O diretor-presidente do Grupo Energisa, Ricardo Botelho, que recebeu o prêmio Industrial do Ano nessa quinta-feira (23), defende que a recuperação da economia brasileira passa pela retomada da indústria, pela promoção da inovação e pela criação de um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento dos negócios. A premiação, concedida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), reconhece empresários que contribuem para o desenvolvimento do estado e do Brasil.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, compareceu ao encontro e defendeu que o estado deve fazer as atribuições básicas de educação, segurança e saúde, e não empreender. “Se fizéssemos isso adequadamente a população estaria extremamente satisfeita”, afirmou. “O estado no Brasil se transformou em um agente de restrição ao desenvolvimento, e não propulsor”. Ele citou a simplificação da tributação no estado e a agilização das licenças como medidas que já estão sendo implementadas em Minas. “A única coisa que eu gostaria de deixar como marca do meu governo é essa mudança de mentalidade. O principal agente de desenvolvimento não é o estado, é o setor privado.”
Em seu discurso, Ricardo Botelho, defendeu que o caminho para “tirar o freio da economia tradicional de Minas” passa pela adaptação das empresas à próxima revolução industrial. “Uma base de empresas inovadoras alicerçadas nas vocações regionais nos permitirá retreinar nossa mão-de-obra e prepará-la para o futuro digital”, disse, destacando o papel do SENAI e outras instituições de ensino de excelência que têm papel relevante nessa transformação. “Esse é o momento de nós, empresários, olharmos para o futuro e trabalharmos para a criação da união das redes de indústrias, fortalecendo os principais elos produtivos do nosso estado e criando outros novos”, conclamou.
Ele destacou algumas das contribuições que a Energisa tem legado à economia mineira. Para 2019, o Grupo prevê um investimento de R$ 78,5 milhões na Energisa Minas Gerais, distribuidora com sede em Cataguases e que atende a municípios da Zona da Mata. A cidade também abriga a Central de Serviços Energisa (CSE), o 5º maior centro de serviços compartilhados do Brasil e que atende a todas as empresas do Grupo Energisa. Dentro do CSE, também foi inaugurada este ano a Fábrica de Softwares, empregando 350 pessoas.
Essas iniciativas funcionarão com o alicerce de um projeto maior: o Rio Pomba Valley, um ecossistema para alavancar o desenvolvimento regional na direção da chamada nova economia. Além da tecnologia, a empresa também segue com investimentos em cultura e produção audiovisual. “No último decênio, investimos R$ 32,5 milhões, impactando 30 projetos culturais, 27 projetos audiovisuais e mantendo espaços culturais na região. Em 2019, a previsão de investimento no Polo de Audiovisual da Zona da Mata é de R$ 11,4 milhões”, detalha Botelho, ressaltando que o impacto estimado na economia foi de R$ 29 milhões desde a criação do Polo e que mais de 1.500 pessoas foram contratadas localmente para as produções.
Entretanto, Botelho ressaltou que para superar o cenário hostil à livre iniciativa, é necessário reformar o ambiente de negócios. “Nossos atletas empresários são obrigados a competir carregando em suas costas o peso do Estado obeso, avantajado”, afirmou. “Para bem da nossa indústria é necessário atacar imediatamente os custos ocultos, as normas bizantinas e obrigações acessórias que travam os negócios nacionais”. Ao falar especificamente da situação mineira, Botelho lista como objetivos a serem alcançados a busca do equilíbrio fiscal, a melhoria dos serviços sociais básicos, a implantação de um plano de redução de desigualdades e a melhoria da qualidade de vida da população mais pobre.
No evento, também foram premiados o CEO e chairman da MRV Engenharia, Rubens Menin Teixeira de Souza, agraciado com a medalha de Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outros 15 industriais também foram homenageados com o Mérito Industrial.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Energisa