A Câmara Municipal de Cataguases atendeu solicitação do vereador Silvio Romero (Podemos) e encaminhou para a Comissão de Ética o caso do vereador Professor Jeferson (PSL) que vai analisar se houve quebra de decoro durante sua participação no programa Conversa Franca, transmitido pela Rádio Brilho FM, no último dia 28 de maio. Na ocasião, ele qualificou o poder Legislativo Municipal de “covarde”. Questionado pelo apresentador do programa, Sousa Mendonça, o vereador confirmou repetindo mais duas vezes aquela palavra.
Não há registro recente da atuação da Comissão de Ética da Câmara Municipal, conforme apurou o Site do Marcelo Lopes com seu atual presidente, o vereador Marcos Costa (PSB). Ele informou por telefone nesta manhã de quarta-feira, 1º de junho, que ainda não marcou a primeira reunião da Comissão para começar a estudar o caso, mas garantiu que tudo será feito “rigorosamente em obediência ao Regimento Interno da Câmara Municipal e da Constituição Federal”. Marcos Costa é um vereador experiente e teve importante atuação na Comissão Especial de Inquérito que quase cassou o mandato do então prefeito Willian Lobo.
Com ele nesta tarefa estão o vereador Ricardo Dias (PSB), cuja participação foi colocada sob suspeita ainda durante a sessão desta terça-feira. É que ao usar a palavra, Ricardo disse que não tinha conhecimento do vídeo em que o colega qualifica a Câmara de “covarde”, mesmo assim emendou sua opinião perdoando o gesto do vereador. Silvio Romero, autor do pedido de apuração sobre a conduta de Professor Jeferson, disse ao Site que vai pedir a substituição de Ricardo da referida Comissão que conta também com a participação da vereadora Stéfany Carly (PT), foto acima.
Decoro parlamentar consiste no comportamento exemplar que é esperado dos representantes políticos. Caso o vereador infrinja um das regras de conduta, deverá ser punido e pode até perder o mandato. No caso, Professor Jeferson terá sua conduta no referido programa de rádio analisada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cataguases “por, supostamente, ter excedido nas prerrogativas que a lei lhe confere como vereador”, explicou Sílvio Romero (foto ao lado), acrescentando entender que “houve um excesso muito grande (do Professor Jeferson) das prerrogativas, porque liberdade de expressão todo mundo tem. Você pode se expressar da forma que quiser, não só o vereador, mas qualquer cidadão. Agora, tem os limites impostos pela lei”, completou.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Câmara Municipal devolve R$ 200 mil ao Executivo para aplicar na Central Covid
Vereadores aprovam a criação da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal
Câmara Municipal de Cataguases tem a menor renovação dos últimos trinta anos