Comissão da ALMG vem a Cataguases para cobrar explicações da Copasa


Comissão da ALMG vem a Cataguases para cobrar explicações da Copasa

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública na Câmara Municipal de Cataguases, amanhã, segunda-feira, 4 de novembro, às 18 horas, para debater os problemas de abastecimento de água na cidade.

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A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Cristiano Silveira (PT), com o objetivo de cobrar explicações e soluções da Copasa. O problema, porém, é antigo e se agravou depois que o município decretou a encampação da estatal mineira exatamente para por fim a este serviço que não atende a necessidade do consumidor.

Antes disso, diversas iniciativas sem sucesso foram tomadas pela sociedade. Inclusive, no dia 30 de novembro de 2022, foi realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal (sem a participação de representantes da Copasa) para debater a sua encampação pelo município. Até o Ministério Público já ajuizou Ação Civil Pública contra a Copasa por causa de desabastecimento. Isso ocorreu em 2019 e você pode ler aqui.

Poucos dias depois deste gesto do MPMG a justiça determinou que a Copasa realizasse diversas obras no município visando garantir o abastecimento no município. Um ano antes, quando o prefeito José Henriques decidiu assumir a prestação do serviço de abastecimento de água, como forma de solucionar os problemas vividos pelos cataguasenses, que culminou na decisão de encampar a empresa, a Copasa adotou uma nova linha de conduta com o município. Isto ficou claro quando, em outubro de 2022, anunciou investimentos de R$ 200 milhões em diversas cidades vizinhas a Cataguases, sem incluir o município, além de ter tornado mais frequente o problema de falta d`água.

As denúncias de falta d`água chegaram ao conhecimento do deputado estadual Cristiano Silveira que disse quais providências já tomou. “Oficiamos a Copasa e a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado (Arsae) para a retomada do serviço e agora vamos realizar esse debate, na cidade, para entender melhor o que está acontecendo”, explica Cristiano Silveira.

O problema é exatamente este: a população não quer mais a Copasa prestando este serviço que a obriga a conviver com um problema recorrente que é a falta de água, produto essencial à vida humana. Por isso há quase quatro anos aguarda a manifestação da justiça sobre a saída da empresa de Cataguases. Neste sentido, os cataguasenses querem saber informações atualizadas sobre esse processo no judiciário. Se a Audiência Pública der esta resposta aos consumidores cataguasenses, a reunião terá cumprido o seu papel, mas se repetir as anteriores, que nada de concreto trouxeram, será melhor que não aconteça.

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