26/12/2015 às 10h58m


Legião da Boa Vontade e a Ideologia do Bom Samaritano

Uma bela lição do Cristo

Falando a uma simpática plateia, no ano de 1991, em Portugal, revelei-lhe que, ainda na minha meninice, a primeira notícia pela qual tive conhecimento da Bíblia Sagrada, em particular a Boa Nova de Jesus, veio por intermédio de meu saudoso pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000). Ele me falou sobre uma comovente história contada ao povo pelo Cristo de Deus: a Parábola do Bom Samaritano. E a leu para mim. A passagem se encontra no Evangelho, segundo Lucas, 10:30 a 37. Disse Jesus:

"Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores…

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Autor: Paiva Netto

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17/12/2015 às 08h26m


Dia Nacional da Família

Em 8 de dezembro comemoramos no Brasil o Dia Nacional da Família. Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 16, podemos ler: "A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado".

Em nossos pensamentos diários, observemos sempre se estamos dando o justo valor à Família. Um país melhor, mais feliz e, por consequência, uma Humanidade equilibrada dependem dos núcleos familiares bem constituídos, devidamente prestigiados por seus integrantes e pela comunidade. A importância da família transcende a compreensão mais comum. Nela, a vida humana encontra o seu refúgio, a exemplo da criança especial, que tem o seu dia celebrado em 9 de dezembro…


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Autor: Paiva Netto

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10/12/2015 às 10h25m


Deus é Ciência

O que vem de Deus é Ciência. Há tempos, comentamos que todos os ramos do saber universal compõem a Ciência Divina. Conforme estudaremos em outra oportunidade, Religião é Ciência, Ciência é Religião. Ambas devem honrar a Ciência Moral, que tem pelas criaturas o mais elevado respeito, não as considerando instrumento para fanatização nem reles cobaias. O pensamento quando altamente sectário pode sustentar rancores que ensombreçam os olhos da alma de geniais cerebrações. Aliadas, muito além poderiam fazer pelos povos sequiosos de um mundo melhor. É fundamental afastar o tabu de que a fé religiosa esteja restrita aos tolos e radicais e a Ciência seja abrigo apenas dos que possuem intelecto aguçado, conquanto, de preferência, distantes do sentimento que liga a Razão ao Espírito imortal. Convém ressaltar que Racionalidade em demasia, sem o amparo do coração, promove, por exemplo, soluções econômicas que a uns privilegiam e aos demais destroem.

Em Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987), sem pretender dar uma de conselheiro Acácio (risos), escrevi: Muita aberração catalogada na História como de autoria do Criador do Universo nada mais é do que projeções do deus antropomorfo, gerado pelo homem para satisfazer aos seus proveitos. São, portanto, as próprias deficiências humanas alçadas à condição de divindade.

A existência terrena particulariza renovação constante. O desenrolar dos fatos para alguns é um susto. Já aos modestos — perante a Espiritualidade Superior ou a Solidariedade sem fronteiras —, eles se encaixarão de forma perfeita.

Verdade verdadeira
Meditando a respeito do urgente papel da Ciência no deslindamento de nossa vida incorpórea, faz-se necessário alcançar que, enquanto certos pesquisadores negam uma realidade, alicerçados nos parâmetros que julgam inquestionáveis, seus pontos de vista, talvez prematuros, podem tornar-se verdade irredutível aos que têm a palavra deles como instância derradeira. Causam, com isso, os mais terríveis prejuízos ao progresso, até que a Ciência mesma, apoiada em novos fundamentos, venha desmenti-los. É evidente que não é ela que se desdiz, porém alguns dos seus cultores, por mais bem avaliados que sejam pela opinião de seus pares. Certa ocasião, durante palestra, ponderei que a Ciência é infalível, os cientistas não.

Ele estava certo
Aponto, como referência, o conceito revolucionário do sábio britânico sir Gilbert Thomas Walker (1868-1958), com sua "Oscilação Sul" ou "Gangorra Intrigante". A descoberta dele modificou a compreensão acerca dos efeitos do El Niño no planeta Terra. Apesar disso, foi, de imediato, rechaçada pelos seus contemporâneos. Contudo, atualmente, segundo o dr. Matt Huddleston, do Centro Hadley, Departamento de Meteorologia do Reino Unido, "o incrível sobre o trabalho de Gilbert Walker é que ele foi uma das primeiras pessoas no campo da meteorologia que pensaram grande, que ligou os padrões de tempo de continentes diferentes. (...) As ideias grandiosas dele foram criticadas na época, porque as pessoas não entendiam que o tempo e o clima de uma área podiam estar ligados a outro ponto do globo. E, realmente, isso o prejudicou".

Muitas foram as ironias sofridas por Gilbert por parte de seus colegas. Mais tarde, no entanto, confirmou-se que ele estava certo. De louco, Walker não tinha nada. Os outros é que andavam distraídos.

Ora, quem determina que a verdade é verdadeira? (risos). Os pesquisadores, que amanhã retificarão os seus conceitos antes apreciados por eles como cláusula pétrea, ou a modéstia exigida pela sabedoria? A erudição, quando acompanhada de vasta experiência e postura humilde diante da verdade, jamais se precipita. Não aceita radicalismos nem cogita que a Ciência tenha atingido o curul de sua missão, incluindo o fato de que o ser humano nem logrou saber usar parcela significativa da própria capacidade mental. Pode, na atualidade, a ilha avaliar, em toda a sua extensão, o continente?


www.boavontade.com

Autor: Paiva Netto

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03/12/2015 às 08h52m


De A Vinha e o Ceticismo

Se você não cria o seu futuro, alguém vai criá-lo para você, e talvez de uma forma que você não goste. Portanto, é melhor que você o faça. 

Inferi em meu artigo "A Vinha e o Ceticismo", no livro As Profecias sem Mistério (1998), que é flagrante a necessidade de alargar a ótica espiritual do pensamento humano criador, para que finalmente se torne aríete da gigantesca libertação que resta por fazer. Em que bases?! Nas do Espírito, desde que não considerado medíocre projeção da mente, porquanto é a Sublime Luminosidade que dá vida ao corpo: eis a Extraordinária Vinha que o Criador oferece à criatura para livrá-la da zonzeira do ceticismo excessivo. Embora certa dose dele seja bastante salutar, se apreciarmos esta advertência de James Laver (1899-1975), antigo responsável pelos departamentos de Gravura, Desenho e Pintura do Victoria and Albert Museum, de Londres, entre 1938 e 1959: "O ceticismo absoluto é tão injustificado quanto a credulidade absoluta".

Leis físicas e ceticismo
Na nova edição de Cidadania do Espírito, incluí: Nas páginas da obra O Cérebro Espiritual — Para uma ciência não materialista da mente, do dr. Mario Beauregard, Ph.D. e da jornalista Denyse O’Leary, encontramos este raciocínio da bióloga e naturalista religiosa norte-americana Ursula Goodenough sobre as limitações científicas: "A ciência na verdade não pode falar de coisas como telepatia, crença, et cetera, de maneira alguma... Tudo o que sabemos sobre leis físicas consideraria completa e irrefutavelmente que isso não acontece, que não é a forma como as coisas funcionam".

Os autores do compêndio citam ainda reflexões do pesquisador e autor na área de Parapsicologia Dean Radin, em seu The Conscious Universe, que declara: "Aos poucos, na década de 1990, [o ceticismo] foi se deslocando de controvérsias sobre a existência de efeito psi para como explicá-lo... Os céticos que continuam a repetir as mesmas afirmações de que a parapsicologia é uma pseudociência, ou que não existem experiências reproduzíveis, são mal informados não apenas sobre o estado da parapsicologia, mas também sobre o atual estado do ceticismo!"

E comentam os autores: "Em geral, os materialistas reagem ao psi de quatro maneiras: negação categórica, afirmações de que a ciência não pode tratar psi, alegações de que se trata de um efeito trivial e proposição de hipóteses alternativas que permanecem não testadas".

Encerro, chamando a atenção para o que ressaltou Ursula Goodenough: "... tudo o que sabemos sobre leis físicas...". Ora, e o que sabemos é tão insuficiente! A cada dia conhecimentos postos como irredutíveis são derrubados, ou quase isso, por novas descobertas científicas. Talvez ainda falte mais humildade a esse fabuloso campo. E, para alguns poucos expoentes, menos temor de perder o status quo.

Sabemos que é preciso aprender sempre mais. Sócrates (470-399 a.C.), que dispensa apresentação, dizia: "Quanto mais sei, mais sei que não sei".

O caminho do aprendizado é infinito. (...) Ser constantemente revista é o grande apanágio da Ciência, o sinete de sua amplitude, a segurança do seu desenvolvimento, o qual tem elevado a novos estágios a Humanidade.

Ao perscrutar o conhecimento, o ser humano atinge a Ciência. Quando vivencia o Amor Fraterno, alcança Deus, o supino da Sabedoria, a equação perfeita.




Autor: Paiva Netto

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26/11/2015 às 10h33m


Saúde ocular

A falta de informação e de exames preventivos leva a maioria das pessoas a procurar auxílio apenas quando a doença se encontra em estágio avançado.

Ainda hoje, em pleno Terceiro Milênio, ouve-se nos consultórios médicos que a falta de informação e de exames preventivos leva a maioria das pessoas a procurar auxílio apenas quando a doença se encontra em estágio avançado.

Diante dessa realidade, vi-me no dever de utilizar este espaço para também trazer à população esclarecimentos de especialistas das mais variadas áreas de saúde.

Assisti no programa Viver é Melhor, na Boa Vontade TV (canal 20 da Sky), o valioso bate-papo da jornalista Angélica Beck com o dr. Jorge Mitre, oftalmologista e diretor do Hospital de Olhos de São Paulo.

Destaco, a seguir, alguns trechos dessa entrevista:

Boa Vontade TV: "A questão da saúde dos olhos é algo que as pessoas costumam deixar para cuidar só quando algo incomoda mais seriamente?"
Dr. Mitre: "Só vamos tratar de nossa saúde quando já estamos com algum problema. Isso é um erro grave. O olho é o órgão que mais fornece, por toda a vida, informações para o ser humano. A criança, por exemplo, não sabe dizer se está enxergando bem ou não. Portanto, quando começar a frequentar a escola, necessitará fazer uma avaliação dos olhos. Talvez ela tenha uma vista boa e a outra ruim e a mãe não saiba. E se tiver doenças prévias na família? Daí a criança já terá de ser monitorada para se avaliar se ela está com boa visão".

Boa Vontade TV: "A partir de que idade a criança deve ser examinada?"
Dr. Mitre: "Aos 4 ou 5 anos já é uma boa idade, é óbvio, se ela não apresentar nenhum distúrbio antes disso. Por exemplo, um estrabismo, um olho com a pupila branca ou alteração que a mãe ou o pai notem, deve-se procurar imediatamente um oftalmologista".

Boa Vontade TV: "Um bebê pode desenvolver já nos primeiros meses de vida uma patologia?"
Dr. Mitre: "Algumas doenças são próprias da infância. Por exemplo, o globo ocular vai se formar totalmente por volta do sexto mês de vida intrauterina. Uma criança que nasça com 6 meses tem grande possibilidade de tê-las extremamente graves na retina, porque o sistema vascular do olho não foi totalmente completado. Então, ao sair do útero materno, a colocamos numa incubadora sob alta concentração de oxigênio. A retina sente esse oxigênio muito alto e pode descolar. Com isso, a criança corre o risco de perder a visão. Portanto, ela tem de ser examinada dentro da incubadora pelo oftalmologista e tratada antes que saia, senão será tarde demais".

Boa Vontade TV: "Os olhos também podem refletir outras alterações no organismo apontando o surgimento de alguma patologia?"
Dr. Mitre: "O olho é o único órgão em que você consegue ver as artérias e as veias ao vivo. As do cérebro, do estômago, do fígado, do pulmão, você não as vê. Vamos supor que a pessoa tenha pressão arterial alta. O organismo dispõe de mecanismos de defesa para diminuir a pressão sanguínea. Os vasos se contraem e se fecham para diminuir o fluxo de sangue, a fim de proteger o coração que está bombeando muito forte. Ao realizar o exame de fundo de olho, podemos perceber esse problema. Outro exemplo é a artrite reumatoide que, também, dá reflexo na visão. O diabetes é outra doença extremamente traiçoeira, que atinge demais as vistas. Depois da catarata, da degeneração de mácula, o diabetes, na população ativa dos 20 aos 50 anos, é o que mais leva à cegueira nos países desenvolvidos. Todo mundo tem um parente ou um amigo diabético cego. Há muita gente perdendo a visão e não está fazendo nada contra isso. Como presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo tenho obrigação de alertar o povo do perigo do diabetes. Você que come açúcar, tem excesso de peso e acha que não está acontecendo nada com seu organismo, saiba que está aos poucos perdendo a visão. Na hora em que procurar o oftalmologista, já será tarde demais. Para ilustrar, imagine um cano d’água que passa dentro das paredes da sua casa, se ele tiver um furinho vai provocar umidade, pois é uma área de vazamento. É isso que o diabetes produz dentro do olho. Ele vai produzindo furos nos vasos. O sangue, no lugar de caminhar dentro de um tubo, começa a sair antes da hora, criando micro-hemorragias que podemos identificar no exame de fundo do olho. Depois de algum tempo, isso leva à cegueira. O tratamento exige raio laser ou aplicação de drogas dentro do olho para tentar preservá-lo (...)".

Boa Vontade TV: "É, portanto, fundamental controlar a glicose..."
Dr. Mitre: "O controle é importante, contudo, mesmo assim, o diabético não está totalmente imune de perder a visão. Depois de oito a dez anos já começa a apresentar lesões, mesmo que haja controle. Se não cuidar, em três, quatro anos, poderá estar cego, principalmente com o diabetes do tipo 1, que é o de jovem, aquele que tem 18, 19 anos. Você que é garoto se cuide, sua glicemia tem de estar 90, 100 todo dia".

Eis aí a nossa contribuição para que tenhamos um cuidado maior com a saúde do corpo.
 


Autor: Paiva Netto

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19/11/2015 às 09h24m


Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Por ocasião do Dia do Professor, 15 de outubro, trago algumas reflexões que apresentei ao corpo docente dos centros de ensino da Legião da Boa Vontade e que também foram divulgadas, em parte, no Correio Braziliense, da capital do Brasil, em fevereiro de 2000, e na Globalização do Amor Fraterno, mensagem da LBV especialmente dirigida aos participantes do High-Level Segment 2007, do Ecosoc (ONU), em Genebra, Suíça:

A escola é imprescindível, mas não substitui o lar. O Estado e a sociedade têm de, unidos, gerir soluções para que as famílias criem e eduquem dignamente os seus filhos, conforme publiquei na Folha de S.Paulo, Brasil, em 27 de julho de 1986.

Ao entregar o Instituto de Educação da LBV à comunidade, resumi em poucas palavras sua filosofia de trabalho: Aqui se estuda. Formam-se cérebro e coração. Trata-se da Pedagogia de Deus, que é Amor, a qual capacita o indivíduo para viver a cidadania ecumênica, firmada no exercício pleno da solidariedade espiritual, humana e social. Na Pedagogia do Cidadão Ecumênico e na Pedagogia do Afeto, portanto, do Amor, do Carinho, o espírito possui lugar preponderante na nossa lide. Entretanto, na preparação de jovens e adultos para a subsistência neste mundo material de tecnologia jamais vista — e, paradoxalmente, na atualidade, tão instável para os que labutam pelo futuro próprio —, devemos levar na mais alta consideração que os educandos têm de ser com eficiência qualificados para a exigente demanda do acirrado mercado de trabalho. E mais: de tal maneira que não persigam um caminho em que a profissão para a qual se aprontaram não mais exista ao fim do curso. É essencial, pois, receberem formação eficaz para que sejam arrojados, empreendedores, de modo que possam suplantar os fatos supervenientes que, a qualquer instante, desafiam a sociedade, assustando multidões. (...) De nada adiantarão, portanto — digamos para argumentar —, planejamentos audaciosos se não houver quem tenha sido devidamente instruído para desenvolvê-los. Por isso mesmo, cuida do espírito, reforma o ser humano, e tudo se transformará!

Inteligências múltiplas
A pedagoga Suelí Periotto, supervisora da Pedagogia da LBV e doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), me informa que, durante entrevista para o programa Educação em Debate, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, o conceituado professor, escritor e conferencista Celso Antunes, ao ser indagado sobre nossas ações educacionais, comentou: "A Boa Vontade se incorporou às minhas amizades, há muito tempo. (...) Tenho plena consciência do trabalho realizado por sua Fundação. Já estive várias vezes com vocês. Tive a oportunidade de ler toda a obra de Paiva Netto, que chegou às minhas mãos e, portanto, creio — atribuam ou não a esse objetivo o nome de inteligências múltiplas —, ele se integra plenamente dentro deste conceito, porque efetivamente nunca me pareceu que tenha sido uma preocupação de vocês o desenvolvimento exponencial daquele aluno que seria o ‘geniozinho’, mas a formação integral da pessoa. E por acreditar plenamente nessas linhas educativas é que reitero que não falo à Legião da Boa Vontade apenas como quem dá uma entrevista, mas como pessoa que realmente se sente identificada com a sua filosofia e a linha do seu trabalho".

Visita fraternal
Essa palavra do prof. Celso Antunes me faz recordar as considerações feitas pelo então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Rio Grande do Sul, hoje, vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,  dr. Claudio Pacheco Prates Lamachia. Em 15/9/2008, ele esteve nas dependências da Legião da Boa Vontade na capital gaúcha e no município de Glorinha/RS. O portal Boa Vontade ( www.boavontade.com ) trouxe detalhes da ilustre visita: "No Centro Comunitário e Educacional da LBV, em Porto Alegre, o dr. Claudio foi recebido pelo seu Coral Ecumênico Infantil, composto por meninos e meninas atendidos pelo programa Criança — Futuro no Presente!. Ao chegar ao Centro Comunitário de Assistência Social Alziro Zarur, em Glorinha, o presidente da OAB conferiu o trabalho realizado com os guris e também com as crianças da comunidade. O visitante ficou muito satisfeito com o diferencial de educação aplicado em cada programa desenvolvido pela Instituição, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico: ‘Falo sobre isso com muita tranquilidade, principalmente de alguém que foi criado dessa forma, pois meu saudoso pai era um educador. A educação conduz justamente à inclusão. Sempre que tivermos a educação com essa visão, e principalmente com a visão daquilo que presenciei hoje aqui na LBV, seguramente estaremos caminhando a passos largos para a correção dos equívocos que ainda temos na nossa sociedade. É um trabalho que deve servir de paradigma para outras entidades’".

Grato, prof. Celso e dr. Claudio. Suas palavras servem de grande incentivo para expandirmos cada vez mais esta linha educacional, que une à instrução excelente a vivência dos mais nobres sentimentos que o ser humano possa expressar em comunidade.

 


Autor: Paiva Netto

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12/11/2015 às 09h52m


O Senhor do Futuro

A Intuição Divina é, em cada um de nós, a própria Razão do Criador. Por isso, quando efetivamente a cultivamos, o Senhor do Futuro nos certifica, com antecedência, a respeito dos fatos vindouros, pequenos ou grandes. Se O levamos a sério, ou não, é outro caso.

Destaco da mensagem do Profeta Amós, em seu livro no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, 3:7, estas palavras que publiquei em As Profecias sem Mistério (1998): "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas".

E essa mesma intuição nos mostra que significativos ideais não nasceram para poucos desafios. O Ecumenismo dos Corações é um planejamento inspirado no Gênio Celeste, Jesus, para uma vida em sociedade mais fraterna e justa neste mundo. Porém, como escreveu o historiador John Lukacs: "As ideias só importam quando os homens as encarnam".

Conforto do Apocalipse
Por isso, o Cristo, o Mestre do Ecumenismo, adverte, com insistência, que Seus discípulos devem ser persistentes até o fim: "Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também Eu te livrarei da hora da tormenta que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra" (Apocalipse, 3:10).

O último livro da Bíblia Sagrada jamais poderá ser entendido como uma loteria ou simples descrição de pavores. Tal coisa não se coaduna com sua missão seriíssima e elevada, pois em suas advertências a Alma se revigora, de modo a enfrentar e vencer os embates da existência.

O Apocalipse, que tanto temor gera, é mal compreendido, pois não deve provocar pânico — já o dissemos tantas vezes —, a não ser aos que atuam contra si próprios ou contra si mesmas. Estes são os que se associam ao crime, às perseguições, às torturas, aos malefícios sobre os seus semelhantes. O Livro das Profecias Finais apenas contém o relato das consequências de nossas boas ou más ações. Se há algo para temer, caso não nos apressemos a corrigi-los, são os resultados dos males que praticarmos.

O Evangelho-Apocalipse do Cristo, na verdade, é o fim do horror, porque desmascara o erro, afastando o medo. O ser humano receia o desconhecido. Quem teme persegue e, se possível, destrói. Por isso, a Divina Autoridade Espiritual de Jesus dá às revelações apocalípticas uma envergadura humano-espiritual cósmica que nenhum outro autor, por mais inspirado que seja, poderia outorgar a este texto, tão importante para a sobrevivência dos povos. Entretanto, aquele que buscar sensacionalismo nele estará abrindo a obra errada.



Autor: Paiva Netto

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06/11/2015 às 08h53m


Não somos robôs

Na noite de 30 de janeiro de 1989, conversava com uma plateia de moços sobre o valor da vida e das lições com que nos presenteia, reflexão que ofereço aos que me honram com sua leitura: 

Jovens, ouvi o ensinamento da Natureza, o recado das plantas e dos animais, por inexpressivos que vos pareçam. Não é à toa que temos cercado de flores, arbustos, árvores, atrativos perenes suscitados pelo Pai Celestial, as nossas obras. Encantai-vos com o voo dos pássaros e o som da cigarra, com o vento a abrir caminho entre as folhas e a melodia exótica do grilo ao entardecer. Não passeis distraídos diante de tanta beleza. Não sois robôs! Isto dará reforço à vossa humanidade. A Natureza incessantemente canta aos vossos corações. De onde vem a força da Alma? Também da genuflexa observação de tudo isso... que é vida, Deus, Jesus, o Espírito Santo e a Natureza em si.

Degelo no Ártico

Mais do que nunca, hoje, amar a existência é saber valorizar e defender a Mãe Natureza, da qual somos parte intrínseca. O contrário disso desencadeia consequências como a registrada por Andrew C. Revkin, do The New York Times, que já em 2007 alertava: 

"As calotas polares do Oceano Ártico, que se retraem com o calor do verão, este ano recuaram mais de 1 milhão de milhas quadradas (cerca de 2,5 milhões de quilômetros quadrados) — ou seis Califórnias — abaixo da área média mínima das últimas décadas, relataram cientistas na quinta-feira (20/9)

"(...) Os números foram apresentados pelo Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve em Boulder, Colorado/EUA, e publicados no site nsidc.org.

"(...) Mark Serreze, um pesquisador sênior do centro de gelo e neve, disse que era cada vez mais claro que as mudanças climáticas causadas pelo acúmulo de gases do efeito estufa estavam desempenhando um papel no aquecimento ártico, que não é visto somente na flutuação de gelo, mas também no derretimento de geleiras terrestres, da tundra e no aquecimento da água do mar(...)".

O que mais precisa ocorrer ainda para que o mundo, por completo, acorde ante o iminente perigo que nos espreita? E depois negam a realidade do Apocalipse e o valor da grande tribulação, anunciados por Jesus. E, isto é: quando os leem...

Mas, graças à natural teimosia de sobreviver da espécie humana, iniciativas para a melhora do planeta surgem em escala apreciável. 

Como sempre bradamos: a destruição da Natureza é a extinção da raça humana. 

Autor: Paiva Netto

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29/10/2015 às 09h15m


Equação Divina

Amor — Verdade — Trabalho — Justiça: desta Divina Equação nasce o espírito de Caridade, que vai muito além do simples ato de se dar uma esmola ao pobre, porque a Caridade Completa transcende o socorro material, alcançando a região do imponderável, onde atuam forças superiores que traçam o destino de indivíduos, povos e nações, conforme o seu merecimento. Ensinou o saudoso Fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979): "A Lei Divina, julgando o passado, determina o futuro". 

O espírito de Caridade, pelos milênios, praticamente ficou restrito ao socorro material dos desamparados. Entretanto, quem mais necessita dele, de compreendê-lo e vivê-lo para governar com acerto, do que os condutores de países? O governante que não entender o sentido completo da Caridade, que é Deus, porque Caridade significa Amor, é o mais desgraçado e carente dos seres a distribuir miséria pelo mundo. No tempo certo receberá a devida retribuição cármica, pois cada um infalivelmente colhe o que semeia.

A maior Caridade — A maior Caridade é dar a conhecer aos povos a Verdade Divina, que se expressa por intermédio da Lei Universal do Amor, o Novo Mandamento de Jesus. Afinal, o próprio Cristo definiu Deus como Amor. O ser humano para entender a sua destinação, que não está circunscrita à Terra e ao Céu da Terra, deve libertar-se das algemas de espaço/tempo. Não se pode negar, per se, a existência de Deus pelo fato de se não O compreender ainda. Como Infinita Grandeza, deve ser avaliado em Sua real dimensão por grandezas infinitas em esferas de espaço e tempo que apenas vislumbramos. Na verdade, porém, é de bom alvitre que procuremos, antes de tudo, senti-Lo na Alma. O coração, fartas vezes, desvenda mistérios a que a razão custa a chegar com facilidade. Nada se oculta, permanentemente, a uma prece contrita. Esse é um fato científico. O entendimento disso é Caridade de Deus para com as Suas criaturas. Aí reside a dialética da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Na verdade, trata-se de profunda reforma dos restritivos conceitos humanos, que ainda confundem Deus com as crenças.

Geralmente, espiritualistas concentram-se no Espírito; materialistas, na matéria. Respeitamos os dois: Alma e corpo. Na Terra ambos são indispensáveis a evolução do ser humano. In medio virtus: a virtude está no meio.

Lei das Obras — Eis, em resumo, a filosofia da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo: a Verdade e o Amor Universal em marcha em todos os quadrantes da Terra, construindo pela força do Trabalho Regenerador um mundo melhor, no exercício da Fé Realizante, que se opõe à fé ociosa. A Fé Realizante é o alimento diário para a Alma. A fé egoística é a sua indigestão. Ensinou Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: "a cada um de acordo com as suas obras". É a Lei do Apocalipse, Lei das Obras de que tão sabiamente falou Zarur.

Autor: Paiva Netto

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22/10/2015 às 08h33m


Desarmar os corações

Relendo o meu livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade, lançado em 8 de novembro de 2014, achei alguns modestos apontamentos, os quais gostaria de apresentar a vocês, que me honram com a leitura.

Por infelicidade, os povos ainda não regularam suas lentes para enxergar que a verdadeira harmonia nasce no íntimo esclarecido de cada criatura, pelo conhecimento espiritual, pela generosidade e pela justiça. Consoante costumo afirmar e, outras vezes, comentarei, eles geram fartura. A tranquilidade que o Pai-Mãe Celeste tem a oferecer — visto, de lado a lado, com equilíbrio e reconhecido como inspirador da Fraternidade Ecumênica — em nada se assemelha às frustradas tratativas e acordos ineficientes ao longo da nossa História. O engenheiro e abolicionista brasileiro André Rebouças (1838-1898) traduziu em metáfora a inércia das perspectivas exclusivamente humanas: 

— (...) A paz armada está para a guerra como as moléstias crônicas para as moléstias agudas; como uma febre renitente para um tifo. Todas essas moléstias aniquilam e matam as nações; é só uma questão de tempo. (O destaque é nosso.)

Ora, vivenciar a Paz desarmada, a partir da fraternal instrução de todas as nações, é medida inadiável para a sobrevivência dos povos. Mas, para isso, é preciso, primeiro, desarmar os corações, conservando o bom senso, conforme enfatizei à compacta massa de jovens de todas as idades que me ouviam em Jundiaí/SP, Brasil, em setembro de 1983 e publiquei na Folha de S.Paulo, de 30 de novembro de 1986. Até porque, como pude dizer àquela altura, o perigo real não está unicamente nos armamentos, mas também nos cérebros que criam as armas; e que engendram condições, locais e mundiais, para que sejam usadas, que pressionam os gatilhos e os dedos os quais apertam os botões. 

Armas sozinhas nada fazem nem surgem por "geração espontânea". No entanto, são perigosas mesmo que armazenadas em paióis. Podem explodir e enferrujam, poluindo o ambiente. Elas são efeito da causa ser humano quando afastado de Deus, a Causa Causarum, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:16). Nós é que, se distantes do Bem, somos as verdadeiras bombas atômicas, as armas bacteriológicas, químicas, os canhões, os fuzis, enquanto descumpridores ou descumpridoras das ordens de Fraternidade, de Solidariedade, de Generosidade e de Justiça do Cristo, que é o Senhor Todo-Poderoso deste orbe.

Os artefatos mortíferos, mentais e físicos, perderão todo o seu terrível significado e sua má razão de "existir" no dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para dispará-los. 

No dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para disparar artefatos mortíferos, mentais e físicos, estes perderão todo o seu terrível significado, toda a sua má razão de "existir". E não mais serão construídos.

É necessário desativar os explosivos, cessar os rancores, que insistem em habitar os corações humanos. Eis a grande mensagem da Religião do Terceiro Milênio, que se inspira no Cristo, o Príncipe da Paz: desarmar, com uma força maior que o ódio, a ira que dispara as armas. Trata-se de um trabalho de educação de largo espectro; mais que isso, de reeducação. E essa energia poderosa é o Amor — não o ainda incipiente amor dos homens —,  mas o Amor de Deus, de que todos nós nos precisamos alimentar. Temos, nas nossas mãos, a mais potente ferramenta do mundo. Essa, sim, é que vai evitar os diferentes tipos de guerra, que, de início, nascem na Alma, quando enferma, do ser vivente. 

As pessoas discutem o problema da violência no rádio, na televisão, na imprensa ou na internet e ficam cada vez mais perplexas por não descobrir a solução para erradicá-la, apesar de tantas e brilhantes teses. Em geral, procuram-na longe e por caminhos intrincados. Ela, porém, não se encontra distante; está pertinho, dentro de nós: Deus!

(...) o Reino de Deus está dentro de vós.
Jesus (Lucas, 17:21)

E devemos sempre repetir que "Deus é Amor!" (Primeira Epístola de João, 4:8). Não o amor banalizado, mas a Força que move os Universos. Lamentavelmente, a maioria esmagadora dos chamados poderosos da Terra ainda não acredita bem nesse fato e tenta em vão desqualificá-lo. São os pretensos donos da verdade... Entretanto, "o próximo e último Armagedom mudará a mentalidade das nações e dos seus governantes", afiançava Alziro Zarur. E eu peço licença a ele para acrescentar: governantes sobreviventes

Conforme anunciado no austero capítulo 16, versículo 16, do Livro da Revelação, 

Então, os ajuntaram num lugar que em hebraico se chama Armagedom.

(Armagedom, local onde reis, príncipes e governantes são agrupados para a batalha decisiva.)

Sobrepujar os obstáculos
Zarur dizia, "na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião".

Recordo uma meditação minha que coloquei no livro Reflexões da Alma (2003): O coração torna-se mais propenso a ouvir quando o Amor é o fundamento do diálogo.

E um bom diálogo é básico para o exercício da democracia, que é o regime da responsabilidade. 

Ao encerrar este pequeno artigo, recorro a um argumento que apresentei, durante palestras sobre o Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, apropriado igualmente aos que porventura pensem que a construção responsável da Paz seja uma impossibilidade: (...) Isso é utopia? Ué?! Tudo o que hoje é visto como progresso foi considerado delirante num passado nem tão remoto assim. (...)

Muito mais se investisse em educação, instrução, cultura e alimentação, iluminadas pela Espiritualidade Superior, melhor saúde teriam os povos, portanto, maior qualificação espiritual, moral, mental e física, para a vida e o trabalho, e menores seriam os gastos com segurança. "Ah! é esforço para muito tempo?!". Então, comecemos ontem! Senão, as conquistas civilizatórias no mundo, que ameaçam ruir, poderão dar passagem ao contágio da desilusão que atingirá toda a Terra.




Autor: Paiva Netto

Tags relacionadas: desarmar - coração - legião da boa bontade


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Perfil

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta, nasceu em 2 de março de 1941, no Rio de Janeiro/RJ. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). Membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter), é filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central.
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