A Polícia Civil de Minas Gerais realizou na manhã desta terça-feira, 1º de agosto, na Delegacia em Cataguases, uma coletiva de imprensa para esclarecer dois crimes recentes ocorridos na cidade. O primeiro levou à morte Izabella Lima de Oliveira, de 35 anos, após ser brutalmente atropelada por um veículo enquanto passeava com seu cachorro. O segundo aconteceu dia 24 de julho último quando Alessandra Estefane da Rocha Machado, de 25 anos, foi encontrada morta no quintal da casa onde morava.
O delegado regional de Polícia Civil, Diego Candian Alves (foto ao lado) e o delegado responsável pelos dois casos, Diego Mattos de Vilhena, juntamente com investigadores, perito e escrivã conduziram a entrevista que começou explicando o caso que vitimou Izabella ocorrida no dia 2 de julho último. Conforme divulgado por este site, naquela noite Izabella foi atropelada por uma caminhonete Amarok que não parou para socorrê-la. O condutor do veículo foi identificado, localizado e preso horas depois em Juiz de Fora. Trazido para Cataguases no dia seguinte, está preso preventivamente. Chamou a atenção também o número de ocorrências policiais em que ele está envolvido de 2019 até julho deste ano: 48.
Conforme contou Diego Mattos, as apurações da Polícia Civil indicaram que o autor deste atropelamento teria ingerido bebida alcoólica durante todo o dia, bem como consumido drogas e, portanto, estava dirigindo sob influência de álcool. Além disso, o rapaz dirigia sem Carteira de Habilitação que havia sido cassada devido a infrações anteriores. A Perícia Técnica da Polícia Civil também divulgou que o veículo atinge a vítima a uma velocidade superior a 90 km/h. Em depoimento, o autor contou ter ouvido um barulho e que sua namorada lhe falou que havia atropelado um cachorro. Ela vai responder por omissão de socorro, “porque poderia ter feito contato com as autoridades locais para informar acerca do atropelamento”, acrescentou aquele delegado. O autor foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso qualificado por ter gerado perigo comum, embriaguez ao volante, desacato, fugir do local do sinistro e por uso e consumo de entorpecentes.
Sobre o caso Alessandra, a Polícia Civil esclareceu que sua morte ocorreu por volta das 3h30min do dia 24 de julho. Conforme as investigações, o crime teria sido cometido pelo companheiro da vítima por “vingança”, por acreditar que ela mantinha um relacionamento extraconjugal. Os dois estavam juntos havia cinco anos e têm um filho em comum, acrescentou Diego Mattos (foto ao lado). O corpo dela foi encontrado no quintal, nos fundos da residência e envolto em um edredom. A Perícia acrescentou que ainda aguarda a conclusão do laudo de necrópsia para afirmar com certeza qual a causa de sua morte, “mas ela veio a óbito em virtude de politraumatismo” salientou Diego.
Apos fugir, o suspeito avisou por telefone a irmã sobre o ocorrido. Na segunda-feira após o crime, a Polícia tentou prendê-lo em flagrante, mas não foi encontrado. Posteriormente ele se apresentou à Delegacia com seu advogado para prestar depoimento, entretanto, preferiu ficar em silêncio. A Polícia Civil obteve na justiça o mandado de prisão contra ele e no começo da tarde desta segunda-feira, 31 de julho, conseguiu localizá-lo, momento em que ele se entregou e está preso preventivamente, detalhou o delegado Diego Mattos. Agora preso – completou o delegado regional – ele vai responder pelo crime e pode ser condenado de doze a trinta anos de prisão”, finalizou.
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