A Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases divulgou um comunicado nas redes sociais na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, confirmando o primeiro caso de varíola dos macacos no município. No último dia 20, aquele órgão tornou público que um homem com idade entre 30 e 40 anos era suspeito de ter contraído a doença, sendo que foi coletado material para exames e enviado para a FUNED – Fundação Ezequiel Dias – em Belo Horizonte. Nesta segunda-feira, a Funed divulgou o resultado confirmando o diagnóstico positivo para varíola dos macacos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente foi comunicado a respeito do resultado dos exames. Ele passa bem com quadro estável de saúde e sendo monitorado pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica e Estratégia da Saúde da Família. Aquela Secretaria acrescentou dizendo que o paciente em questão esteve em uma cidade onde a transmissão da doença ocorre de pessoa para pessoa.
No começo desta tarde o secretário municipal de Saúde, Vinícius Franzoni, enviou ao Site do Marcelo Lopes uma Nota sobre a Varíola dos Macacos, com informações básicas a seu respeito. O objetivo neste primeiro momento, disse, “é orientar a população sobre o que é a doença e como se proteger”, disse.
Leia o texto na íntegra abaixo.
NOTA MONKEYPOX
A Monkeypox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox. O primeiro caso humano da doença foi registrado em 1970. Já a primeira confirmação do surto atual ocorreu no dia 12 de maio de 2022. No Brasil, já foram registrados 813 casos, sendo 42 no estado de Minas Gerais.
TRANSMISSÃO
A transmissão se dá pelo contato com animais, humanos ou superfícies contaminadas, secreções respiratórias, sangue ou fluidos e partículas das lesões.
O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A via de transmissão sexual está sendo investigada.
SINTOMAS
O quadro inicial é de sintomas gripais como febre, mal-estar e dor de garganta. Com a elevação da temperatura aparece linfoadenopatia (linfonodos inchados). A erupção na pele geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. As lesões cutâneas passam por diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas e pústulas) que progridem de forma simultânea, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
TRATAMENTO
O tratamento da Monkeypox é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas (dor e prurido), prevenir e tratar complicações. Dentre as complicações pode ocorrer a infecção bacteriana secundária das lesões. A grande maioria dos casos tem boa evolução e não apresentam gravidade.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Para se proteger da doença, recomenda-se o isolamento dos casos suspeitos e confirmados, bem como de seus respectivos contatos, realização de distanciamento físico, higienização das mãos regularmente com água e sabão ou álcool a 70% e utilização de máscaras que cubram corretamente a boca e nariz.
Em caso de suspeita da doença, procure imediatamente uma unidade de saúde.
VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde afirmou que negociações para a compra da vacina contra a monkeypox estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante. No entanto, A OMS informa que a vacinação em massa não é indicada em países não endêmicos, como é o caso do Brasil. A recomendação é que sejam imunizados profissionais de saúde com alto risco de exposição ao vírus e pessoas que tiveram contato com casos suspeitos.
Referências bibliográficas:
1- Nota Técnica no 5/SES/SUBVS-SVE-CIEVS/2022- Vigilância de caso suspeito e/ou confirmado de Monkeypox.
2- FHEMIG- Orientações gerais, prevenção e controle da Monkeypox. Disponível em: < https://www.fhemig.mg.gov.br/index.php?preview=1&option=com_dropfiles&format=&task =frontfile.download&catid=1394&id=21008&Itemid=1000000000000>. Acesso em 25/07/2022.
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Foto: Reuters