O agravamento da pandemia da Covid-19 em Cataguases levou o Conselho Municipal de Saúde realizar na tarde desta quarta-feira, 19 de maio, um encontro com as autoridades municipais e de saúde. A reunião teve como objetivo discutir protocolos clínicos no setor Covid-19, presença do médico na Enfermaria Covid e óbitos ocorridos em 2021. O uso de máscaras, álcool em gel, além de ficar em casa o maior tempo possível e não participar de festas nem aglomerações é, ainda, afirmaram os técnicos, a receita a ser seguida.
Conforme explicou o médico, Joseph Freire (foto ao lado), presidente daquele Conselho e também do Comitê Covid do município, o grupo presente avaliou condutas, de forma proativa, no sentido de buscar ações que visem a reduzir o número de casos positivos da doença e, também o de óbitos em Cataguases. Com mais de duas horas de duração, a reunião também mostrou a dura realidade enfrentada pelos profissionais do Hospital de Cataguases e também daquela própria Santa Casa.
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Após a divulgação do comparativo de casos de Covid-19 em Cataguases referente ao mês de abril/21 e o de maio, até dia 18, o quantitativo deste mês superou o total do período anterior. Conforme estes números, Cataguases está em rota ascendente de casos e, por isso, a situação é considerada “gravíssima”. Esta realidade foi confirmada num depoimento contundente do médico Pedro César Martins, que trabalha no Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases.
Ele reforçou que o vírus é desconhecido pela ciência, afirmou que se existisse algum tipo de tratamento eficaz os países de primeiro mundo teriam sido os primeiros a utilizarem, pregou o lockdown como medida mais eficaz na redução dos casos e, por fim reconheceu, com voz embargada, que hoje é preciso escolher qual paciente será internado naquela Santa Casa, porque não há leitos disponíveis para todos. Ele ilustrou a situação vivenciada pelo Hospital e equipe médica dizendo: “estamos trocando o pneu com o carro em movimento.”
Esta realidade foi confirmada por Eliermes Teixeira acrescentando que apesar das muitas dificuldades, o Hospital também enfrenta problemas de caixa, visto que os medicamentos subiram demasiadamente de preço, o consumo aumentou significativamente, inclusive o de oxigênio, “que hoje é sete vezes maior do que antes da pandemia”, salientou. Ricardo Mattos (foto ao lado), por sua vez, narrou a dificuldade em contratar médicos para atender na rede pública de saúde do município. Também pediu sugestão a todos os presentes na busca de soluções para este momento difícil. Renam Guimarães (foto abaixo), da GRS-Leopoldina, lembrou que o coronavírus mudou o mundo, mas “o ser humano ainda não acreditou.” Completou dizendo que é preciso aceitar a nova realidade e mudar os hábitos até a ciência encontrar a solução.
O presidente da Câmara Municipal, Felipe Ramos, lembrou a reunião que os vereadores tiveram com o chefe do executivo na última terça-feira, e informou que está economizando recursos para poder devolvê-los ao Executivo para que possa adquirir insumos a serem empregados no combate a Covid. Por fim, José Henriques lembrou que sua administração está “praticamente toda voltada para o combate ao Covid”, no sentido de aplicar os recursos disponíveis da melhor maneira possível, na busca de melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços prestados à população, e trabalhar em parceria com os órgãos de saúde. Ele concluiu agradecendo a participação e colaboração de todos.
Estiveram presentes o Prefeito José Henriques, o Secretário Municipal de Saúde, Ricardo Mattos, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, médico Joseph Freire, o diretor da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina (GRS), Renam Guimarães, o presidente da Câmara Municipal de Cataguases, Vereador Felipe Ramos, o assessor administrativo do Hospital de Cataguases, Eliermes Teixeira, além de dois representantes do Conselho Municipal de Saúde, José do Carmo e Rogério Tobias Norte, e equipe técnica da Secretaria de Saúde de Cataguases.