A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cataguases (CDL) entregou ao prefeito José Henriques, na tarde desta segunda-feira, 04 de janeiro, durante encontro para tratar das medidas restritivas impostas ao comércio, o “Manifesto pela Vida”. O encontro foi agendado devido ao empenho de comerciantes participantes de um grupo no aplicativo WhatsApp mobilizado para defender os interesses da categoria. O documento apresentado foi elaborado com informações que mostram o trabalho do setor no combate a Covid-19, a preocupação e as ações que o comércio de um modo geral está adotando para preservar a saúde e a vida da população. A CDL revelou que o chefe do executivo disse estar “sensível” à categoria e que vai continuar conversando com o setor em busca de soluções de consenso.
Nesta manhã de terça-feira, 06, o presidente da CDL, Camilo Cristovão Vicente, e o diretor financeiro, Humberto Lanzieri, explicaram ao Site o motivo da iniciativa. Eles contaram que entregaram o Manifesto pela Vida com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão no enfrentamento da pandemia. “Nós temos uma preocupação extrema com a saúde da população e dos nossos funcionários, inclusive”, disse Camilo. Ele lembra que todo o comércio está adaptado às normas de segurança sanitária e “seguimos à risca todos os protocolos. Por isso não somos o setor que dissemina o vírus. Porque enquanto as pessoas trabalham não estão se divertindo em festas e promovendo aglomerações”, completou.
O Manifesto pela Vida, conforme detalha Humberto, traz uma análise feita pela CDL da trajetória dos números de hospitalização do Hospital de Cataguases a partir da reabertura total em 10 de agosto último. “Estes números trazem evidências de uma única certeza: o comércio não provoca o crescimento do casos de Covid-19. Após a reabertura total do nosso comércio as internações entraram em queda e só voltaram a subir no final de outubro”, conta mostrando um gráfico (veja abaixo).
Ainda conforme as evidências apontadas no Manifesto, o funcionamento do comércio depois da paralisação de quase 140 dias mostrou disciplina dos lojistas e colaboradores, que passaram a se cuidar; bem como clientes e a população em geral passou a ter disciplina utilizando os mecanismos de proteção disponíveis. Além disso, a ocupação dos que trabalham diariamente, reduz a exposição em outras atividades de grande risco, e a interação com pessoas de fora do convívio cotidiano, destaca Humberto.
Com base nesta análise, o Manifesto pela Vida afirma temer “que o fechamento total ou parcial do comércio possa provocar um crescimento de casos”, pois corre-se o risco, ao deixar ociosas centenas de pessoas, que ocupem seu tempo com entretenimento de alto risco, que são hoje em dia a grande causa dos novos casos.” E, por fim, reivindica ao prefeito somar esforços junto ao Comitê Estadual Covid-19 no sentido de que permita o funcionamento do comércio varejista e atacadista, bem como adote a mesma postura no município a fim de “manter a prioridade à vida conciliada às necessidades econômicas de sobrevivência”, assegura o texto, além de reforçar a fiscalização nas ruas para evitar aglomerações.