A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), coordenada pela Polícia Federal (PF), prendeu nesta quinta-feira, 08 de outubro, dois suspeitos, de identidades não reveladas, em Muriaé e Fervedouro. As prisões ocorreram durante a Operação “Alegria” realizada contra uma organização criminosa comandada por servidores e advogados, suspeitos de montar um esquema de corrupção em unidades prisionais de Minas Gerais.
De acordo com a PF, houve uma prisão em Muriaé (foto acima mostra um detento sendo levado a depor) e outra em Fervedouro. Nesta última cidade, ainda foi cumprido um mandado de busca e apreensão. A assessoria da PF informou que “não divulga identidade de investigados/presos”.
Em todo o Estado, a Força Tarefa cumpriu mandados em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Ouro Preto, Passo, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano.
Esquema
Segundo as investigações, uma organização criminosa comandada por servidores públicos e advogados, negociava vendas de vagas em unidades prisionais e pavilhões de Minas Gerais, além da facilitar a entrada de objetos não permitidos e outras práticas ilícitas.
Ainda de conforme as apurações da Ficco, que é composta pelas polícias Civil e Penal de Minas Gerais e Departamento Penal Federal, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades, mediante pagamento dividido entre os líderes da organização criminosa, além de serem colocados em alas ou pavilhões com benefícios.
Os alvos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão. As penas podem chegar a 20 anos de reclusão.
Operação “Alegria”
A operação, batizada de “Alegria”, é uma alusão à forma cômica como os integrantes da organização criminosa se referem ao Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, chamado de “Nelson Alegria”.
Fonte: G1 Zona da Mata | Foto: Rádio Muriaé
