Coletivo Lélias não participa mais do mandato da vereadora Stéfany Carli


Coletivo Lélias não participa mais do mandato da vereadora Stéfany Carli

O Coletivo Lélias, grupo formado por mulheres de Cataguases, divulgou nota na noite desta sexta-feira, 12 de março, informando o seu desligamento “com o Mandato da Vereadora Stéfany Carli em comum acordo.” Criado oficialmente em maio de 2020, com o objetivo de propor uma política transformadora, ética, transparente e participativa em Cataguases, logo depois lançou Stéfany, uma de suas representantes para concorrer a cadeira na Câmara Municipal como forma de exercer seu projeto político em Cataguases.

De acordo com o texto publicado no perfil daquele Coletivo no Instagram, esta representante atuaria sem hierarquia entre as Lélias (como são chamadas as participantes do Coletivo), “no sentido de que o mandato pudesse ser efetivamente coletivo, de modo que as decisões seriam tomadas em grupo, horizontalmente, e que as ações fossem transparentes, estando alicerçadas nos preceitos que regem o o Manifesto do Coletivo Lélias e regradas no regimento interno do grupo.” E completa: “Contudo, o que se concretiza atualmente no mandato está em dissonância com nossas diretrizes.”

O impasse surgido com esta realidade, ainda conforme a publicação na rede social, levou o Coletivo a desligar-se do mandato daquela vereadora. “Consideramos, dessa maneira, que a mandatária possa continuar conduzindo sua atuação legislativa conforme seus próprios preceitos políticos. Desejamos, contudo, sucesso na trajetória da vereadora”, afirma a postagem. Em seguida o texto é finalizado informando que o Coletivo, a partir de agora, vai direcionar seus esforços para o Instituto Lélias, “a fim de agir efetivamente em projetos pautados na transformação social que desejamos.”

Também no Instagram, a vereadora Stéfany Carli (PT), manifestou-se assim: “Quando há um agrupamento de pessoas, é natural que conflitos e divergências ocorram. Não foi diferente com as Lélias no apoio organizado à campanha eleitoral. O que em nada enfraquece o processo, porque uma democracia é construída com base em opiniões diferentes e debates.” Sobre o episódio Stéfany escreveu naquela rede social:

– O fato incontestável é que o coletivo deve se ajustar ao ritmo da Casa e dos anseios do povo, e não o contrário. Infelizmente o Coletivo não conseguiu se organizar como base de apoio frente à dinamicidade das atividades legislativas e não pude me abster de decisões que tratavam das necessidades urgentes da população em meio à crise sanitária e de renda sofridas por todos nós Cataguasenses, isso sem jamais deixar de consultar formalmente o grupo acerca de todas as demandas apresentadas ao legislativo municipal (…).

Ao final, reiterando os compromissos partidários do Partido dos Trabalhadores, Stéfany informa “com tristeza, a decisão do coletivo em se desligar do mandato, mas reafirmo, nesse momento, meu compromisso de um mandato coletivo com a população de Cataguases”, e deseja ao Coletivo Lélias “sucesso na nova etapa que se inicia com sua institucionalização como entidade representativa da sociedade civil em Cataguases, especialmente por acreditar que a participação popular é um dos elementos transformadores da política.”