As forças de segurança de Minas Gerais formadas pelas Polícias Militar, Civil e Penal, Corpo de Bombeiros e agentes socioeducativos estão em greve desde a última segunda-feira, 21 de fevereiro, por reajuste salarial. Os policiais pressionam para que o governo envie, ao Legislativo estadual, um projeto de lei para concretizar a recomposição dos vencimentos.
Em novembro de 2019, representantes das forças de segurança, integrantes do governo estadual e deputados assinaram acordo sobre a recomposição salarial. O pacto previa a reposição das perdas inflacionárias em três parcelas: 13% foram repostos em julho de 2020; em setembro de 2021, seriam acrescidos mais 12%; a última parcela, também de 12%, estava prevista para setembro deste ano.
Apesar disso, alegando inconstitucionalidade, Zema vetou o segundo e o terceiro reajustes. Apenas a primeira fatia, de 13%, entrou na conta dos agentes. O projeto que tratava do tema foi o mesmo a receber emenda estendendo a reposição salarial a todos os servidores. Quando barrou o aumento geral, o governador também retirou do texto as parcelas prometidas às polícias para 2021 e 2022.
Situação em Cataguases
Com a paralisação em andamento os reflexos dela junto à população de Cataguases começam a serem sentidos. Este, pelo menos, é o resultado da apuração feita pelo Site do Marcelo Lopes junto às forças de segurança do município nesta quarta-feira, 23. A Polícia Militar está operando normalmente, inclusive com atendimento ao público. A Polícia Civil reduziu para dez vistorias por dia em veículos, além de atuar somente em investigações com réu preso, flagrante, violência doméstica e crimes violentos. No presídio de Cataguases todos os policiais penais ocupam os postos fixos da unidade. Porém, estão sendo efetuadas apenas escoltas judiciária e de emergência e seguindo o que determina o Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional – ReMP – para cada procedimento.
Fonte: Estado de Minas | Foto: Jornal da Cidade