Estimulando a participação dos jovens brasileiros na educação política e no desenvolvimento social das comunidades, o Projeto Agentes da Cidadania retomou as atividades na Zona da Mata Mineira nos municípios de Miraí, Muriaé, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre. A ação contempla o Programa Cidadania, do Instituto Votorantim, em parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), executada pelo Instituto de Governo Aberto e Instituto Cidade Democrática, desde 2021, nas cidades participantes.
O projeto atua com o objetivo de promover um exercício de cidadania ativa para jovens, por meio do avanço nas dimensões de cultura democrática, participação política e articulação territorial. Em 2022, a iniciativa selecionou 30 jovens, de 16 a 29 anos, que atuarão de junho a dezembro deste ano como voluntários, conhecidos como Agentes da Cidadania.
De acordo com a agente da cidadania Juliana de Souza Rezende, de 29 anos, professora de História da Escola Estadual Santo Antônio e de Musicalização Infantil no Colégio Renascer, em Miraí, o mais importante do projeto é a troca de saberes e diálogos entre pessoas de diferentes municípios. “Conversamos sobre os problemas locais e vemos o que cada lugar tem em comum e de diferente. O mais enriquecedor é podermos agregar esse conhecimento social, que muitas vezes é trazido pelos alunos para dentro da sala de aula. Nossos jovens estão motivados a tomar atitudes para exercer a cidadania e colocar em prática deveres e direitos, e é muito importante incentivarmos isso”, pontua.
Para o gerente das Unidades de mineração da CBA na Zona da Mata Mineira, Christian Fonseca de Andrade, o apoio à realização do Agentes da Cidadania vai ao encontro do compromisso da Companhia com o investimento em ações sociais, colaborando para o desenvolvimento das comunidades locais. “Este projeto é uma importante frente de atuação que promove o empoderamento dos jovens através da educação em cidadania, estimulando-os no apoio às gestões públicas municipais da região e conscientizando-os quanto aos seus deveres e direitos”, ressalta.
O projeto
Ao longo do projeto, os jovens participantes recebem atividades online e oficinas formativas aos finais de semana, com o objetivo de compartilhar os aprendizados junto às suas comunidades. As oficinas contemplam rodas de debate e jogos interativos com temática de participação social, cidadania, representatividade, identidade e juventude política. Eles também utilizam e divulgam um aplicativo de consulta pública para outros agentes e cidadãos, no qual analisam problemas da cidade e desejos de mudança das comunidades locais, a fim de desenvolver ações com apoio e monitoramento de especialistas.
Entre as atribuições dos agentes no programa, ainda haverá a participação ativa dos próximos encontros formativos online, estabelecendo conexões entre suas vivências e os conteúdos apresentados. Os jovens também vão planejar e executar projetos em suas cidades junto com demais integrantes da Rede Cidadania, de modo a exercitar as competências desenvolvidas e multiplicar os aprendizados do programa.
Os primeiros encontros já trabalharam conceitos relevantes de política e cidadania, como a tripartição dos poderes, direitos civis e questões sociais importantes. Em seguida, as ações de mobilização estimulam o exercício do conteúdo aprendido, com ações conjuntas nas comunidades nas áreas de cultura, educação, esporte, meio ambiente, entre outras.
Segundo a agente Maria Júlia Mota Varizi, aluna de 15 anos da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Ormezinda Alves Duarte, em São Sebastião da Vargem Alegre, a iniciativa é importante para identificar pontos de melhoria para as comunidades e soluções para os problemas da cidade. “Essa troca de conhecimento é muito interessante para podermos ir atrás das melhorias para a nossa cidade e dar voz à juventude local sobre as questões sociais. Eu moro na zona rural e já identifiquei alguns problemas próximos que atrapalham os moradores, e estamos identificando os órgãos responsáveis para chegar a uma solução”, destaca.
Próximos Ciclos
Para a seleção dos voluntários, o programa contou com o apoio de diversas organizações, coletivos, movimentos, atores políticos e lideranças locais das cidades envolvidas. Nos próximos ciclos, os jovens realizarão consultas públicas sobre a política nacional, com levantamentos com pessoas de seu convívio sobre o atual cenário do Brasil.
A partir delas, serão identificados os problemas e os desejos de mudança locais, de modo que os agentes possam fazer um pedido de acesso à informação ou uma reclamação formal para a Prefeitura e/ou para a Câmara de Vereadores de suas cidades.
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Fonte: Instituto Votorantim | Foto: Arquivo