O Hospital São Paulo, em Muriaé, realizou nesta quinta-feira, 30 de janeiro, pela primeira vez, uma captação de coração para transplante. Além deste órgão, foram captados da paciente, que teve morte cerebral, outros órgãos como rins, pâncreas e fígado. A tarefa contou com o auxílio do Hospital Felício Rocho e da MG Transplantes, que vieram de Belo Horizonte para acompanhar a retirada dos órgãos e o encaminhamento deles para a instituição.
O transporte contou com a participação de uma aeronave da Polícia Militar de Minas Gerais. Não há mais informações sobre a pessoa doadora dos órgãos.
No dia 12 de dezembro o mesmo hospital também realizou sua primeira cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio sem o uso de circulação extracorpórea, ou seja, sem necessidade de interrupção dos batimentos cardíacos através da transferência das funções vitais do órgão para a “máquina de circulação extracorpórea”.
Esta técnica é geralmente utilizada em procedimentos cardíacos de alta complexidade e, apesar de mais complicada, traz muitos benefícios ao paciente como: menor tempo de permanência na UTI, redução dos riscos de infecção, de distúrbios de coagulação sanguínea e disfunção renal e hepática. A intervenção durou 2h30min, o paciente saiu respirando espontaneamente da sala de cirurgia e teve alta médica em cinco dias, sendo que, se fosse realizado pelo método tradicional, o tempo de internação seria bem maior para este tipo complexo de procedimento.
Fonte: Jornal O Vigilante Online, com informações de Silvan Alves e Hospital Muriaé
