Durante o mês de agosto acontece, em todo o Brasil, a campanha Agosto Lilás. A iniciativa nasceu com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher, incentivando as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e até patrimoniais. Neste ano em especial, o Agosto Lilás comemora também os 15 da Lei Maria da Penha.
A violência contra as mulheres é uma violação de direitos humanos e um grave problema de saúde pública. Ela pode trazer como consequências: mortes, lesões, traumas físicos e vários tipos de agravos mentais e emocionais. Além disso, diminui a qualidade de vida das mulheres e de suas famílias, gerando prejuízos à sua autonomia e seu potencial como pessoa e cidadã. A violência pode também provocar doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, distúrbios sexuais, depressão, entre outros agravos.
Em Cataguases o “Agosto Lilás” também será comemorado, conforme informou a Secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Carolina Damasceno. “A gente sabe o quanto é importante frisar bastante sobre a questão da violência contra a mulher e, por isso, o pessoal da Casa de Maria, estão terminando de produzir alguns vídeos informativos a respeito desse tema e vamos, também, fazer uma live, cuja data vamos divulgar nesta semana que se inicia”, contou por telefone.
A Lei Maria do Penha completa 15 anos
Também em agosto a Lei Maria da Penha completa 15 anos de existência. A lei que entrou em vigor em 7 de agosto de 2006, leva o nome da farmacêutica cearense Maria da Penha, atualmente uma das principais ativistas na luta pelo fim da violência contra a mulher. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a Lei é a terceira melhor e mais avançada no mundo em relação ao enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres.
Pesquisas indicam que 98% da população brasileira já ouviu falar na Lei Maria da Penha e 70% consideram que a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, mais de 212 mil novos processos registrando casos de violência doméstica e familiar foram abertos em 2016. E mais de 280 mil medidas protetivas foram proferidas para proteger as mulheres em situação de violência.
Fonte: Blog da Saúde | Foto: Sindusfarma