A Câmara Municipal de Cataguases realizou na noite desta quarta-feira, 30 de novembro, audiência pública para discutir a encampação da Copasa pelo município. O evento foi motivado devido a tramitação naquela Casa Legislativa de projeto de lei de autoria do Executivo, propondo que o município assuma a prestação do serviço de água e esgoto em Cataguases. Atualmente apenas o abastecimento de água é realizado pela empresa que é alvo de muitas críticas por parte da população devido a constantes interrupções no fornecimento de água em bairros da cidade e, principalmente, pela cobrança da taxa de tratamento de esgoto, que até hoje não é realizado pela Copasa.
Convocada pelo vereador Rogério Filho, que presidiu a sessão, estiveram presentes o prefeito José Henriques, os secretários municipais de Obras, José Maria Sasso e o de Agricultura e Meio Ambiente, Rogério Farage, bem como o assessor especial Ricardo Mattos, advogados, além de lideranças comunitárias, e diversos vereadores. O objetivo foi debater se a encampação é a melhor solução frente aos problemas enfrentados pela população há anos, e o seu impacto na vida dos cidadãos. Outro fator importante é a respeito do preço cobrado pelo serviço, que deverá ser menor do que o atual, projeta a prefeitura.
Tema recorrente em Cataguases, a Copasa já foi – inclusive – alvo de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na administração anterior, que teve à frente os então vereadores Maria Ângela Girardi e Hercyl Neto. O excelente trabalho daquela CEI permitiu à população comprovar as inúmeras falhas no serviço prestado por aquela estatal, através de um minucioso e detalhado relatório final, apontando para a necessidade de mudanças por parte da empresa visando atender, de fato, a população.
Como nada mudou na prestação do serviço pela Copasa e os problemas continuam, o atual prefeito, José Henriques, desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2021, acionou a empresa na justiça e, mais recentemente, decidiu por sua encampação. Com a realização desta audiência pública o presidente da Casa, vereador Felipe Ramos, já pautou a votação do projeto de lei sobre o assunto para a próxima sessão ordinária, que vai acontecer no dia 6 de dezembro. Essa agilidade do Legislativo encurta o sofrimento daquela parte da população que fica sem água com frequência, além de trazer economia, já que uma vez aprovada a encampação, será dado mais um passo para interromper a cobrança da taxa de esgoto, considerada injusta e descabida pelo consumidor que não recebe o serviço.
LEIA TAMBÉM
Arsae-MG autoriza reajuste nas tarifas da Copasa
Comissão de Inquérito sugere o rompimento do contrato com a Copasa