A Fic realizou na sexta-feira, 27 de junho, a terceira edição do ano do Conselho de Desenvolvimento da Zona da Mata, o Cezom, que congrega empresários e representantes de entidades promotoras do desenvolvimento da região. Esta edição, porém, começou ainda na parte da manhã com uma mesa redonda sobre os projetos Rio Pomba Valley e Smart City, da Energisa, quando foram esclarecidos e conhecidos com mais detalhes a implementação destas iniciativas e o impacto que vão provocar na economia de Cataguases e região. O evento teve como mediador o professor do UNIS, Guaraci Silva e foi aberto pelo diretor da FIC, Fred Henrique Faria.
Executivos como Eduardo Mantovani, presidente da Energisa Minas Gerais, o sócio-proprietário do Supermercado Morais, Mário Lúcio Morais, o vice-presidente do Sicoob Coopemata e presidente da CDL, Camilo Cristovão Vicente, além do presidente do Codec, Humberto Lanzieri, o deputado estadual Fernando Pacheco, entre outros, participaram do encontro que teve como palestrante Carlos de Camargo Penteado Braga, vice-presidente do Conselho de Administração do BDMG – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, que apresentou um cenário otimista sobre a economia brasileira.
Na parte da manhã, a mesa redonda recebeu técnicos da Energisa que explicaram os projetos que estão sendo gestados pelo Rio Pomba Valley e Smart City. Na ocasião a Fic também mostrou como pode ser parceira desta proposta por meio da implantação de cursos para a formação de mão-de-obra, além de aproveitar alguns dos projetos acadêmicos produzidos pelos alunos para serem implantados por meio destas duas iniciativas da Energisa. Outro ponto abordado foi sobre a empresa priorizar em suas compras fornecedores locais e regionais, além da geração de novos empregos, especificamente no setor de manutenção dos serviços que serão criados a partir da implantação destes projetos.
Em sua palestra aos empresários da região, durante o almoço, o conselheiro do BDMG, Carlos Braga, deu uma inesperada e grande aula de otimismo sobre a economia do país. Ele começou afirmando que o mundo não está em crise, “nunca esteve e não estará nos próximos anos”. Ele embasou sua afirmação em números que mostram o crescimento mundial se mantendo em torno de 3% ao ano, o que ele considera “muito bom”. Sobre o Brasil, Braga disse que a partir do ano que vem, o país terá condições de crescer pelo menos 2% ao ano, “porque já teremos vencido a etapa da Reforma da Previdência, que está travando o país”, afirma. Outro fator que o mantém otimista, conforme assegurou, é a queda na taxa de juros que, em sua opinião deverá se manter na casa dos 5%.
Ainda sobre a retomada do crescimento, Braga (foto) também vê o desemprego começando a cair a partir de 2020. De acordo com sua ótica, as grandes empresas – que geralmente são as responsáveis por contratar profissionais após uma crise – desta vez não estão agindo assim porque precisaram se endividar muito para vencer aquele período difícil. “Esta retomada do emprego se dará por meio das micro e pequenas empresas, responsáveis por cerca de 80% das contratações do país”, afirmou. Ele completou dizendo que será este pequeno empresário quem irá investir primeiro depois dessa crise que, conforme analisa, foi mais grave do que a conhecida “década perdida” dos anos oitenta, “apesar de ter sido mais curta em termos de duração”, explicou.
Depois da palestra o público presente sanou dúvidas por meio de perguntas, especialmente a respeito da situação de Minas Gerais, que vive dificuldades de caixa. Segundo Carlos Braga, o atual governador tem afirmado que fará todo esforço possível para novos investimentos e citou a ampliação da fábrica da Fiat em Betim, que vai gerar milhares de novos empregos a médio prazo no Estado, como o primeiro exemplo neste sentido. Ele também reconhece algumas dificuldades nesta área, mas sempre otimista, vê no horizonte um quadro de melhoria significativa que, se não apagou o pessimismo dos empresários cataguasenses, acenou com uma luz no fim do túnel. A próxima reunião do Cezom será dia 30 de agosto.
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