isso não me intimidou, disse ele acrescentando: “Às vezes as pessoas pensam que ser honesto é ser idiota, mas idiota é quem não é honesto”. Em seguida, ele parabenizou a vereadora Simone Cabral pelo seu trabalho na presidência da CPI, dizendo que se surpreendeu positivamente com ela “pelo poder de investigação e garra”. O vereador ainda agradeceu à imprensa de Além Paraíba, citando nominalmente o Jornal AGORA, “que esteve presente em todas as reuniões da Comissão”. Por sua vez, a presidente da CPI, vereadora Simone Rezende Rodrigues Cabral, também muito emocionada, e em meio a lágrimas, disse que terminava a sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito “na certeza do dever cumprido”, e lembrou que muitas vezes era abordada “por pessoas preocupadas com que essa CPI terminasse em pizza”: — Tenho certeza de que esse dia 30 de agosto vai ficar na memória do povo de Além Paraíba, pois nós cumprimos a nossa missão e agora é a vez da Justiça fazer o papel dela. Simone também fez uma revelação bombástica, dizendo que, em represália à sua atuação na CPI, nesta última semana o seu irmão, médico gastroenterologista Wilson Resende, foi demitido do serviço de pronto-socorro da Prefeitura, sendo que há 17 anos ele trabalha para a Secretaria Municipal de Saúde
— Covardemente o governo está revidando. Para me atingir, da mesma forma que fizeram com a filha do vereador “Bi”, demitiram o meu irmão que é medico da Prefeitura há 17 anos. Não houve consideração nenhuma pelo trabalho dele. Foi uma demissão feita sem justificativa, sem motivo nenhum, e sim por perseguição política, disse ela, acrescentando que, da mesma forma que aconteceu com a enfermeira Fernanda Moura, filha do vereador “Bi”, o médico Dr. Wilson Rezende também foi demitido, de forma desrespeitosa, “por telefone, pela Secretária de Administração Vânia Freitas”
A CPI foi criada a partir de uma série de denúncias contra a Prefeitura Municipal, veiculadas no final do ano passado pelos jornais AGORA e Além Parahyba, sendo repercutidas em diversos veículos de comunicação da região
O relatório final foi entregue ao presidente da Câmara, João de Deus Ribeiro, durante reunião realizada pela Comissão na manhã da última quinta-feira, dia 30 de setembro— data limite para a conclusão dos trabalhos
O documento, que possui 44 páginas, será lido em plenário na próxima segunda–feira, dia 03 de setembro, às 15 horas, na reunião ordinária da Câmara. Durante cinco meses, a CPI colheu o depoimento de 29 pessoas; levantou documentos e provas que culminaram em um processo de 3 mil páginas
O relatório final do vereador “Bi”, passado diretamente às mãos do presidente da Câmara João de Deus, será lido em plenário na próxima segunda-feira, 3 de setembro, e, em seguida, será enviado à Promotoria Pública da Comarca, para que esta tome as providências legais cabíveis, já que a Câmara tem apenas o poder investigativo, cabendo o poder punitivo à Justiça
Embora o vereador “Bi” não tenha adiantado nenhum ponto do conteúdo de seu relatório, a expectativa é que várias pessoas da atual Administração Municipal sejam indiciadas por improbidade administrativa, haja vista a grande quantidade de provas apresentadas durante os depoimentos
Fonte e Fotos: Agora Jornais Associados
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