Ronaldo Werneck e Joaquim Branco lançam livros sobre Cataguases no dia 07


Ronaldo Werneck e Joaquim Branco lançam livros sobre Cataguases no dia 07

Os escritores cataguasenses Ronaldo Werneck e Joaquim Branco, conhecidos pela extensa produção literária de qualidade, vão lançar às 10 horas, no Centro Cultural Eva Nil, dia 7 de setembro, aniversário de Cataguases, seus livros “Cataguases Século XX antes e depois” e “O Município de Cataguases”. O primeiro é “um painel fabuloso”, assim definido pelo cineasta Paulo Augusto Gomes, dos dois últimos séculos de Cataguases. A segunda obra levou Joaquim Branco a uma reedição cuidadosa e muito caprichada do livro de Henrique Vieira de Rezende e Silva, especialmente por sua importância histórica sobre Cataguases.

Conheça um pouco sobre os dois lançamentos nos textos abaixo, de autoria de Ronaldo Werneck.

Cataguases: Esse painel fabuloso

Ronaldo Werneck e JoaquimCidade natal do poeta, Cataguases (MG) sempre figurou com grande destaque na obra literária de Ronaldo Werneck: poemas, crônicas, ensaios, memórias. Nada mais natural que surja agora Cataguases Século XX/ antes & depois, “um painel fabuloso” como diz o cineasta Paulo Augusto Gomes no texto de orelha do livro. Nele, o leitor encontrará a história da cidade ao longo dos dois últimos séculos, estendendo-se até agora. Capítulos abrangentes, entremeados por um largo apanhado iconográfico, um grande rol de fotografias que dialogam com os textos – e mostram a evolução da cidade, seus aspectos arquitetônicos e culturais, sua marca por excelência.

Em seu prefácio, escreve o ex-secretário de Cultura de Minas Gerais e atual prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo: “Uma cidade povoada de poetas faz com que um deles, Werneck, tome o fio da História, ilumine a Memória e celebre a “poesia nossa de cada dia”, ao trazer para este livro a narrativa poética da saga da Meia-Pataca e Cataguases inteira. Ronaldo Werneck toma o século XX para acrescentar-lhe o antes e o depois, a fim de pontuar o itinerário poético da cidade em que nasceu a vertente verdejante do modernismo brasileiro, rodou o cinema inaugural de Humberto Mauro e edificou-se o primeiro traço de Niemeyer em Minas Gerais. E à qual ele dedica grande parte de sua própria obra”.

Para o cineasta Paulo Augusto Gomes, “[…] o que Ronaldo Werneck nos conta neste livro é sua relação visceral com Cataguases, onde nasceu e se formou para a vida. Sem pretender ser exaustivo, ele remonta à fundação do primitivo arraial, o surgimento de seu comércio e principais indústrias, em torno dos quais se reuniram gentes que o influenciaram. Poeta que é, Ronaldo procurou desde cedo os iguais que o precederam. E Cataguases sempre foi fértil nesse item, com o aparecimento, ainda nos anos 20 do século passado, dos literatos da revista Verde e do cinema de Humberto Mauro e Pedro Comello. Ronaldo Werneck nos fala de tudo isso. E nos apresenta um painel fabuloso, a partir de seu caso de amor com essa cidade especialíssima de Minas Gerais, do Brasil.

Publicado pela Editora Tipografia Musical, de São Paulo, Cataguases Século XX/ antes & depois teve seu projeto aprovado pela Lei Estadual Aldir Blanc, 2020. Com 312 páginas, o livro é fartamente ilustrado – uma iconografia que compreende fotos, desenhos e reprodução de quadros de artistas cataguasenses e do modernismo brasileiro.

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A História em Revista

Ronaldo Werneck e Joaquim

Organizada por Joaquim Branco, a segunda edição do livro O Município de Cataguases – publicado em 1908 por Arthur Vieira de Rezende e Silva, com a colaboração de Astolpho Vieira de Rezende – é um dos documentos mais importantes já escritos sobre a história do município.

A obra abrange não só a História de Cataguases como a de seus distritos na época (Itamarati, Astolfo Dutra, Sereno, Santana, Cataguarino, Aracati, Vista Alegre, Miraí e Laranjal), e vai desde os povoados indígenas, passando pela fundação da cidade, e chega até a data de sua publicação, em 1908.

Com 480 páginas, 70 fotos, 62 quadros estatísticos recompostos, o livro tem como centro a Câmara Municipal de onde emanava o poder no princípio do século passado (não havia a figura do Prefeito, na época).

Encontram-se em O Município de Cataguases aspectos de como era a pequena povoação que se formou ao longo do tempo e do rio Pomba na era do Oitocentos; como se fizeram as antigas ruas, praças e casas, o comércio e indústrias; e também como se davam as disputas políticas no município, bem como os fatos principais de sua vida cotidiana.

O autor, Arthur Vieira de Rezende e Silva (1868-1945) nasceu na Fazenda do Rochedo, município de Cataguases. Foi vereador, latinista, conhecedor da língua, autor de alguns livros, além de fundador e diretor do jornal “Cataguases”. O livro foi escrito quando ele era secretário da Câmara.

Além de organizar essa 2ª edição de O Município de Cataguases, coube a Joaquim Branco a sua editoração, compreendendo a concepção da obra, redação das notas explicativas, atualização ortográfica, tradução de frases estrangeiras, estabelecimento do texto definitivo, revisão total e final.

Coube a Natália Tinoco a criação da capa e contracapa e recuperação de imagens. A Eugênia Ribeiro e Augusto César Marquito, a digitalização e recuperação das fotos. A digitalização das páginas e primeira revisão ficaram por conta de Camila Galvão. A obra teve o Apoio Cultural da Sicoob-Coopemata, Grupo Energisa e Miba Industrial Berings Brasil.

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