Teve início em 2021 nas escolas estaduais de Cataguases o projeto extensionista “Não, não gostamos de ter medo! Conversando sobre a violência contra mulheres/meninas nas escolas”. Trata-se de iniciativa da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), coordenado pela Professora Doutora Camila Cravo, que começou em 2019, nas escolas de Leopoldina.
O objetivo da iniciativa é formar educadores para o enfrentamento de ameaças, com ênfase na detecção da violência sexual contra mulheres e meninas. Este ano, o projeto realizado em Cataguases tem a finalidade de propiciar a formação de professores como profissionais de educação capazes de, por meio da capacitação, conhecer, prevenir e denunciar qualquer tipo de violência que ocorra em âmbito escolar, a fim de proteger as crianças e adolescentes.
Neste sentido são realizadas oficinas mensalmente através da plataforma virtual Google Meet, que têm recebido grande apoio da comunidade escolar. Por meio delas são promovidas discussões significativas tratando da conceituação, tipificação e prevenção da violência contra crianças e adolescentes, explica Camila Cravo. “Nesse contexto – continua – o projeto reconhece a importância da capacitação do educador para a prevenção da violência sexual, assim como destaca a necessidade de uma formação específica aos professores, para que entendam o papel fundamental que desempenham na rede protetiva, assumindo-se como agentes educativos transformadores e promotores de direitos.”
De acordo com o Diretor da UEMG Leopoldina, Professor Doutor Rodrigo Fialho, a metodologia do projeto conta com três oficinas para cada escola. A primeira trata da construção social da violência e seus significados, a segunda trabalha os meios de prevenção e detecção do abuso sexual e a última promove o entendimento dos mecanismos de denúncia e de proteção.
A primeira oficina realizada em Cataguases, ocorreu na Escola Estadual Professor Quaresma, com grandes contribuições aos educadores, promovendo a reflexão e conscientização da comunidade escolar, ressalta Camila. Em seguida, foi a vez da Escola Estadual Francisco Inácio Peixoto quando foi feita a iniciação da formação de professores para o enfrentamento à violência contra mulheres/meninas nas escolas. Também recebeu o projeto a Escola Estadual Astolfo Dutra onde a primeira oficina propiciou saberes importantes aos participantes, permitindo a compreensão da construção social da violência, bem como o entendimento das formas de intervenção, a fim de mudar a realidade do contexto atual.
Fonte: Jornal O Vigilante Online, com informações da UEMG Leopoldina | Foto: Arquivo e UEMG Leopoldina