Uma criança de apenas 63 dias de vida morreu no final da manhã deste sábado, 31 de agosto, em Miraí, em condições ainda não esclarecidas. As informações são preliminares. O bebê é o caçula da família que tem outros três filhos e chegou ao hospital Casa de Caridade São Vicente de Paulo, naquela cidade, em estado grave, segundo consta no Boletim de Ocorrência a que o Site teve acesso. O médico que o atendeu, inclusive, chegou a chamar uma unidade avançada do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) para levá-lo até Muriaé, mas veio a óbito antes de sua chegada, conforme consta no relato policial.
De acordo ainda com o que o médico que atendeu o bebê informou aos militares, ele teria dado entrada no hospital em estado grave apresentando parada cardiorrespiratória, sangramento no nariz e diversos hematomas pelo corpo, vários deles provocados por mordidas antigas e recentes. Pelo tamanho destas marcas, informa o registro policial, elas sugerem terem sido provocadas pela boca de uma criança. As informações são preliminares e o caso será investigado pela Polícia Civil.
A mãe, de 33 anos, contou aos policiais que assumiram o caso, que levou o filho para o seu quarto para trocar a roupa dele após ter lhe dado banho o deixando deitado na cama de casal enquanto foi à cozinha preparar uma mamadeira para a criança. Ainda segundo ela, durante todo o banho o bebê chorou muito, mas não teria percebido nada de anormal com ele. Enquanto estava fora do quarto, contou, percebeu seu outro filho, de 3 anos, saindo correndo do quarto dela o que a fez ir até lá verificar o que acontecia. Ao chegar viu somente o bebê pálido, com o corpo mole e iniciou uma massagem em seu peito para tentar reanimá-lo. Durante este procedimento viu o nariz dele sangrar. De acordo ainda com ela, entrou em desespero, tomou a criança nos braços e foi para a rua gritando socorro. Um motorista que fazia entrega de mercadorias na vizinhança a levou para o Hospital.
Aos policiais a mãe da criança também disse ter percebido que o filho mais velho vinha manifestando ciúme do caçula, que é gêmeo de uma menina que nada sofreu. A mãe também relatou já ter visto marcas de mordidas no bebê em outras ocasiões, e que tentou manter o garoto afastado dele, sem obter êxito devido ao tamanho do imóvel onde residem, conforme argumentou. Ela e o pai da criança foram conduzidos à Delegacia Regional de Polícia Civil em Leopoldina para prestar depoimento e foram liberados em seguida. O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Juiz de Fora após ter sido submetido à uma perícia técnica da Polícia Civil.