Carlos Delfim Soares Ribeiro, vereador de Muriaé, foi condenado a cinco anos e quatro meses de reclusão por envolvimento em um esquema de rachadinha operado na Câmara Municipal. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ele é apontado como principal responsável pela prática do crime.
A pena será cumprida no regime semiaberto, sendo mantido o afastamento dele do cargo público. O caso foi julgado pela Vara Criminal da Comarca de Muriaé.
O vereador, de 41 anos, ainda responde criminalmente por outros 178 crimes de peculato e dois delitos de lavagem de dinheiro, ação que ainda está em andamento no Poder Judiciário.
Carlos Delfim já vinha sendo alvo do Ministério Público desde fevereiro de 2022, quando uma ação pedia o afastamento cautelar do vereador por ato de improbidade.
Operação Catarse
O parlamentar foi um dos investigados dentro da Operação “Catarse”, iniciada em 2021, com participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé e polícias Civil e Militar.
Segundo o Ministério Público, servidores públicos eram forçados a repassarem parte dos vencimentos a vereadores. Os funcionários também eram coagidos para realizarem empréstimos bancários para a concretização dos delitos.
Dessas vítimas, algumas declararam que ficaram endividados e chegaram a adoecer em razão das ameaças indiretas perpetradas pelos investigados.
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Fonte e foto: g1 Zona da mata