Uma solenidade de gala marcou a inauguração na noite desta quinta-feira, 30 de novembro, em Cataguases, do Animaparque, um potente ecossistema do setor de animação brasileiro e inédito modelo de estúdio-escola de animação da América Latina. Mônica Botelho, idealizadora do projeto e sua maior incentivadora, fez o corte da fita inaugural e também foi a grande homenageada da noite.
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Com o patrocínio de R$ 2 milhões do Grupo Energisa, ele nasce com infraestrutura pronta para receber suas primeiras grandes produções nacionais e internacionais em 2024. E, também, com o curso gratuito de graduação “Tecnologias em Cinema e Animação”, oferecido em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e, também, como parque público aberto para a comunidade.
Foram cinco anos para colocar de pé um projeto que ocupa uma área total de 10 mil m², localizado no Bairro Guanabara e gerido pela Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais (Apolo). O Animaparque nasce com o anúncio da parceria com o estúdio mexicano El Taller del Chucho, do cineasta Guilhermo Del Toro, e vencedor do Oscar de melhor Animação deste ano com o filme Pinóquio – que, em meio à computação gráfica, deu vida nova no cinema para a mágica do stop motion em longas-metragens.
O Animaparque hospedará a produção feita pela Coala Filmes, do animador internacionalmente premiado, Cesar Cabral, com o El Taller del Chucho para rodar o longa “Pinguim Tupiniquim”. Outro anúncio foi o da filmagem do longa “A Marcha dos Girassóis”, também em stop motion e com a participação do principal grupo de bonecos do Brasil, o Giramundo. Todas essas iniciativas mostram as oportunidades que o audiovisual brasileiro pode aproveitar para os próximos anos, começando já em 2024, quando são esperados que o setor de Animação movimente R$14,5 milhões e crie cerca de 500 postos de trabalho diretos, gerando emprego e renda.
Por dentro do Animaparque
Para atender esta demanda, o Animaparque vai contar tanto com o núcleo estúdio quanto o núcleo escola. O primeiro ambiente terá áreas para produção e pós produção de audiovisual, estúdios, laboratório multimídia, áudio e trilhas sonoras, ateliês técnicos de cenografia, arte e figurino, camarins, sala de direção e base de produção.
No núcleo escola, o objetivo é unir prática e qualificação de jovens e de profissionais por meio de um auditório multiuso, três salas de aula, laboratório multimídia, biblioteca-midiateca, área expositiva e salas de gestão. Para usufruir dessa infraestrutura, em parceria com a UEMG, foi criado o curso de graduação “Tecnologias em Cinema e Animação”, que já está em sua segunda turma e se prepara, por meio de um novo vestibular da universidade, para selecionar a próxima leva de 30 alunos para 2024.
“O Grupo Energisa tem um compromisso histórico com a Cultura brasileira. Apoiar a criação do Animaparque é ampliar, ainda mais, os projetos audiovisuais que já existem por meio das iniciativas do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, também patrocinado pela Energisa. Temos orgulho de ver que este estúdio-escola também vai qualificar mais profissionais para atuar no Brasil e no exterior, impulsionar o setor de Animação e ainda valorizar artistas brasileiros”, declara Daniele Salomão, vice-presidente de Gente, Gestão e Sustentabilidade do Grupo Energisa.
De acordo com Cesar Piva, diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata (Apolo), o formato inédito do Animaparque na América Latina permite aprender fazendo. “Com este equipamento, nós estamos associando a formação, a qualificação e a produção audiovisual em um só lugar. Para entrar no mundo do cinema, é preciso ter um ambiente de produção que permita realizá-la. Queremos ver mais transformações de vida por meio da Cultura, de melhoria para profissionais que cresceram na região e hoje têm a oportunidade de se especializar e de empreender graças a essa iniciativa”, afirma Piva.
Projeções para o setor audiovisual brasileiro nos próximos anos
– Com as políticas públicas na Ancine e no Ministério da Cultura, o ano 2023 alcança a cifra de R$ 2 bilhões de investimentos no setor audiovisual;
– Está se finalizando em todo o país a realização de editais estaduais e em centenas de municípios brasileiros, envolvendo um total de R$ 3,6 bilhões de reais, sendo que 70% desses recursos irão exclusivamente para fomento à produção audiovisual;
– Com o total de R$ 5,6 bilhões (os dois valores acima), em 2024 o mercado audiovisual brasileiro, a estimativa é de que estarão em produção mais de 500 grandes obras audiovisuais no Brasil, o que pode movimentar uma média de 100 postos por produção, mais de 50 mil postos de trabalho diretos;
– Em Minas Gerais serão R$ 378 milhões, sendo R$ 182,3 milhões para projetos a serem executados pelo estado e R$ 195,8 milhões voltados para 839 municípios;
– Apenas no Polo Audiovisual da Zona da Mata Mineira, somente com os projetos selecionados em 2019 no edital de Coinvestimentos Regionais – Ancine, estarão em produção em 2024, com recursos já captados: o longa metragem de animação “Ana, en passant” (R$ 6 milhões), o longa de ficção “A professora de francês” (R$ 2.1 milhões), a série de animação “Cosmo, o cosmonauta” (R$ 1,9 milhões) e o documentário “Maria Alcina, alegria Brasil” (R$ 1 milhão): Total: R$ 11 milhões. Considerando esse valor final que estará em execução em 2024, a estimativa é de que 40% fique retido na economia regional, o que corresponde a R$ 4,4 milhões e geração de mais de 400 postos de trabalho diretos;
– Apenas com as novas parcerias estratégicas anunciadas na inauguração do Animaparque, com os longas “Pinguim Tupiniquim”, da produtora Coala Filmes (SP), e “A marcha dos girassóis”, da Tubz Estúdio Audiovisual (MG), a expectativa é de gerar outros 100 postos de trabalho em 2024.
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*Com informações e fotos da Energisa Minas Rio.