A partir de 2023, a lista de cursos de graduação oferecidos pela UFV será ampliada. Em sua última reunião, no dia 8 de agosto, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) aprovou a criação, no campus Viçosa, do curso de Engenharia Física, já com disponibilidade de vagas para o próximo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A entrada no curso se dará pela Área Básica de Ingresso (ABI) em Física.
Nessa modalidade, o estudante cursa um ciclo básico de disciplinas generalistas para, depois de um ano, decidir por uma formação acadêmica específica. No caso da Engenharia Física da UFV, a entrada se dará pelo curso de Física ABI (integral) e, ao final do primeiro ano, os estudantes deverão optar por uma das seguintes modalidades: Bacharelado em Física, Licenciatura em Física ou Engenharia Física, para a qual serão disponibilizadas 20 vagas anuais.
A decisão do Cepe foi celebrada pelas comissões coordenadoras dos cursos de Física e de Licenciatura em Física do campus Viçosa. O coordenador do curso de Física, Jakson Miranda Fonseca, que liderou o processo até a sua aprovação, conta que, embora a Engenharia Física seja um curso recente no Brasil – o primeiro foi criado no ano 2000 – ela é muito tradicional no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira turma é de 1924. A razão desta tradição, em sua avaliação, se deve ao fato de o curso ser bastante generalista e, como tal, possibilitar especializações diferenciadas, ligadas às engenharias e áreas afins.
No caso da UFV, a formação do engenheiro físico se dará com o apoio de diversos departamentos. A espinha dorsal do curso, conforme explica Jakson, será o Bacharelado em Física, mas o estudante contará com um conjunto de disciplinas obrigatórias e optativas oferecidas pelos departamentos de Física, Matemática, Química, Informática, Administração e Contabilidade, Economia, Arquitetura, Estatística, Biologia Geral, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção e Mecânica, Engenharia Civil e Engenharia Agrícola.
“A formação transdisciplinar permitirá uma ampla atuação do profissional – da pesquisa ao mercado -, podendo atuar em diferentes áreas, por exemplo nas de grande impacto tecnológico que exigem um conhecimento profundo de Física”, avalia o professor. Jakson destaca ainda que o engenheiro físico formado pela UFV poderá ganhar um diferencial importante pela proximidade com as ciências agrárias, em que a Universidade já tem tradição e grande reconhecimento.
A rede de apoio que envolve a criação do curso de Engenharia Física explica o fato de que a proposta de sua criação não representa um ônus para a Universidade que, a exemplo de outras instituições federais de ensino, vive um contexto econômico tão difícil. “Construímos uma proposta que otimiza todos os recursos físicos e de pessoal da instituição”, conta o professor Jakson. Com a aprovação do curso e também de seu projeto pedagógico pelo Cepe, no último dia 8, restam agora os ajustes finais para que os estudantes possam optar, a partir do Sisu 2023, por mais esta formação oferecida pela UFV.
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Fonte: UFV | Foto: Folha da Mata