Andar pelas estradas da região nesta época do ano está cada vez mais arriscado. As constantes e fortes chuvas que têm caído sobre as cidades da Zona da Mata como Cataguases, Leopoldina e Muriaé, apenas para citar algumas, desde dezembro do ano passado, estão deteriorando rapidamente estas vias importantes de tráfego e exigindo atenção redobrada dos motoristas, além de velocidade abaixo da média. Isso porque na próxima curva o condutor pode ser surpreendido com uma cratera nova ocupando boa parte da pista de sua mão de direção.
Exemplos não faltam como, por exemplo, o trecho da BR-116, em Leopoldina, na conhecida e temida Serra da Vileta, onde são frequentes os acidentes mesmo com a estrada em boas condições. Neste domingo, o site parceiro O Vigilante Online publicou um princípio de afundamento de pista no km 776 daquela rodovia, sentido Além Paraíba (foto principal e vídeo acima). A Polícia Rodoviária Federal foi informada por aquele Site e se comprometeu a notificar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para tomar providências.
Também neste domingo, 20 de fevereiro, um leitor denunciou ao Site problemas na ponte onde os rios Novo e Pomba se encontram, na MGC-120, pouco antes do trevo de entrada para Itamarati de Minas (foto acima). Segundo ele, no início da ponte há um buraco “muito grande” fruto da erosão do local. Ainda conforme o leitor, se nada for feito imediatamente, o buraco vai aumentar e, em pouco tempo, parte da pista ficará comprometida prejudicando o tráfego e colocando a vida dos que ali passam em risco.
Em outra estrada, a MG-447, que dá acesso a Miraí, mais um grave problema foi detectado na última sexta-feira, 18. Aquele trecho da rodovia registra – com frequência – problemas na pista, como aparecimento de buracos provocados pela erosão sob a camada de asfalto. Naquele dia, próximo à entrada para o Distrito da Glória um morador da região fez um vídeo (que você pode ver ao final desta matéria) mostrando a queda parcial da lateral da estrada que comprometeu toda a pista de quem segue para Miraí (foto acima). Percebendo a gravidade, ele mesmo fez uma sinalização primária na via, para alertar os motoristas.
Fato é que as precárias condições das estradas da região estão colocando em risco a vida de quem circula por elas. O DEER-MG, responsável pela manutenção das estradas estaduais, sabe dos problemas, mas, até agora não vem atendendo a esta demanda com a urgência necessária. Não se vê nas rodovias sob a sua responsabilidade, nenhuma ação – ao menos paliativa – para o problema. O DNIT, por sua vez, mesmo tendo – muitas vezes – uma resposta mais célere aos problemas nas estradas federais na região, está longe de ser um exemplo. Resumindo, quando estes órgãos deveriam agir com rapidez e eficiência para evitar danos maiores nas rodovias e, principalmente, acidentes com eventuais perdas de vidas, não conseguem cumprir suas obrigações.
