A Câmara Municipal de Cataguases sediou na noite desta segunda-feira, 4 de novembro, uma Audiência Pública para debater os problemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto em Cataguases. A iniciativa foi da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que atendeu pedido de Alex de Freitas, ex-candidato a vereador pelo PT nas últimas eleições municipais. A reunião foi presidida pelo deputado estadual do PT, Cristiano Silveira, presidente daquela Comissão na ALMG e do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais.
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Diversas lideranças municipais participaram da Audiência Pública, bem como vereadores, inclusive os recém eleitos, como foi o caso de Maguinho Nóbrega, que questionou – sendo a voz de muitos dos presentes e daqueles que acompanhavam a transmissão pela internet – sobre resultados concretos que o encontro proporcionaria quanto ao serviço prestado pela Copasa em Cataguases. Joana D`arc Guimarães e seu irmão, Ary Luiz, também fizeram cobranças e sugestões. Já o presidente do Sindágua, sindicato da categoria, Eduardo Pereira, disse que a empresa vem priorizando o lucro em detrimento da qualidade nos serviços “atendendo a uma estratégia do governo Zema de sucatear a empresa para que possa ser privatizada.”
Os secretários municipais Humberto Valverde (Chefe de Gabinete), Ricardo Mattos (Desenvolvimento Econômico – foto), Tiago Reis (Fazenda), a Procuradora Geral do Município, Júlia Werneck Tartaglia e a advogada Cíntia Garcia (Controladoria Geral do Município), representaram o prefeito José Henriques que estava em viagem a Belo Horizonte. Coube à eles explicarem o que todos queriam saber: a situação atual da Copasa no município. Há quase quatro anos este assunto foi judicializado após o prefeito José Henriques dar início ao processo de encampação da Copasa. Quem esperava uma resposta com data e hora para a empresa deixar Cataguases, ou algo parecido, frustrou-se. Contudo, Ricardo Mattos lançou uma luz no horizonte, dizendo que há possibilidade de um encontro entre as partes para buscar um entendimento sobre um novo contrato, “justo e mais favorável à população cataguasense”.
Sobre a reiterada falta de água em diversos bairros da cidade, o superintendente regional da Copasa, Luiz Eduardo Carvalho (foto), disse que o responsável é o vandalismo que ocorre nos equipamentos da empresa na cidade. Mas garantiu que todo o transtorno que isto causa ao consumidor é resolvido em até doze horas. Outra queixa recorrente que ele respondeu foi sobre o péssimo serviço de recuperação das ruas após a realização de reparos na rede de água e esgoto. Luiz Eduardo culpou as empreiteiras contratadas pela própria Copasa. Acrescentou que, por causa disso, a estatal vem promovendo a substituição destas por outras empresas que atendam às suas exigências. Por fim o superintendente colocou-se à disposição para atuar no sentido de melhorar o serviço prestado em Cataguases pela Copasa.
Após mais de três horas de reunião, o deputado Cristiano Silveira encerrou a Audiência Pública informando que fará encaminhamentos aos citados para que possam tomar as providências visando a solução dos problemas apontados e previu retornar a Cataguases, com nova Audiência, no início de 2025, para avaliar a situação. Ao fim e ao cabo, a reunião terminou sem que a Copasa se comprometesse a normalizar o abastecimento de água no município (entenda-se não deixar faltar água para a população). Muito menos se ela vai deixar Cataguases como deseja 86% da população. Para confortar os cataguasenses, outras cidades também sofrem com o péssimo serviço dessa estatal. É o caso de Além Paraíba, como revelou o vereador eleito Oberdan Moreira Rocha (PT), que aguarda há 13 anos a conclusão do serviço de implantação do serviço de tratamento de esgoto.
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