Cataguases de Papel deve voltar a funcionar em seis meses


Cataguases de Papel deve voltar a funcionar em seis meses

Seis meses. Este é o prazo estimado para que a Cataguases de Papel volte a funcionar. Desta vez com novo nome e direção. A informação foi repassada com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes pelo advogado da Ponte Nova Papéis, Igor Henrique Salles Magalhães. O novo arrendatário assumiu oficialmente a direção da empresa cataguasense nesta terça-feira, 1º de outubro, por um prazo de vinte e cinco anos. Quando começar a rodar, a fábrica deverá empregar cerca de 180 pessoas diretamente, revelou Igor.

A Ponte Nova Papéis arrendou somente a fábrica e o terreno em seu entorno, o que equivale, segundo Igor Magalhães, a 24 hectares de área, ou 240 mil metros quadrados. Os outros 30 hectares, aproximadamente, continuam à disposição da justiça, acrescentou, “bem como também serão devolvidos máquinas e equipamentos inservíveis à fábrica. Além disso, informou aquele advogado, a empresa fará uma antecipação à justiça dos valores do arrendamento, que hoje foi estipulado em R$ 60 mil mensais.”

Nesta quarta-feira, 02, uma equipe de profissionais do novo arrendatário esteve nas instalações da Cataguases de Papel para iniciar um trabalho de identificação das melhorias que deverão ser realizadas no imóvel e também avaliar o maquinário e demais equipamentos. O estado de conservação do estabelecimento foi resumido por Igor com a seguinte frase: “Não tem nem água e será preciso reconstruir parte de um galpão que foi consumido por um incêndio há alguns anos”. Sobre a situação das máquinas ele disse não ter ainda informações, mas sabe que a recuperação de muitas delas não vai ficar barato e outras não terão conserto. Para fazer esta manutenção e colocar tudo o que puder em condição de uso, Igor disse que pretende contar com a mão de obra de antigos funcionários.

Todo o trabalho de recuperação do imóvel, maquinário e equipamentos, e investimento em novas máquinas como uma Onduladeira, para a fabricação de chapa e embalagem, serão necessários, segundo Igor Magalhães, investimentos de R$ 12 milhões e de outros R$ 4 milhões para capital de giro. Os recursos serão utilizados em duas fases do projeto. A primeira, de readequação da linha de produção e fabricação de papel reciclado e, a segunda, para a criação desta nova linha de produção de chapa e papéis de embalagem. “Nós temos expertise neste tipo de procedimento pois estamos repetindo em Cataguases o que fizemos com a Ponte Nova e deu muito certo”, afirmou Igor. A Ponte Nova Papéis é parte do Grupo Tocantins, que desde 1986 atua no setor.