Sem condições de tráfego e após três enchentes consecutivas, a ponte que dá acesso à localidade de Sinimbu, em Cataguases, foi interditada pelo prefeito Willian Lobo de Almeida. No final da tarde desta sexta-feira, 06 de março, ele esteve no local juntamente com a equipe da Defesa Civil que vistoriou toda aquela estrutura indicando em seguida sua interdição, sendo acatada imediatamente por Willian que anunciou a medida em uma postagem na fanpage da Prefeitura de Cataguases, no Facebook.
A interdição tornou-se necessária depois que a ponte apresentou um afundamento em algumas de suas colunas de aproximadamente quarenta centímetros, conforme explicou o prefeito, colocando toda a estrutura em risco de desabamento. O problema é que Willian não disse o que todos os atingidos por esta decisão querem saber: quando a ponte será reformada e reaberta ao tráfego de veículos? A partir de agora, quem quiser ir a Sinimbu precisará ir até ao Horto Florestal e, de lá, seguir adiante em estrada de terra.
Um dos moradores do distrito de Cataguarino, vizinho de Sinimbu, Robson Silva, criticou a decisão de interditar a ponte na postagem oficial da prefeitura naquela rede social. “Sempre pedi pra fecharem ela (a ponte) pra carros e motos, deixaram ela escancarada para caminhões, tá aí o resultado, não culpem a enchente, essa ponte aguentou 12 anos, se tivessem feito algo não chegaria a este ponto (sic)”. Ele, aliás, vem alertando sobre o problema na ponte há anos como revela a postagem abaixo, de 2014, em um grupo naquele mesma rede social.
A proprietária de um bar naquela localidade, Lilian Peres, também se manifestou a respeito, criticando a demora das autoridades em tomar uma decisão sobre o problema. “Precisou chegar a esse ponto pra irem lá. Não é de hoje que pedimos intervenção dos órgãos responsáveis. Sou proprietária do bar que até hoje, desde a primeira enchente está fechado, e olha que corri atrás para melhorias no local. O descaso com a população do local é enorme, cansamos de pedir melhorias e nada.” E completou em seguida, afirmando que “não vou desistir de cobrar, quero providências já, não temos como manter essa situação por mais tempo (…) e vou dar em cima sim, até ver que nossa luta está obtendo resultado, e o local não seja mais esquecido.”