A Polícia Civil de Minas Gerais, através da 27ª Delegacia de Cataguases, elucidou o homicídio de Eduardo Ladeira Salgado, o Ducal, ocorrido sábado, 11 de julho. O corpo dele foi encontrado carbonizado em sua residência, na manhã de segunda-feira, 13, em avançado estado de decomposição.
De acordo com o delegado Marcelo Manna, titular da Delegacia de Polícia Civil em Cataguases, o crime aconteceu por volta das 14h30min de sábado, 11. Câmeras instaladas nas imediações captaram imagens do suspeito entrando na residência da vítima, onde permaneceu por cerca de trinta e cinco minutos, deixando o local logo depois. Ducal foi encontrado somente na manhã de segunda-feira, sem vida e com parte do corpo carbonizado.
Com base nas imagens captadas por câmeras de segurança, os investigadores da Polícia Civil conseguiram traçar o percurso percorrido pelo suspeito após sair da residência da vítima. Conforme Marcelo Manna, na última quarta-feira, 15, a equipe de investigadores cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. No local foram encontrados retalhos de camisa e bermuda parcialmente carbonizados, cujas investigações comprovaram que eram as roupas que ele usou no dia do assassinato. “Ele queimou as roupas com o objetivo de destruir provas do crime e com isso dificultar os trabalhos investigativos e, consequentemente, a sua identificação, uma vez que ele sabia que câmeras registraram o suspeito saindo da residência da vítima”, contou o delegado.
Intimado a prestar depoimento, o suspeito assumiu a autoria do crime e ainda acrescentou que subtraiu a quantia de R$350,00 que pertencia a vítima. Segundo contou, o motivo do crime teria sido uma discussão que teve com Ducal na residência dele que culminou em luta corporal, tendo desferido três golpes na cabeça dele com um pedaço de madeira. Com receio de que pudesse deixar vestígios na cena do crime, o suspeito colocou um colchão sobre o corpo da vítima, ateou fogo e, logo em seguida, fugiu do local.
O Laudo de Necropsia – informa Marcelo Manna – apontou a causa da morte como sendo traumatismo cranioencefálico por múltiplos golpes na cabeça. A Polícia Civil ainda aguarda exame complementar para avaliar se a vítima sofreu queimaduras ainda em vida. Nos próximos dias, acrescenta o delegado, o inquérito policial será encaminhado à justiça. Participaram das investigações os delegados Marcelo Manna e Diego Mattos de Vilhena, o Subinspetor daquela Delegacia Leonardo Pessanha e os investigadores Ivando Inácio Ribeiro e Rafael Marcelino Barreto.