Uma mulher, que se apresentou como filha de juíza, tentou obrigar policiais militares a arrumarem uma vaga para que o veículo em que ela estava fosse estacionado. O caso ocorreu na noite de sábado, de agosto, em Ubá.
Em um vídeo, gravado por um dos policiais militares, a médica Paula Gonçalves Carneiro diz que é filha da juíza Vilma Lúcia Gonçalves Carneiro, da Vara da Infância e Juventude.”Eu só queria um carro para parar sem ter confusão”, diz ela, que estava no banco do carona no momento do incidente com os policiais.
“O que você quer que eu faça? A via é pública, você pode parar em qualquer lugar”, responde o policial, que grava a cena. “A gente é polícia (sic), não é flanelinha, não. Vai pra casa”, argumenta o segundo agente que acompanha a situação.
Paula indaga os policiais, que indicam outro lugar para que ela estacione o carro. “Tem estacionamento ali, você pode colocar o carro no estacionamento”, diz um deles. “Tá de sacanagem?”, contesta a mulher.
A amiga, que acompanha a situação, convida Paula para ir até o estacionamento. A médica, no entanto, contesta ao pedir o celular dela. “Olha pra mim. Tu ‘consegue’ Dr. Vilma Lúcia Gonçalves Carneiro? Juíza da Vara da Infância e Juventude. Tu tá com problema?”, diz Paula.
“Senhora, pega o seu veículo e tira dali senão eu vou ter que prender a senhora e o seu carro”, responde o segundo policial.
A médica então se exalta. “Me prende p****. Me prende! Eu quero ver você me prender. Tu é macho ou não é?”.
A amiga que aparece nas imagens tenta retirar Paula de cena, mas ela insiste em afrontar os agentes. “Eu vou mandar uma fotinho deles para a mamãe”, afirma ela.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais realizaram um patrulhamento pelo centro da cidade quando o veículo ocupado pelas duas mulheres parou na rua. Paula estava no banco da carona e desembarcou solicitando que os policiais retirassem a viatura para que a motorista pudesse estacionar.
A corporação ainda afirmou que Paula abriu a porta da viatura, sentando-se no banco traseiro. “Utilizando a técnica policial de verbalização, os policiais militares, juntamente à sua amiga, condutora do veículo, conseguiram convencê-la a se retirar da viatura policial, não sendo necessário o uso de força”, explicou a Polícia Militar em nota enviada ao UOL.
O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) informou, em nota, que “acompanha a apuração do caso e só irá se manifestar posteriormente.”
A reportagem também entrou em contato com Paula por mensagem por rede social e telefone para um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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Fonte, vídeo e foto: UOL