O retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino em Cataguases foi adiado para o dia 08 de setembro. Ela, porém, poderá ser alterada mediante a situação da pandemia no município, conforme informa a coordenadora do SindUte em Cataguases, professora Rosani Brito. A decisão é fruto de uma negociação com o prefeito José Henriques e secretários municipais de Educação, Luci Mara Guedes Gonçalves e o de Saúde, Ricardo Mattos. Um decreto municipal, neste sentido, deverá ser editado pelo prefeito nos próximos dias.
Nesta terça-feira, 27 de julho, às 14 horas, o SindUte realizou uma assembleia on-line com os trabalhadores das redes públicas Municipal e Estadual de ensino quando comunicou o acordo com o Executivo. Na ocasião, Rosani Brito lembrou que a categoria pediu, inicialmente, o retorno das aulas presenciais para outubro próximo, quando, conforme revelou, “todos nós estaríamos mais seguros quanto à imunização.” Ela ressaltou, também, que há consenso entre os trabalhadores da Educação que “mesmo vacinados com a segunda dose, ainda oferecemos riscos para os estudantes, uma vez que eles ainda não foram contemplados com a vacina pelo PNI – Plano Nacional de Imunização.
A Recomendação Conjunta N°01/2021 do Ministério Público orienta para o reinício das aulas presenciais em Cataguases. A iniciativa, porém, sofre forte oposição junto aos trabalhadores da Educação que argumentam não estarem totalmente imunizados contra a Covid-19, além da falta de infraestrutura nas escolas para o retorno seguro às aulas. Rosani afirma que “somente com a vacinação de pelo menos 70% da população pode-se ‘pensar’ no retorno às aulas presenciais.” Ela continua: “Se de fato esse retorno acontecer, o aluno terá 2 horas e 10 minutos de aula em apenas 2 dias na semana. O restante da carga horária continuará acontecendo de forma remota. Será que vale o risco?”, finaliza.