Equipe da Delegacia de Polícia Civil de Cataguases cumpriu mandado de prisão preventiva na tarde desta quarta-feira, 8 de junho, contra dois homens (de 32 e 35 anos) e uma mulher (30 anos) suspeitos de participação no homicídio de João Gabriel M. Lucius Lacerda de Goes Telles Carvalho Alves, de 21 anos de idade. O juiz da Vara Criminal da Comarca de Cataguases determinou a prisão de cinco suspeitos de terem participado das agressões, sendo que três foram cumpridas nesta tarde, o quarto já havia sido preso anteriormente, e o último está foragido. Além destes, três menores de idade também foram apreendidos e estão cumprindo medidas socioeducativas.
De acordo com a delegada Érica Nascimento Guedes, titular do caso, as investigações duraram dois meses e meio e neste período a Delegacia de Polícia Civil “realizou um trabalho de investigação qualificada, pormenorizada e muito criteriosa com toda a sua equipe para elucidar este caso”, disse. “Em abril, continuou, concluímos o inquérito e o enviamos à Justiça que, agora, determinou a prisão preventiva destes três suspeitos que nós efetivamos nesta tarde. Após serem ouvidos, serão encaminhados para o presídio onde permanecerão à disposição da justiça,” completou a delegada.
O advogado dos envolvidos, Eurico Reis Ferreira (foto ao lado), falou com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes. Ele disse que vai entrar com um pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais “entre amanhã e sexta-feira.” E explicou: “A princípio eu acho desnecessária a prisão porque já se passaram quase quatro meses do fato, e o motivo da prisão foi a manutenção da ordem pública. Eu não vejo nenhum risco neste sentido. Eu entendo ser um pouco exagerada essa justificativa do juiz, por isso vamos entrar com esse pedido lá em Belo Horizonte para ver se a gente contorna essa situação”, completou o advogado.
A mãe de João Gabriel, advogada Marianne Alves Vieira, também falou sobre a prisão dos suspeitos cujas agressões tiraram a vida de seu filho. “Hoje eu posso dizer que estamos começando uma jornada no caminho da justiça e que começamos a viver novamente. Nada tem sido fácil desde então. Mas olhando para a frente, quero dizer que vou atuar no julgamento – ao lado de outras advogadas – como assistente de acusação. Paralelamente – continua – preciso aqui ressaltar o trabalho exemplar da Polícia Civil de Cataguases, que não descansou e usou todos os recursos de que dispõe para elucidar este caso. Fez uma investigação completa, e todos os policiais trabalharam com muita dedicação”, finalizou.
Entenda o caso
Na manhã do dia 13 de fevereiro deste ano um grupo de aproximadamente oito pessoas invadiu o apartamento de João Gabriel, na Cojan, em Cataguases. Lá eles o feriram gravemente com porretes e facões, fugindo em seguida. Uma semana depois João Gabriel morreu no Hospital São Paulo, em Muriaé, para onde havia sido transferido devido ao agravamento de seu estado de saúde.
O motivo do espancamento teria sido o furto da motocicleta ocorrido no dia anterior e que foi atribuído – equivocadamente – a João Gabriel, segundo sua mãe Marianne, porque ele aparece em imagens de câmeras de segurança próximo à moto. O veículo pertence ao cunhado de um dos presos nesta quarta-feira, 8, que seria um dos mandantes da agressão que resultou na morte da vítima.
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