O escritor, poeta e professor cataguasense, Joaquim Branco, vai lançar no próximo sábado, 15 de junho, a partir das 19h, em sua residência, que fica na Avenida João Inácio Peixoto, 65, no Bairro Granjaria, seu mais novo livro “Zona de Conflito”. Um dos nomes mais respeitados da literatura brasileira e que mantém ativa uma produção intelectual bastante regular, Joaquim apresenta um livro de poemas antenados com o mundo e seus problemas, como ele mesmo define sua obra.
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Trata-se de “um registro que marca as convergências, ações e contradições enfrentadas pela humanidade hoje. A poesia no meio dos acontecimentos mundiais entre o real e o imaginado”, explica despertando curiosidade de quem lhe ouve. Sua análise da obra encontra eco na resenha feita por Antonio Sérgio Bueno que assim define os poemas do novo livro: “… o que importa mesmo ao autor de Zona de Conflito (reprodução da capa abaixo) é a potência que o poema tem de gerar sentidos, não só através das palavras, como também dos signos não-verbais”, diz.
Antonio Sérgio Bueno destaca outra obra “interessante de imagem visual está no poema “A marcha da insensatez” (tão atual), em que os bonequinhos de Ricardo Alphaia contracenam com os soldadinhos de Fernando Abritta de uma forma atabalhoada, em todas as direções. Todos os bonecos estão sem cabeça (alguns as carregam nas próprias mãos) para sugerir a desorientação. Joaquim é um mestre das imagens, mas não permite que elas abafem os sons do poema”, assegura completando em seguida: “Neste livro, são frequentes essas aproximações sonoras tanto em títulos dos poemas (“Ecos do ego” – p.50 ou “Trovas para as trevas” – p.123) como em versos como “NÃO ESTAMOS SÓS / ESTAMOS SUS” do “Poema perplexo”(p.103).”
Após ter se dedicado a publicar obras resgatando a história de Cataguases, Joaquim se reencontra com a poesia neste Zona de Conflito, um livro de poemas crítico, fortemente engajado com a realidade social do Brasil atual, dando uma guinada radical em sua produção literária. Ele apresenta ao leitor sua nova lavra de poemas visuais e textuais, porque suas obras não bastam ser lidas, mas sim visualizadas com atenção especial para perceber a mensagem que cada uma traz no contexto do tema abordado. Em certos casos a sonoridade da palavra em si já é um poema, e se colocada sozinha em uma página em branco, certamente tem um significado ainda maior. Joaquim Branco segue mais afiado e atento ao mundo em que vive e seu livro merece uma boa leitura.
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