Câmara faz reunião longa para tratar a Intervenção no Hospital


Câmara faz reunião longa para tratar a Intervenção no Hospital

A Câmara Municipal de Cataguases realizou na tarde desta terça-feira, 23 de abril, uma longa (cerca de quatro horas de duração) e cansativa sessão ordinária para tratar de dois temas relevantes: Motoboys e Intervenção no Hospital de Cataguases, o assunto que vem dominando as ações do Legislativo há uma semana. Na plateia, assistindo a reunião estavam alguns membros do Conselho Municipal de Saúde, que não foram convidados a se manifestar a respeito.

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A primeira votação alterou lei que, agora, proíbe os motoboys de subirem até o apartamento do cliente para entregar o pedido. A encomenda deverá ser deixada na portaria ou diretamente com o consumidor na entrada do prédio. A medida, além de oferecer mais segurança a quem utiliza serviços de delivery, também agiliza a vida dos motoboys que, assim, conseguem fazer mais entregas por dia de trabalho.

O segundo assunto foi sobre a intervenção no Hospital de Cataguases, que ontem completou sete dias. Muitas perguntas repetidas e outras tantas completamente fora do assunto em debate, marcaram a sessão que chegou ao fim do jeito que começou. Os vereadores entupiram de perguntas o Secretário Municipal de Saúde, Vinicíus Franzoni, a interventora do Hospital, Fernanda Rocha, o provedor do Hospital destituído, Ulisses Portela e o Superintendente do Hospital, também fora do cargo por força da intervenção, Celso Benjamim.

Ficou claro para quem assistia à sessão que o Legislativo Municipal não fez o dever de casa para abordar o assunto. A questão financeira do Hospital foi tratada à exaustão. Como exemplo de que as contas estavam em dia, foi citado que em 2023 o hospital apresentou um superávit. Mas Vinícius lembrou que este número “é preliminar e não dá pra falar em superávit agora sem analisar a receita e despesa do período.” Os vereadores também afirmaram que o Hospital tinha dinheiro em caixa no dia da intervenção, mas não revelaram o valor total dos compromissos a serem honrados na mesma data, nem sequer se haviam sido pagos. Sem estas informações não é possível conhecer a realidade financeira do dia.

Tanto o provedor afastado, Ulisses Portela, quanto Celso Benjamim, repetiram diversas vezes o quadro atual de melhoria das condições financeiras do hospital. Eles lembraram que no período em que estiveram à frente daquela Santa Casa conseguiram superavit nas contas, colocaram os salários dos funcionários em dia e, depois, ainda concederam reajuste, bem como no ticket alimentação, além de outras medidas administrativas que tornaram as atividades do hospital mais eficientes. Ulisses, inclusive, lembrou a situação da Fazenda da Fumaça, que pertence ao Hospital e que, historicamente é deficitária, mas segundo ele, reverteu essa realidade neste último ano. Por fim encerrou dizendo que “quero tudo fique bem para o Hospital e a população de Cataguases. É o que eu mais desejo.”

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