Eduardo Antunes Barcelos, advogado cataguasense preso em Juiz de Fora por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, vai deixar a prisão a qualquer momento. O alvará de soltura foi expedido pela justiça neste domingo, 17 de dezembro, conforme informou ao Site do Marcelo Lopes a esposa dele, Bernadete Teixeira. Ele, no entanto, não deve retornar à cidade hoje, o que deve acontecer somente amanhã, 18, ainda segundo Bernadete.
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Dudu Barcelos, como é conhecido, tem 65 anos é advogado militante na comarca e trabalhava como procurador do Hospital de Cataguases quando foi preso por uma equipe da Polícia Federal no dia 27 de janeiro deste ano e levado para Juiz de Fora. Após prestar depoimento e ter sua prisão ratificada pelo juiz, foi conduzido para a penitenciária Ariosvaldo Campos Pires onde permaneceu até este domingo.
Em uma entrevista publicada em um blog do Facebook à época, Dudu contou sobre sua participação nos atos em Brasília que resultaram na sua prisão. Ele publicou vídeos com imagens pessoais no meio da multidão que se aproximava de uma das sedes dos Três Poderes. Na entrevista negou ter participado de qualquer tipo de quebradeira e disse que foi à capital federal para visitar sua filha. “Eu não entrei em prédio nenhum. Não quebrei nada, não sou vândalo”, afirmou na ocasião acrescentando que estas ações teriam sido cometidas por “pessoas infiltradas na manifestação.”
Por telefone Júber Araújo Rodrigues, um dos advogados de Eduardo Barcelos, disse ao Site do Marcelo Lopes ter pedido o relaxamento da prisão de seu cliente “há vários dias” e que nesta semana, o Ministério Público deu parecer favorável à sua transferência para o regime domiciliar o que acabou se concretizando neste domingo com a decisão da justiça. Júber também confirmou que Dudu – apesar de ter perdido quase vinte quilos na prisão e ter passado por uma leve depressão – está muito bem de saúde e chegará a Cataguases nesta segunda-feira, 18.
Ainda conforme Júber Rodrigues, Dudu deve permanecer em prisão domiciliar até o seu julgamento – cuja data ainda não foi divulgada – “mas poderá trabalhar e viver sua vida normalmente”, ressaltou. Ele também será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e deverá cumprir uma série de exigências como não usar as redes sociais, não deixar a cidade, e não ter nenhum contato com outros envolvidos nos atos golpistas.
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