O Hospital de Cataguases comunicou oficialmente o município, no último dia 02 de dezembro, a devolução do Pronto-Socorro. Com isso, aquela Santa Casa também deixará de pertencer a Rede de Urgência e Emergência. Para a população, garante Máximo Barbosa da Silva, administrador daquele hospital, “nada vai mudar com relação ao atendimento, porque o hospital vai continuar de portas abertas e em funcionamento”, assegurou. Ele explicou que o “Pronto-Socorro é um serviço municipal e o município paga ao hospital para prestar este serviço”, que agora não vai mais realizá-lo. Se nenhum fato novo acontecer, dia 29 de maio de 2020 o Pronto-Socorro voltará a ser administrado pela Prefeitura de Cataguases, completou Máximo. Também foram comunicados a Gerência Regional de Saúde (Leopoldina) e ao Ministério Público.
No dia 05 de novembro este site publicou, com exclusividade, matéria sobre o assunto.
Ele justificou a decisão revelando que “atualmente, não estamos tendo condições de cumprir as exigências legais que determinam manter médicos plantonistas no Pronto-Socorro. Por conta disso o hospital é penalizado com corte de verbas e, ainda, seus responsáveis correm o risco de serem punidos civil e criminalmente na justiça”, explicou. Conforme revelou, as especialidades com maior dificuldade para contratar médicos são cirurgia, pediatria e obstetrícia. “Já tentamos buscar em outras cidades estes profissionais, mesmo pagando em dia o valor praticado pelo mercado”, acrescentou.
Esta situação, conforme revelou Máximo (foto acima), foi que levou à Mesa Diretora do Hospital a decidir entregar ao município o serviço de Pronto-Socorro. Com relação ao usuário ele afirma que nada vai mudar. “Este serviço pode continuar sendo prestado, inclusive onde hoje está (nas dependências do próprio hospital)”, disse. E continuou: “Na prática, o que muda é apenas quem administra o Pronto-Socorro, que hoje é o Hospital e a partir de 30 de maio, caso a situação atual seja mantida, será a prefeitura de Cataguases. O Hospital vai continuar atendendo pelo SUS, fazendo internações, exames e demais procedimentos, como é hoje em dia”, explica.
A outra mudança que vai ocorrer, conforme revela aquele Administrador, é a saída de Rede de Urgência e Emergência. Isto significa que em caso de acidente, por exemplo, a equipe do SAMU vai levar o paciente para a unidade que tiver contrato de atendimento com esta Rede. “Pode ser o Pronto-Socorro do município, a UPA, enfim, a responsabilidade não vai ser nossa mais”, concluiu. Entretanto, ele deixa aberta a porta para continuar as negociações visando um acordo que possa manter o serviço funcionando como está atualmente. “Estamos abertos a qualquer tipo de negociação ou manifestação do Município, da Regional de Saúde, estamos prontos a receber e estudar a fim de encontrar o melhor serviço para o município”, finalizou Máximo.