A estiagem em Recreio voltou a castigar a população. Além de ter obrigado o município a acionar o recém-inaugurado poço artesiano, perfurado para ser utilizado nestes momentos de crise, moradores ainda enfrentam uma inédita infestação de pernilongos, córregos agonizando e o manancial – principal fonte de abastecimento da cidade – em nível crítico. Apesar disso, não há racionamento de água porque os três pontos de captação juntos, suprem a demanda municipal.
Segundo informações dos técnicos da Estação de Tratamento de Água “ETA”, neste período do ano é necessária a vazão de 30 litros de água por segundo. Mas, como o manancial – localizado na Serra das Virgens – está com o nível muito abaixo do normal, só estão chegando na ETA 6 l/seg. Outros 9 l/seg. estão vindo de um bombeamento do Ribeirão dos Monos. Deste modo foi necessário acionar o poço artesiano, perfurado em 2018 e inaugurado há trinta dias, que está fornecendo 18 l/seg., evitando o retorno do racionamento, como ocorreu em 2014 e em outros anos seguintes.
Abrir um poço artesiano no município foi a principal exigência da população que não queria mais conviver com o racionamento e a falta de água em períodos de seca. Em 2017, no primeiro ano da atual administração de Recreio, a situação ficou tão caótica que o chefe do executivo, José Maria Barros, decretou estado de calamidade hídrica no Município. Foi o pontapé inicial para começar a buscar recursos a fim de atender a exigência da população.
Em abril de 2018, por meio da área técnica da COPASA, o poço foi perfurado. A obra foi intermediada na ocasião pelo então deputado estadual Isauro Calais. De acordo com técnicos da ETA neste período do ano são necessários 2 milhões de litros de água por dia para atender a cidade. A cada hora Recreio consome 65 mil litros de água.
Fonte e Fotos: Site Polis