Participantes e moradores assistem com Lília Cabral, em Piacatuba, ao filme Maria do Caritó


Participantes e moradores assistem com Lília Cabral, em Piacatuba, ao filme Maria do Caritó

Carinho e felicidade. Estas duas palavras talvez sejam a que melhor define a exibição do filme “Maria do Caritó” em Piacatuba, distrito de Leopoldina. A apresentação aconteceu na noite desta quarta-feira, 20 de novembro, na praça da Cruz Queimada, sob uma enorme tenda que ficou lotada por um público formado, em sua maioria, por participantes do longa. Nem o tempo chuvoso atrapalhou o evento que fez parte do segundo dia do Festival Ver e Fazer Filmes. Lília Cabral, a protagonista da obra, esteve lá, conversou com muitos dos que atuaram com ela no filme a quem chamou de “colegas de trabalho”.

Foi um momento de reencontro com a atriz com quem aquelas pessoas conviveram durante quarenta e cinco dias. Além disso, a ansiedade e a apreensão de se verem na tela era grande. Pelo menos para as irmãs Maria Aidê de Roma Silva Chaves e Adélia Aparecida Aleixo Dutra. Uma se inscreveu para participar do filme motivada pela outra. “A idéia foi de Adélia, que se entusiasmou e me chamou. Acabei aceitando e foi muito emocionante”, contou Maria Aidê.

Adélia não esticou muito o assunto e foi logo resumindo a experiência de ter atuado em Maria do Caritó. “Foi tudo de bom. Emocionante ver tudo isso agora e ainda por cima rever a Lilia Cabral. Quero tirar uma foto com ela”, completou, sendo acompanhada pela irmã que disse também querer a mesma coisa. As duas são nascidas e moradoras de Piacatuba e jamais haviam pensado em participar de um filme para o cinema. Na vida real, Maria Aidê é aposentada e Adélia tem um bar naquele distrito. Chegaram cedo ao local da exibição, escolheram um lugar na segunda fila e não tiraram os olhos da tela durante todo o filme. Eram, como previram, puro encantamento.

Lília Cabral, a produtora Elisa Tolomeli, o gestor do Polo Audiovisual da Zona da Mata, César Piva, e o presidente da ENERGISA Minas Gerais e também da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, Eduardo Mantovani, além da Secretária Municipal de Cultura de Leopoldina, Jussara Thomaz, fizeram uma rápida solenidade de abertura do evento. Além de agradecimentos feitos por Elisa, César Piva lembrou que Piacatuba vem se tornando o palco preferido das produções do Polo. “Este filme foi o quarto a ser rodado aqui”, lembrou. Jussara elogiou as ações do Polo que para ela “se destacam cada vez mais após cada trabalho concluído.”

Eduardo Mantovani lembrou sua interinidade à frente da Fundação que vinha sendo presidida “com competência, talento e dedicação sem igual, por Mônica Botelho, que hoje se recupera de um problema de saúde”, contou. Ele também agradeceu a presença de todos e falou do esforço da equipe do Polo Audiovisual que vem realizando trabalhos “fantásticos”. Para encerrar, Lília Cabral conversou com o público como se estivesse mesmo entre amigos. Brincou, lembrou as dificuldades enfrentadas durante as filmagens. “A gente enfrentou chuva e até sapo aqui para fazer este trabalho que agora vamos assistir juntos. É o nosso trabalho. Meu e de vocês”, finalizou arrancando aplausos. Em seguida veio o silêncio quebrado instantes depois pela voz de Maria Bethânia, vinda da tela grande. Começava Maria do Caritó.

Fotos exclusivas: Site do Marcelo Lopes