Choveu muito em Cataguases no mês de janeiro. Foram 437 milímetros, conforme informa o pluviômetro da BAUMINAS, que através do geólogo Alfredo Mucci, repassou os dados coletados, bem como a variação de chuva no mesmo mês desde 2010 até o final de janeiro de 2020. O fato curioso neste caso fica por conta de que 2020 não foi o janeiro mais “molhado” da década; ele ficou em terceiro lugar segundo as aferições feitas por aquela empresa.
De acordo com as medidas reveladas pelo pluviômetro, o ano em que Cataguases teve mais chuva em janeiro foi 2012, com 594 milímetros. Aquele também foi registrada uma grande enchente em Cataguases. Depois dele, o segundo maior volume de chuva, ainda conforme as medições da BAUMINAS, ocorreu em 2016, com 451 milímetros. Estas aferições mostram, em comum, que os anos que antecedem a um grande índice pluviométrico foram precedidos por janeiros “secos”.
Se fosse o caso, daria pra pensar que a natureza compensou a “seca” do ano anterior. O mesmo fenômeno ocorreu em 2011 quando foram registrados 181 milímetros de chuva. Já em janeiro de 2015 choveu apenas 58 milímetros (era o auge do que ficou conhecido como crise hídrica). A confirmação da “compensação” da natureza ocorreu também este ano já que em janeiro de 2019 choveu apenas 71 milímetros em Cataguases.
Enchente, como é do conhecimento da população cataguasense, ocorre devido a muita chuva nas cabeceiras do rio Pomba aliada com grandes precipitações também no município. Mas a chuva que cai somente sobre a cidade raramente trará cheias como a registrada no último dia 24 de janeiro. Em 2019 choveu 1.491 milímetros em Cataguases o que corresponde a uma média de 124,25 milímetros por mês.
A previsão para fevereiro também é de muita chuva e, se confirmada, será o “ponto fora da curva” na média registrada nos últimos dez anos em Cataguases. Conforme apontam os registros do pluviômetro da BAUMINAS, nos últimos dez anos, fevereiro foi mais seco com média de 84,5 milímetros de chuva sobre Cataguases. Em contrapartida, março apresentou no mesmo período de aferição, índice pluviométrico bem maior. De novo a tal da “compensação”?