A Fiscalização Municipal interditou no começo da tarde deste sábado, 22 de maio, o bar Ponto R, localizado na Avenida Guido Marlière, em Cataguases, por descumprir o decreto municipal nº 5.348/M, que trata das medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O local foi alvo de aglomeração na noite anterior conforme revelam diversas fotos (veja abaixo) e vídeos que viralizaram nas redes sociais. Na sexta-feira, 21, Cataguases bateu recorde de novos casos de covid-19, com 103 registros.
Segundo o setor de fiscalização, o referido bar havia sido notificado outras vezes por extrapolar o horário de funcionamento e por excesso de pessoas em seu interior. O órgão também informou ter recebido as primeiras denúncias ainda de madrugada, e pela manhã esteve no local e autuou o bar em três UFM`s (Unidade Fiscal do Município) equivalente a R$ 1.040,55. A ação foi acompanhada pela Polícia Militar e o recinto ficará fechado por pelo menos quinze dias, ainda de acordo com os fiscais responsáveis pela interdição.
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A punição, porém, pode ser ainda maior para o estabelecimento, já que o caso será encaminhado na próxima segunda-feira, 24, para o Ministério Público apurar possível crime contra a saúde pública. Com isso, acrescentaram os fiscais, o bar pode ficar fechado por um período ainda maior, até que a Promotoria de Justiça da área de Saúde da Comarca se manifeste a respeito. 
Desde o início da pandemia a equipe de fiscalização municipal vem agindo com um setor de inteligência fiscalizando as redes sociais a fim de encontrar eventos como este ou festas para poder atuar de forma preventiva. Alguns êxitos foram alcançados, revela o chefe do setor, Felipe Dutra, citando o cancelamento de uma festa de aniversário que seria realizada em um sítio, que foi feita pela PM, e que bares transmitissem na noite deste sábado, o jogo entre Flamengo e Fluminense, completou.
Os proprietários do Bar Ponto R lamentaram o ocorrido em mensagem enviada ao Site. “Ontem a situação infelizmente saiu do controle (…), a gente está muito sentido com esta situação e jamais a gente queria desrespeitar ninguém. Por isso pedimos desculpas pelo constrangimento causado. A Fiscalização e a Polícia fizeram o seu papel e a gente agradece à eles por isso, bem como aos médicos e enfermeiros que estão na linha de frente. Mas a gente não está obrigando ninguém a ir ao bar. O pessoal tem que se conscientizar que se o bar tá cheio, não entra, volta para casa.(…) Jamais foi intenção nossa descumprir o decreto (…) mas é difícil de evitar as pessoas chegarem no bar, ficar do outro lado da rua consumindo, aglomerando e eu mandar sair, também não posso. (…) A gente tá apertado. Tá todo mundo com a corda no pescoço. Em um ano a gente trabalhou quatro a cinco meses. Tá todo mundo arrochado. A gente só quer trabalhar tranquilo”, finaliza.
Fotos reproduzidas das redes sociais.
