Os 90 anos do Movimento Modernista Verde de Cataguases serão celebrados pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Reunião Especial agendada para esta quinta-feira, 24 de outubro, às 20 horas, no Plenário. O requerimento tem como primeiro signatário o deputado cataguasense, Fernando Pacheco (PHS).
O movimento surgiu em 1927 e durou até 1929, no contexto do Modernismo brasileiro, que buscava novas formas de expressão, sobretudo na literatura e nas artes plásticas. A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no ano de 1922, é considerada o marco inicial do Modernismo.
Em Cataguases, os nove jovens do Movimento Verde criaram uma revista literária e uma editora, também chamadas Verde. Segundo Rivânia Maria Trotta Sant’Ana, autora do livro “O Movimento Modernista Verde de Cataguases-MG: 1927-1929”, eles fizeram experiências linguísticas bastante inovadoras em seus textos.
A publicação teve, ainda, de acordo com a autora, colaboração de escritores já renomados àquela época, entre os quais Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Pedro Nava, Murilo Mendes, entre outros, o que provavelmente ampliou a visibilidade da revista.
Para o deputado Fernando Pacheco, é fundamental reconhecer o legado que a publicação deixou para a cultura nacional. “A Verde foi a única revista modernista do interior do País”, salienta. Segundo ele, se hoje Cataguases é reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como uma das cidades mais importantes do Modernismo brasileiro, não há dúvida de que o título começou a ser construído com a publicação.
“Vamos celebrar com familiares dos escritores, historiadores, professores, políticos e profissionais da cultura os 90 anos desse Movimento Verde que colocou Cataguases no mapa da cultura nacional. Será um momento de reconhecer o pioneirismo e a coragem de uma cidade que, à época, contava com pouco mais de 16 mil habitantes”, afirma.
Integraram o movimento Rosário Fusco, Francisco Ignácio Peixoto, Ascânio Lopes, Guilhermino César, Camillo Soares, Christóphoro Fonte-Bôa, Oswaldo Abritta, Martins Mendes e Henrique de Resende.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ALMG