A Câmara Municipal de Cataguases realizou duas sessões ordinárias neste início de semana, compensando assim o período de recesso do carnaval. A primeira delas aconteceu segunda-feira, 19 de fevereiro, onde foram tratados temas corriqueiros, como derrubada de vetos do Executivo. No dia seguinte os vereadores desembarcaram em Sinimbu, zona rural do município, após ter chovido bastante para, abrigados debaixo de tendas de lonas, iluminação precária, sem internet, tratar de um assunto que é responsabilidade exclusiva do Poder Executivo: reforma da ponte local, interditada desde início de 2020.
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Reforçando: a ponte não está em reforma, nem há data prevista para seu início. Se estivesse justificaria a realização da sessão porque seria uma prestação de contas aos moradores sobre a fiscalização do legislativo quanto ao andamento da obra. Mesmo assim, este assunto teria sido resolvido com um simples envio de ofício ao Executivo. Mas não faria protagonistas os vereadores nem traria o resultado midiático desejado. Este texto, por exemplo, sequer existiria.
Para refrescar a memória do leitor, a situação daquela ponte começou a se agravar no final de 2019. No dia 6 de março de 2020 o então prefeito Willian Lobo de Almeida interditou o local sob protestos da população e, desde então, a situação só piorou. Com a posse de José Henriques, teve início a busca por recursos para sua reforma. Em janeiro de 2022 foi feita uma licitação para definir empresa que faria a obra, mas não avançou. Na reunião de terça-feira, José Henriques explicou que aguarda recurso Federal que está bloqueado na União para sanar este problema, mas aventou a possibilidade de utilizar verba municipal para tocar a obra.
Como o assunto da ponte não rende meia hora de debates, visto que se o município tivesse o recurso a ponte já estaria reformada e reinaugurada, porque como todos sabem, prefeitos gostam mesmo é de inaugurar obras, a vereadora Stéfany Carli resolveu questionar José Henriques sobre um assunto fora da pauta, a respeito de uma verba no valor de R$ 5 milhões que o município recebeu da Vale por causa da tragédia de Brumadinho. Ele disse que investiu em reformas de escolas e postos de saúde e que se ela quiser mais detalhes é só pedir as informações ao setor competente.
Por fim, o vereador Marcos Costa, cotado para ser candidato a vice-prefeito nas eleições de outubro próximo, autor do pedido da reunião itinerante em Sinimbu, revelou que vai abrir uma Comissão de Inquérito para apurar os fatos e gastos públicos com a ponte daquela localidade. E assim como a reunião começou ela foi encerrada, e todos voltaram para suas casas sem sem saber o futuro da ponte.
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*Com informações da Câmara Municipal de Cataguases e foto de Priscila Barbosa