06/04/2018 às 14h40m
A infância tem sido ameaçada por um novo vilão: o estresse.
A infância hoje não é mais tão inocente como antigamente. As crianças mantêm jornadas de até dez horas diárias, distribuídas entre escola e atividades complementares... Confinadas em apartamentos, transformam o computador e a internet em janelas para o mundo, vivendo uma realidade virtual.
Diante disso, pais, educadores e médicos estão se voltando para o conforto emocional das crianças. E quando o assunto é estresse, é preciso ter em mente que ele nem sempre é prejudicial, pois todos precisamos de algum estresse para viver.
Especialistas dizem que a hora do parto é a primeira experiência da criança com o estresse, seja o parto normal ou cesariana. Primeiro, ocorre o eustresse, modalidade positiva que nos leva a decidir entre agir ou fugir. Depois, se houver risco de sofrimento fetal, surge o distresse, e o nascimento passa a ser considerado traumático.
No comecinho de vida, o estilo de vida e a harmonia entre pais e familiares mais próximos do bebê são cruciais. O bebê irá aprender observando e imitando os pais; ele capta sinais de nervosismo, de irritação e de medo. Daí a importância de uma criança nascer e crescer em um ambiente emocional estável.
A mãe é fundamental ao desenvolvimento do bebê, não só pela proteção e cuidados que representa, mas pela influência que exerce na vida da criança. Logo nos primeiros dias de vida do bebê, sua atitude em relação a horários de mamadas, por exemplo, já determina em grande parte como será a personalidade da criança no futuro. Se for o primeiro filho, certamente ela não agüentará ouvi-lo chorar por muito tempo e, prontamente, o amamentará, mesmo que tenha acabado de fazê-lo. Isso ocorrendo repetidas vezes, o bebê se acostumará ao "pronto atendimento" e, com o passar dos anos, se tornará uma criança "mimada", que não consegue lidar com contrariedades. Quando atingir a idade escolar, essa criança terá problemas, pois lhe faltarão recursos para interagir com o novo meio. Na escola, ela terá de dividir atenção e brinquedos, mas como não aprendeu a fazer isso, se sentirá contrariada e brigará. Crianças sadias também brigam, mas brigas muito freqüentes ou isolamento por parte das outras crianças pode ser sinal de que algo não vai bem.
Em crianças e adolescentes, os principais fatores de estresse são: perdas familiares importantes, mudança de cidade ou de escola, brigas constantes entre os pais ou a separação destes, violência doméstica, exigência exagerada de desempenho escolar, social ou esportivo, nascimento de irmãos, doenças e hospitalização.
Durante os anos de crescimento, o referencial de vida de crianças e adolescentes são seus pais e familiares. Eles são verdadeiros espelhos para seus filhos, e a atitude que tiverem perante a vida repercutirá nas crenças e paradigmas que nortearão a vida futura de seus filhos. Se foram muito protetores, certamente eliminarão os desafios da vida de seus filhos e, como resultado, estes não saberão lidar com as situações a que forem expostos.
A adolescência é o momento da formação da identidade pessoal, das grandes descobertas, e o estresse é iminente: estresse hormonal, estresse social e estresse familiar. Na adolescência, rebeldia e impulsividade são desejáveis, mas os pais precisam saber lidar com isso, dando aos filhos, além do exemplo, incentivos, para que confiem em si mesmos, e apoio, para lidar com as conseqüências de suas ações. Sem exemplo, sem autoconfiança e sem apoio a adolescência pode ser num verdadeiro período de trevas e o adolescente pode tornar-se um adulto infeliz, improdutivo, sem perspectivas nem identidade própria.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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19/03/2018 às 17h24m
Existe uma estreita relação entre estresse e envelhecimento. Ao contrário do que muita gente pensa, não são apenas as pessoas jovens, no auge de sua vida profissional, que podem ser acometidas desse mal. Muitos idosos estão estressados e nem têm consciência disso.
Vários caminhos podem levar ao estresse na terceira idade, e um deles é o estilo de vida. Na vida, colhemos o que plantamos. Somos os únicos responsáveis pela vida que temos e, se a quisermos saudável, longa e plena de energia, temos de agir desde já!
Vícios, como tabagismo e alcoolismo; hábitos alimentares inadequados, como alimentação rica em gorduras saturadas e açúcares; e até problemas cotidianos, como questões familiares, pressão no trabalho e crise conjugal, são apenas alguns dos inúmeros fatores relacionados ao estresse. Submetendo o seu organismo a esses agentes por um longo período, você estará contribuindo para deteriorá-lo cada vez mais.
Não são os anos de vida que envelhecem um indivíduo, mas sim a carga de estresse a que ele foi ou é submetido, que age implacavelmente, "gastando" o seu "capital" de energia.
Muita gente pensa que se pode repor energia, mas quem que passa por um estresse prejudicial, mesmo que seja submetido a tratamentos e se recupere, nunca voltará a ser como antes. Enquanto se é jovem, um pequeno déficit de energia parece não fazer diferença. Então, a pessoa não percebe, começa a reincidir em situações de estresse e a perda de energia começa a aumentar progressivamente. Isso provoca doenças e envelhecimento precoce.
Quando se fala em envelhecimento, precoce ou não, tem se de falar também em depressão. Envelhecimento, em geral, representa queda na capacidade produtiva do indivíduo, e quando isso acontece, caem também os estímulos e as perspectivas de vida desse indivíduo, que começa a manifestar sintomas, como falta de concentração e de atenção, perda de memória, dificuldade com raciocínio lógico, dificuldade em assimilar novas informações, problemas em simpatizar com novas pessoas, dificuldade de organização, entre outros. Nesse quadro, típico de depressão, a pessoa sofre pela ausência de estresse.
O estresse negativo ou distresse pode deixar o indivíduo menos inteligente, pois as reações químicas provocadas pelo organismo em resposta aos agentes estressores destroem lentamente sua estrutura cerebral, em especial o hipocampo, responsável pela memória (não por acaso, um dos sintomas de estresse é a perda de memória!). Dessa forma, o estresse também pode ser associado à doença de Alzheimer.
Para resgatar a funcionalidade do corpo fragilizado pelo estresse, tudo tem de ser cuidadosamente planejado e aplicado. Alguns caminhos para isso são os alimentos funcionais, a homeopatia e a medicina oriental, que buscam promover a qualidade de vida e realçar o sentido da vida (espiritualidade) nos indivíduos, minimizando, por exemplo, a demanda pelo uso de medicamentos convencionais.
Seguem-se algumas dicas capazes para a sua saúde e qualidade de vida:
- Manter-se fisicamente ativo, praticando exercícios de acordo com as suas condições físicas e sob orientação especializada.
- Manter-se intelectualmente ativo, cultivando o hábito da leitura e da escrita.
- Adotar uma alimentação saudável e de acordo com as suas necessidades.
- Investir em novas amizades e cultivar as antigas.
- Manter uma ocupação.
Hoje, quantidade e qualidade de vida caminham lado a lado. Para viver mais é preciso viver com qualidade, daí a necessidade de rever conceitos, de avaliar a visão acerca da realidade que nos cerca e de buscar uma reintegração com essa realidade, como meio de alcançar um resultado duradouro e eficiente.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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11/03/2018 às 18h59m
O que estresse tem a ver com sexo?
É simples. Primeiro, você passa horas em congestionamentos, sujeitando-se à poluição atmosférica, sonora e visual e expondo-se à violência, sem contar a pressão no trabalho, muitas vezes realizado em ambiente hostil, onde imperam a ganância, o egoísmo, a inveja... Depois, vêm a má alimentação, a ausência de uma atividade física e a falta de tempo. Por fim, quando chega em casa, cansado, a rotina doméstica apresenta-se irritante, com crianças cheias de energia e seu parceiro querendo discutir problemas domésticos ou, também, chegando em casa com o mesmo estado de ânimo... E, para arrematar, a TV ligada, exibindo crise política e violência.
Diante desse quadro resultante do estresse, não é de estranhar que o apetite sexual desapareça.
Na luta pela sobrevivência, o estresse surge como uma ameaça constante. Para entender melhor, imagine-se como um motor que fica constantemente ligado. Por não ser desligado periodicamente, ele começa a gasta cada vez mais combustível, vai se deteriorando e pode oxidar-se, enferrujar-se, apodrecer e deixar de cumprir a sua função.
Com o corpo, acontece a mesma coisa. Quando se encontra diante de uma situação estressante, o organismo prepara-se para agir: os sentidos informam ao neocortex cerebral e ao sistema límbico, que, se considerarem a situação ameaçadora, acionam um sistema que libera catecolaminas para todo o organismo. Aí, a freqüência cardíaca aumenta, preparando o indivíduo para o ataque ou a defesa. Se a situação perdurar, o organismo libera cortisol, substância mais forte e prejudicial que as catecolaminas, que aumenta a acidez estomacal, podendo, a longo prazo, gerar gastrite ou úlcera. Juntos, catecolaminas e cortisol provocam irritação, insônia e propensão a problemas cardíacos.
A diminuição do apetite sexual e disfunções, principalmente nos homens, podem ser decorrentes de crises de estresse.
Na eterna corrida em busca de sucesso e realização, pouco-a-pouco o homem vê-se frustrado, sem ânimo nem disposição. Distancia-se da companheira, dos filhos, dos amigos... No trabalho, sua produtividade cai e a crise intensifica-se a cada dia. Como não consegue relaxar, o primeiro sinal é a diminuição do desejo. Aos poucos, diminuem as ereções matinais, comuns a todos os homens. A insegurança aumenta e passam a evitar cada vez mais suas companheiras. Nesse momento, muitas vezes a mulher também está passando por problemas e nem percebe o que está acontecendo. Então, a relação esfria e o casal começa a distanciar-se, apesar do amor que sentem um pelo outro. Foram vencidos pelo cansaço!
No homem, com a freqüência em que passa a ter dificuldade na ereção, outros distúrbios podem acontecer, como ejaculação precoce e impotência. Na mulher, a queda brusca de desejo alterar seu ciclo menstrual e levar a problemas de fertilidade.
Ao menor sinal de alteração no seu apetite sexual, procure orientação médica e abra a jogo com seu companheiro. Conversar ajuda a lidar com medos e inseguranças. E mais: mude seu estilo de vida, principalmente seus hábitos alimentares, pois a libido está relacionada à ingestão de certos nutrientes, facilmente encontrados em uma alimentação balanceada e com todos os grupos alimentares. Caso você não saiba, as vitaminas do complexo B fornecem energia e estimulam o metabolismo; as vitaminas A, E e o ácido fólico estão relacionadas à produção do sêmen, e os minerais (cálcio, magnésio, zinco e enxofre), associados às vitaminas B12 e C, desempenham papel importante na fertilidade.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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07/03/2018 às 13h33m
O estresse, na forma de distresse, é tão perigoso para o coração quanto o tabagismo, a obesidade e a hipertensão.
As alterações que ocorrem no organismo como reação a um agente estressor é o nosso impulso por sobrevivência, que revela a inteligência do organismo diante de adversidades. Mas há uma faixa determinando os limites dessas alterações, e o estresse, aquém ou além desses limites, torna-se extremamente prejudicial. Isso significa que algum grau de estresse é aceito e necessário.
O estresse é inerente à vida, é a força que move o ser humano. A ausência dele revela um estado de apatia que pode ser tão devastador para a saúde quanto o seu excesso.
Em geral, parecemos habituados ao estresse, pois é um estado que, em tese, nos torna aptos a enfrentar o estilo de vida atual, mas desde que no dia-a-dia nos deparemos com uma grande quantidade de agentes estressores que possam desencadear e intensificar o estado de estresse, nos colocamos em risco.
Existe o estresse físico, que pode ser provocado pelo esgotamento físico do organismo, entre outros fatores, e o estresse psíquico, causado, quase sempre, por fatos imaginários, preocupações e medos. Por isso, o tratamento para esse mal tem, necessariamente, de ser multidisciplinar.
Em tese, o estresse ocorre quando há um desequilíbrio entre o sistema nervoso simpático (estimulante) e o pasassimpático (bloqueador), que são subdivisões do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) — parte do nosso sistema nervoso que age controlando funções, como circulação sanguínea, sudorese, temperatura corporal, respiração e digestão.
Entre a presença de um agente estressor e o estresse, propriamente dito, o organismo passa por três fases:
- Fase de alarme: o organismo se prepara para lutar ou fugir mediante uma descarga de cortisona endógena.
- Fase de resistência: o organismo tem de agir, ou seja, de lutar contra o agente estressor ou adaptar-se à situação.
- Fase de exaustão: se o agente estressor não for eliminado (os problemas resolvidos), o organismo começa a esgotar-se.
Como o estresse atinge o coração
Durante o estágio de alarme, o SNA libera uma descarga hormonal, aumentando a sudorese, a freqüência cardíaca, a pressão arterial, a respiração, a tensão muscular, a coagulação sanguínea e a absorção de carboidratos e gorduras. Além disso, aumentam os níveis de cortisol, de adrenalina e de nor-adrenalina. Quando o estresse é crônico, o aumento da coagulação sangüínea provoca o entupimento das artérias e o indivíduo pode pode ser vítima de todas as complicações que acompanham esse quadro.
A relação entre estresse e doenças cardiovasculares começou a ser cogitada na Segunda Guerra Mundial, quando se observou que a população de Londres, uma das cidades mais bombardeadas durante a guerra, agonizava com o sofrimento, o racionamento de água e a escassez de alimentos, e teve diminuídos os índices de doenças cardiovasculares. Concluiu-se, então, que a queda de tais índices era devido à união da população contra um mal comum: a guerra. Nesse período, outros fatores estressantes, como diferenças sociais, foram neutralizados e os londrinos estabeleceram laços de união, pois algo muito mais grave atingia a todos.
Políticas sociais e econômicas são importantes para o controle do estresse, principalmente nas grandes cidades; mas, enquanto não as temos, resta-nos tirar o pé do acelerador e adotar um estilo de vida que inclua alimentação e pensamentos saudáveis, mais amizades, atividade física... Enfim, um estilo de vida menos estressante! Faça isso. Seu coração agradece.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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12/02/2018 às 11h56m
Na vida profissional, uma boa imagem pessoal é capaz de abrir portas, de ajudar a estabelecer confiança e de transmitir credibilidade. Contudo, construir uma imagem positiva requer atenção e conhecimento, especialmente sobre estética, etiqueta, ética e relacionamento interpessoal.
Observe, no dia-a-dia, o modo como as pessoas que transmitem uma boa imagem pessoal se vestem, se cumprimentam e conversam. Essas pessoas devem ser um espelho para você.
Manter uma imagem pessoal positiva faz bem para a sua vida pessoal e profissional, mas essa imagem tem de ser autêntica e coerente. Se a "embalagem" (aparência) não corresponder ao "conteúdo" (ser), todo o seu esforço cairá por terra. A correspondência entre "conteúdo" e "embalagem" é crucial quando se trata de credibilidade e credenciais. Há pessoas que aparentam possuir um vasto conhecimento sobre uma enorme gama de assuntos e, quando precisam falar de algum deles, o fazem com a profundidade de um pires. Isso abala a credibilidade delas. E credibilidade é assim: uma vez arranhada, leva tempo para ser restaurada.
As pessoas precisam ter uma percepção equilibrada a seu respeito. É certo que nem todos o enxergarão da mesma forma, mas é preciso evitar antipatias. Bom, mesmo, é que todos possam vê-lo como uma pessoa confiável, competente, ética e transparente. Assim, você será sempre bem recebido!
Dicas para a construção de uma boa imagem pessoal
Vestuário é um dos principais componentes da sua imagem pessoal. Mais importante que ter dinheiro para gastar em vestuário é ter bom senso e aprender a se vestir corretamente, de um modo que revele o seu estilo e a sua personalidade e de acordo com o contexto para o qual você se veste. Portanto, seguem-se algumas regras básicas em relação a vestuário:
- Formal: Terno e gravata para homens e terninho ou tailleur para mulheres.
- Casual: Camisas com colarinho e manga longa, com calças de lã fria ou gabardine para homens, e twin-sets, camisas ou blusas de seda, com calças ou saias de lã fria ou microfibra para mulheres.
- Esporte: O jeans é permitido, mas só o tradicional.
- Sempre: Fuja de modismos e opte por peças de qualidade e caimento impecáveis, que proporcionem conforto e elegância na medida certa. Mantenha unhas, cabelos e barba bem feitos, refletindo sua higiene e preocupação com a aparência.
- Evite: Roupas que não respeitem o nível de formalidade exigido, peças muito velhas, desbotadas ou malcuidadas. As mulheres devem evitar saias e vestidos curtos, blusas de alça ou muito decotadas, fendas profundas, brilho e transparências. Também devem evitar excessos de maquiagem, de perfume ou de acessórios. Homens devem evitar bermudas, cabelos sem corte e barba por fazer.
Seja autêntico! Vá além do primeiro encontro. Surpreenda as pessoas e prove que você cumpre o que promete. Aja sempre com ética, respeito, confiança e credibilidade e muitas portas se abrirão a você.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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05/02/2018 às 14h23m
A vida é um todo formado pelos seguintes elementos: eu interior (pensamentos e sentimentos), eu exterior (corpo), sociedade (relações interpessoais) e cultura (valores e crenças). As relações entre os elementos são interdependentes. Se um se desequilibrar, o sistema inteiro se desequilibra.
O corpo é, talvez, o elemento mais susceptível, pois é o único em que passa pelo processo de deterioração e morte, seja por envelhecimento ou por negligência de cuidados. Não se pode dizer que um dos elementos seja mais importante que o outro, mas não há como negar a necessidade do corpo para a existência de uma vida interior, com pensamentos e sentimentos, bem como de uma sociedade, na qual se desenvolvam relacionamentos interpessoais, e de uma cultura, que nos transmita valores e crenças. Sem corpo físico, não existimos.
Hoje, quando se fala em cuidar do corpo físico, logo se pensa em dietas de emagrecimento e exaustivas sessões de exercícios para modelar o corpo, mas não é disso que estamos falando. Nosso foco é a saúde.
O corpo costuma dar sinais quando algo não vai bem, mas, ante um mal-estar, a maioria das pessoas prefere dizer: "É bobagem, logo passa!". O pior é que essa "bobagem" vai se repetindo e as pessoas continuam achando que não é nada. E isso continua até o dia em que elas se dão conta que se tornaram obesas, hipertensas, com o colesterol alto e diabéticas.
A maioria das pessoas nasce saudável, mas, na infância, adquire hábitos alimentares prejudiciais à saúde. Hoje, muitos pais não têm tempo para seus filhos e compensam isso com guloseimas de alto valor calórico e baixo valor nutricional. Além disso, a televisão e o computador ajudam as crianças a se tornarem cada vez mais sedentárias e, assim, elas vão acumulando quilos, angústias e tristezas.
A criança cresce, torna-se obesa e, na adolescência, começa a acumular frustrações, abrindo uma porta para a proliferação de doenças físicas e psíquicas, como depressão, angústia e ansiedade. Aí, ou o adolescente faz uma reeducação alimentar e começa a praticar alguma atividade física regular ou as coisas tendem a se tornar cada vez mais complicadas, pois a partir dos 30 anos o corpo começa a envelhecer e a quantidade de problemas de saúde tende a ser proporcional à qualidade de vida, principalmente da alimentação.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), os alimentos podem ser considerados a mais nova arma na prevenção de doenças. Nos alimentos, existem compostos químicos "causadores" e "protetores" de doenças. Gorduras saturadas, por exemplo, são alimentos causadores de doenças, uma vez que podem provocar o desenvolvimento de alguns tipos de câncer e o surgimento de hipertensão arterial, entre outros problemas. Já os peixes de água fria são alimentos protetores ou funcionais, pois sua carne é rica em ômega-3, uma substância bioativa, que ajuda a diminuir a pressão sanguínea e a controlar os níveis de colesterol e de triglicérides no sangue.
Outros alimentos funcionais são: linhaça (melhora o sistema imunológico e é precursor do ômega-3), alcachofra, chicória, alho e cebola (ajudam a reduzir o risco de diabetes, obesidade, osteoporose e câncer), cenoura, abóbora e mamão (têm ação estimulante sobre o sistema imunológico, combatem os radicais-livres e previnem o envelhecimento precoce), melancia e tomate (combatem os radicais-livres e protegem contra doenças cardiovasculares).
As informações deste artigo foram apenas um aperitivo. Agora, pesquise, informe-se e comece a modificar positivamente seu estilo de vida a partir da alimentação, sem dietas radicais.Autor: Dr. Lair Ribeiro
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28/01/2018 às 17h44m
Já faz bastante tempo que, para compensar o pouco tempo que têm para seus filhos, muitos pais passaram a trocar abraços e beijos por doces, refrigerantes, lanches... E o que era para ser um gesto de amor, acaba por gerar um ciclo vicioso que se mantém durante a infância, a adolescência e a fase adulta da vida. A criança que cresce nesse ciclo, passa a relacionar afeto a barras de chocolate, abraço apertado a copos de refrigerante, beijo carinhoso a sacos de salgadinhos... E sempre que se sentir carente, irá atacar a geladeira, a despensa ou alguma loja de conveniências.
Comida e afetividade andam juntas, mas a primeira não pode ser usada para substituir a segunda. A criança cuja afetividade é suprida com alimentos cresce carente e desconectada de seus sentimentos. Fisicamente, ela começa a engordar, podendo desenvolver obesidade, com todos os graves problemas físicos associados a esse quadro, que, por sua vez, provoca reações sociais, que passam a constituir outro grave problema na vida da criança, este, de natureza emocional.
Com o passar dos anos, a criança começa a ficar "gordinha". Suas formas vão se avolumando, os apelidos começam a fazer parte da sua vida e, sentindo-se excluída de seu meio social, ela se refugia em doces e se afunda em calorias diante da TV que a hipnotiza e a faz viajar sem sair do lugar.
Ao primeiro sinal de que algo dessa natureza está ocorrendo, os pais devem mudar imediatamente sua conduta e começar um programa para recuperar a auto-estima da criança e eliminar todos os excessos, principalmente o de peso. É crucial adotar um programa de reeducação alimentar.
Pesquisas recentes revelam que cerca de 15% das crianças brasileiras são obesas e outras 40% estão acima do peso. Outros números mostram que aqueles que chegam obesos à adolescência têm 60% a 80% de chances de se tornarem adultos obesos. Além disso, assim como os adultos, crianças obesas também estão sujeitas a desenvolver diabetes, colesterol alto, hipertensão e outras doenças associadas ao excesso de peso.
A hora é essa! Aproveite para mudar os hábitos de toda a família. Adote uma alimentação saudável e equilibrada. Um cardápio variado e nutritivo irá contribuir para que os pequenos entrem em contato com diferentes sabores e enriqueçam seu apetite. Não podem faltar na mesa proteínas, carboidratos, fibras e vitaminas. Informe-se a respeito do valor nutricional dos alimentos e, com a ajuda de um nutricionista, elabore um cardápio que atenda às necessidades dos adultos e das crianças da casa (as necessidades de adultos e de crianças são diferentes). E estimule o hábito de tomar água. Muita água! Água é vital para o organismo e deve ser ingerida com freqüência durante o dia. E aproveite o embalo para incluir alguma atividade física na rotina semanal da criança e da família. O ser humano foi programado para o movimento. Não se esqueça: pequenas mudanças, quando feitas repetidas vezes, tornam-se novos hábitos. Em pouco tempo, trocar as gordurosas batatas fritas por suculentas cenouras deixará de ser um sacrifício. Pode apostar que sim!
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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21/01/2018 às 15h17m
Estamos submetidos ao poder do tempo do momento em que nascemos até aquele em que morremos. Calculamos a idade do nosso corpo pelo tempo biológico, e o tempo transcorrido desde o nosso nascimento, pelo tempo cronológico. Mas, na maioria das vezes, temos resultados diferentes para uma mesma pessoa que, cronologicamente, pode ter 60 anos de idade, e seu corpo, apenas 40, ou vice-versa. Pelo tempo cronológico, também, organizamos nossas tarefas cotidianas, mas nem sempre obtemos a mesma produtividade com a mesma quantidade de tempo.
A cada dia que passa, com o avanço da tecnologia e as novas descobertas nos campos da Ciência e da Medicina, vamos alterando nossa percepção sobre o tempo. Há 500 anos, a esquadra de Cristóvão Colombo demorou alguns meses para cruzar o Oceano Atlântico. Hoje, o mesmo percurso é feito algumas horas em um avião supersônico. Os avanços também agilizam sistemas de produção. Em muitos setores da indústria, máquinas substituíram a força de trabalho humana, imprimindo um ritmo muito mais intenso à produção. A relação hora/máquina é crucial no custo dos produtos. Nos setores administrativos das corporações, como o trabalho está cada vez mais na cabeça das pessoas, pode-se dizer, paradoxalmente, que a jornada de trabalho aumentou e o tempo foi ficando cada vez mais escasso.
Para muita gente, as 24 horas de um dia não são mais suficientes, mas há quem faça em doze horas o que a maioria não faz em 36! E nisso reside o perigo, pois, diante das necessidades nem sempre reais da vida moderna, algumas pessoas acreditam que precisam fazer tudo ao mesmo tempo. Essas pessoas vivem correndo, mas dificilmente atingem seus resultados, pois acabam se perdendo no meio do caminho e ficam apenas dando voltas. Para lidar com o tempo, é preciso definir prioridades.
Se, para viajar, começarmos por acomodar frasqueiras e sacolinhas no porta-malas do carro, a mala grande, certamente, terá de ir no banco de trás!
Não adianta querer controlar o tempo. É preciso controlar as atividades. Elas é que consomem tempo e podem ser remanejadas para que atividades mais importantes sejam feitas primeiro. E para encaixar suas atividades no tempo disponível é preciso planejar. Isso é óbvio, mas não é fácil de cumprir. O importante é aprender a usar corretamente as ferramentas de controle de tempo, como agendas e softwares específicos.
Ao organizar sua agenda, seja flexível. Afinal, compromissos podem ser cancelados e outros podem surgir, havendo a necessidade de absorvê-los, conforme sua importância. Com flexibilidade, você antecipa a solução para o que poderia ser um problema e evita situações estressantes. Seja bem organizado. Programe sua agenda com uma semana de antecedência. No domingo à noite, por exemplo, anote os compromissos que terá durante a semana, já prevendo eventuais alterações e, depois, faça atualizações diárias, incluindo, alterando ou excluindo itens à medida que forem sendo cumpridos e/ou modificados.
Sua vida tem de caber no seu tempo. Mas a sua vida toda: trabalho, família, amigos e lazer. O simples fato de incluir família, amigos e lazer na sua agenda fará com que você se sinta comprometido a dar-lhes mais de atenção.
Aprenda a definir prioridades, aprenda a delegar e, para não ficar a mercê do tempo, faça planos! O ser humano foi criado para viver em movimento; mas, para isso, é preciso saber os pontos de partida e de chegada para traçar o itinerário. Sem isso, restará sempre a sensação de que o tempo passou e você não conseguiu acompanhar.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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09/01/2018 às 11h59m
O corpo humano é uma máquina e precisa de manutenção e cuidados para manter-se saudável. Cada vez mais cercados de comodidade e de controles remotos, vamos, lentamente, deteriorando nosso complexo organismo, mas nossa fisiologia revela que fomos feitos para o movimento. Não evoluímos durante milhões de anos para ficar esparramados no sofá, vendo televisão, ou sentados diante de um computador!
O corpo precisa de movimento. A prática regular e bem orientada de atividade física pode trazer inúmeros benefícios ao organismo, como manter a pressão arterial em níveis normais, revigorar o coração, melhorar a postura corporal, fortificar os ossos, reforçar o sistema imunológico, controlar os níveis de açúcar, promove o equilíbrio hormonal, aliviar os sintomas da TPM (nas mulheres), proteger a próstata (nos homens) e favorecer o sono, o bom-humor e a auto-estima.
Uma hora de atividade física, corretamente praticada, pode render até duas horas a mais na vida de uma pessoa. Mas atividade física não é sair correndo, com o "coração na boca", pois exercício em excesso é tão prejudicial quanto a ausência dele, podendo causar fadiga, dores de cabeça e muscular, arritmia cardíaca, hipertensão arterial, insônia, tensão facial, queda de cabelo, inchaço, entre outras. Além disso, estimula a produção de radicais livres, responsáveis diretos pelo envelhecimento precoce e pode gerar ansiedade, raiva, angústia, impaciência, depressão e queda na capacidade de concentração.. É preciso buscar o equilíbrio, sempre! Para isso, esteja atento aos limites saudáveis, qualquer que seja a prática escolhida.
A atividade física pode fazer muito pela sua saúde física e mental, desde que bem orientada. Antes de iniciá-la, é preciso fazer uma série de exames para avaliar seu estado de saúde atual e saber qual é a prática adequada ao seu perfil e/ou necessidade.
Hoje, existem muitas opções de atividade física. Se você está há muito tempo sem se exercitar, procure identificar alguma que lhe agrade e dê o primeiro passo. Visite academias, faça aulas experimentais, converse com pessoas da sua faixa etária que pratiquem a modalidade escolhida e avalie se o acesso ao local é fácil para você.
Para deixar de ser sedentário, você não precisa ficar horas nos aparelhos de musculação nem correr dez quilômetros diariamente. Meia hora de atividade física por dia é o suficiente! Você pode começar com caminhadas no bairro em que você mora. Basta um tênis, uma roupa confortável e, se achar desagradável andar sozinho, é só arrumar um cãozinho e levá-lo para passear. Sua caminhada solitária se torna perfeitamente justificada, sem contar que ter um bichinho de estimação faz bem para o coração.
Práticas ao ar livre devem ser feitas bem cedo. De qualquer modo, proteja sua pele com um bom filtro solar, e use bonés, viseiras ou óculos escuros, desde que as lentes tenham filtro de proteção contra os raios UV, para proteger seus olhos.
Não adianta se matar de correr no parque uma vez por mês. Vá com calma e seja constante. E se não quiser gastar dinheiro nem tempo indo a uma academia, tenha hábitos inteligentes no dia-a-dia, como caminhar uma parte do trajeto até o seu local de trabalho ou usar escadas em vez de elevador, por exemplo. Se você se exercitar de modo controlado, obterá disso muito mais do que condicionamento físico. Obterá saúde e físico e mental, que lhe trará serenidade e lhe permitirá viver de modo muito mais harmonioso.Autor: Dr. Lair Ribeiro
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08/01/2018 às 08h41m
Você não vai ter mais saúde apenas porque prometeu isso em cima de um banquinho, chupando seis uvas na virada do ano. Não adianta fazer promessas e não se comprometer com elas. Saúde é resultado de uma vida zelosa.
A maioria das pessoas nasce saudável, mas só as que se cuidam conseguem manter-se assim. Alimentação saudável e atividade física regular são alguns desses cuidados. Afinal, a máquina humana precisa de nutrição adequada e de movimento, acima de tudo, para não entrar em processo de deterioração.
Hoje, temos de nos preocupar com saúde muito mais do que nossos antepassados se preocuparam. Afinal, somos atingidos pela poluição atmosférica, excesso de lixo, uso indiscriminado de substâncias químicas na indústria e na agricultura, sem contar os maus hábitos alimentares que vimos adquirindo ao longo dos anos, como alimentação rica em gorduras e açúcares e pobre em nutrientes, os vícios, como cigarro, álcool e drogas, e os sentimentos prejudiciais, como angústia, raiva e medo, que acompanham o dia-a-dia de todos que vivem nas grandes cidades.
Nosso organismo vai paulatinamente sendo destruído.
O corpo avisa quando as coisas não vão bem, mas estamos perdendo a capacidade de escutá-lo. Por exemplo, quando estamos dispersos, com dificuldade em manter a atenção, em vez de aumentar as horas de sono para dar ao corpo mais descanso e a possibilidade de recuperar-se, "curamos" a desatenção com café e estimulantes, que sobrecarregam ainda mais o organismo, em alguns casos já sem forças.
Algumas acordam sempre atrasadas, tomam um cafezinho correndo, saem de casa esbravejando porque perderam a hora e ficam horas em jejum até que, no meio da tarde, pedem um lanche por telefone e "almoçam" correndo, em cima da mesa de trabalho. Depois, ficam sem comer até tarde da noite, quando chegam em casa morrendo de fome e "atacam" o que encontrarem pela frente. Essas pessoas também costumam ter contato com poluição ambiental, ficar nervosas, estressadas e, como se não bastasse, a maioria delas fuma quase um maço de cigarros por dia — tudo sem sair da frente do computador. E à noite, quando vão se deitar, não conseguem ter uma boa noite de sono, pois comeram muito e, pior, tarde da noite!
Pessoas assim são aventureiras. Sabe por que? Porque promovem verdadeiros ataques a seus intestinos, pulmões, vias urinárias, pele... Seu organismo tem uma capacidade reduzida de funcionamento, manifestando uma condição de vida precária... De tão agredido, o organismo já não é capaz de se recuperar. Suas vias de excreção das impurezas estão bloqueadas, a renovação e a oxigenação celular estão prejudicadas, o fígado está sobrecarregado, o sistema imunológico está enfraquecido... Mas a produção de radicais livres está ótima! Eles aumentam, comprometendo sistemas funcionais múltiplos e acidificando o sangue, entre outros prejuízos à saúde.
Um conselho: respeite seu corpo, sua saúde, sua vida. Primeiro, faça uma lista de seus hábitos alimentares. Depois, descarte os excessos e passe a gerenciar tudo o que você coloca para dentro do seu corpo. Opte por uma alimentação natural, à rica em frutas frescas, folhas e legumes, cereais integrais, e pobre em gordura, carne vermelha, açúcar e alimentos industrialmente processados. Diga não a vícios, como alcoolismo e tabagismo. E mexa-se! Com apenas 30 minutos diários você conquista um dia inteiro de bem-estar! Se você quer realmente viver mais e melhor, faça mais do que promessas de final de ano.
Autor: Dr. Lair Ribeiro
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