“Não tem graça ganhar dinheiro destruindo o meio ambiente.” Esta afirmação é do diretor da Miba Industrial Bearings Brasil, Pedro Paulo Almeida, em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes para apresentar o sistema de geração próprio de energia solar da unidade. Este pensamento, porém, não é apenas dele. Na prática sintetiza a filosofia dos grandes conglomerados mundiais, que têm como um de seus princípios a preservação do meio ambiente. Um cenário desafiador e que contribui para tornar a empresa mais competitiva no mercado em que atua.
A Miba Cataguases adquire a energia que consome mediante negociação livre no mercado onde obtém preços melhores e escolhe qual energia comprar. No caso, a eólica, que é totalmente limpa, conta Pedro Paulo. Em 2021 a unidade em Cataguases decidiu investir em energia solar para se tornar mais competitiva e estar contribuindo para o cumprimento da Missão do Grupo Miba: “Tecnologia para um planeta limpo “ além de adotar outros processos de melhoria interna nas áreas administrativa e operacional que reduziram custos e foram em direção a esta Missão. “Porém, com o surgimento da guerra na Ucrânia a empresa, a nível mundial, freou os investimentos e nós fizemos um trabalho de convencimento junto à matriz de que aqui no Brasil era preciso continuar por causa da mudança prevista na legislação”, revela Pedro Paulo. “O projeto foi aprovado e em 2022 pudemos realizá-lo”, completa
Para isso a Miba investiu quase R$ 1 milhão, utilizou 3.600 metros quadrados de sua área interna para acomodar as placas fotovoltaicas e fez uma obra que terminou após noventa dias, mais o período de testes, conta Rafael Gonçalves Soares, Supervisor de Manutenção e Engenharia Industrial. Ele trabalhou com os técnicos da empresa – A.nerge, também de Cataguases – responsável pela implantação do projeto solar específico para a Miba, já que a produção de energia não pode ser maior do aquela consumida, explicou. Antes disso, a empresa realizou internamente um trabalho de eficiência energética que trocou 120 luminárias que consumiam três vezes mais do que as atuais, substituiu aparelhos de ar condicionado e a iluminação da área externa da fábrica passou a ser feita com energia solar.
“Tudo isso nos ajuda a crescer e a sermos mais competitivos no mercado externo”, diz Pedro Paulo lembrando que atualmente 45% de tudo o que a unidade de Cataguases produz, é exportado. Hoje os produtos aqui produzidos chegam até aos mercados da Alemanha, Estados Unidos, Índia e também Austrália. Inclusive, no dia em que esta matéria estava sendo realizada um representante da empresa visitava a Malásia após uma passagem pela Índia. “Eles estão abertos para nossos produtos porque não tem muitas empresas no mundo com este mesmo nível de qualidade e portfolio de produtos. E aí todos os esforços que a gente faz é pra criar mais competitividade e a empresa poder crescer e vender mais aqui e lá fora”, explica Pedro Paulo.
Paralelamente a empresa investe muito em treinamento de sua equipe, conforme conta o gerente industrial, Gustavo Oliveira Almeida. “Adotamos o Lean, que é uma das mais poderosas metodologias utilizadas para aumentar a produtividade, reduzir tempos de ciclo e os custos da operação de forma simples e rápida. Com isso a gente já tá aplicando essa metodologia dentro do nosso processo tanto administrativo quanto operacional. Dessa forma – completa – temos profissionais capacitados a tomarem a frente de projetos dentro da empresa contribuindo para alcançar este objetivo que é o de tornar a a Miba ainda mais competitiva no mercado.”
Ilha Verde
Em outra frente a empresa adotou um projeto criado por Rafael, chamado “Ilha Verde” que reaproveitou 10 mil litros de óleo solúvel de máquinas de usinagem e que iria ser jogado fora em locais apropriados para tal. Com isso, este óleo reciclado voltou pro processo deixando de ser rejeito. Hoje esta iniciativa está inscrita no prêmio anula de inovação do Grupo Miba. E esse ano Rafael tem como meta reduzir a emissão de CO2 da fábrica em Cataguases. A empresa sabe quanto emite e quanto vai reduzir e, neste sentido, já mantém uma grande área de reflorestamento às margens do rio Pomba, que passa nos fundos da empresa. “Com essas ações a gente também desperta esta consciência preservacionista no funcionário e cria uma cultura, formando uma ilha de excelência”, finaliza Pedro Paulo.
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